quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Festa de Santo Amaro 2015

Janeiro é o mês de Santo Amaro! Tão esperada por todos os seus devotos, chegou a Tradicional Festa do Glorioso Santo Amaro. Não sendo mais feriado no seu dia, que é dia 15 de janeiro este ano acontecerá de 15 a 18. Porém, os seus devotos acorrem de todas as partes para celebrar. Junte-se a nós, venha festejar Santo Amaro!

quarta-feira, 12 de março de 2014

Festa de São José - 2014



quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS - a. D. 2014

“Bendita sejais, Virgem Maria!
Trouxestes no ventre Aquele que criou o universo!
Vós destes á luz quem vos criou
e permaneceis Virgem para sempre!”

No primeiro dia do ano civil, celebramos a Maternidade Divina, proclamada em Éfeso (séc. V) na grande questão cristológica. Maria deve ser chamada de Mãe de Deus, porque o seu filho é Deus. Jesus assumiu um corpo em Maria, semelhante ao nosso. “Aquele que nascer de ti”, como diz o anjo Gabriel, significa que o fruto da concepção procedia dela. Ele não é somente a criancinha frágil; mas o Deus forte, feito pequeno por nós! Por isso o povo de Deus saúda hoje a Virgem, com o título antiquíssimo de Mãe de Deus, isto é, mãe de Deus Filho!
O que a Igreja crê, professa, testemunha e celebra com todo o acerto e toda a piedade é que a sempre Virgem Maria é Mãe Santíssima do Deus Filho! Ele, Filho do Eterno Pai, fez-se realmente, como homem, filho de Maria Virgem, sem deixar de ser Deus! Ela trouxe no seu seio  a segunda pessoa da Santíssima Trindade, assim o divino e o humano encontraram-se para sempre, os céus e a terra abraçaram-se para nunca mais se deixarem.
Em Maria, a Virgem, o permanecer na virgindade exprime que ela sempre foi toda de Deus, absolutamente de Deus, em corpo e alma, em todo o seu ser, de modo constante e absoluto. O menino gerado é o Deus verdadeiro e sua Mãe faz parte do plano de salvação, pois “Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher…a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei!”.

“Virgem Santa e Imaculada,
não sei com que louvores poderei engrandecer-vos!
Pois Aquele a quem os céus não puderam abranger, repousou 
em Vosso seio. 
Sois Bendita entre as mulheres 
e bendito é o fruto que nasceu do vosso ventre!”

O primeiro dia do ano civil e dia da confraternização universal, a pedido do Papa Paulo VI, a ONU transformou em dia festivo para todas as nações... é Dia da Paz, dia da confraternização entre os povos, nações e culturas. Tenhamos cada vez mais sólida esta convicção: a paz que almejamos, a paz tão sonhada para o mundo e para a nossa vida, somente no Cristo poderá ser encontrada de modo definitivo e pleno!
Quanto mais alguém vive totalmente para o Senhor, mais fecundo se torna na sua vida e mais traz Jesus ao mundo; por isso a saudação que a Igreja hoje dirige a Nossa Senhora: “Salve, ó Santa Mãe de Deus, vós destes à luz o Rei que governa o céu e a terra pelos séculos dos séculos!
Hoje também, oitavo dia do Nascimento do Fruto do ventre da Virgem, a Igreja recorda a circuncisão do Menino, assim se cumpriu a profecia que Deus fizera a Abraão, nosso pai: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o Seu
Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a Lei!
Certamente, neste ano de 2014, oscilaremos entre as maiores alegrias e tristezas, teremos as nossas quedas e fracassos, assim como vitórias…mas o que realmente importa, é que estejamos com o Senhor, pois Ele estará sempre connosco.
Que este ano seja, como se colocava nos antigos documentos, “Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo!”

quarta-feira, 13 de junho de 2012

13 de junho- Dia de Santo Antônio

           
            Santo Antônio de Pádua era português, nasceu em 1195, em Lisboa. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de São Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote. Nesse tempo, ainda estava vivo Francisco de Assis e os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal.
       Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou na Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antonio.
          Entretanto, seu destino não parecia ser o Marrocos. Por causa de algumas desventuras, Antonio acabou desembarcando na Ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de se encontrar com seu inspirador e fundador da Ordem: Francisco.
            Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito Provincial dos franciscanos do norte da Itália, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades. Pregava contra as novas formas de corrupção nascidas do luxo e da avareza dos ricos e poderosos das cidades, onde se disseminaram filosofias heréticas.
           Após as pregações da Quaresma de 1231 sentiu-se cansado e esgotado. Precisava de repouso. Resolveram levá-lo para Pádua, mas Antonio faleceu na viagem. Era dia 13 de junho de 1231 e Antonio tinha apenas 36 anos de idade.
            Ele é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas. No Brasil, ele é comemorado numa das festas mais alegres e populares, as festas juninas. Antonio é também conhecido pelos seus milagres.

Reflexão:

         Homem de oração, Santo Antônio se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus. Diversos fatos marcaram a vida deste santo, mas um em especial era a devoção a Maria. Em sua pregação, em sua vida a figura materna de Maria estava presente. Santo Antônio encontrava em Maria além do conforto a inspiração de vida. O seu culto tem sido objeto de grande devoção popular e é difundido por todo o mundo.

OBS: Em nossa Paróquia, haverá hoje, benção e distribuição dos pães de Santo Antonio, as 19:30h na Matriz.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O casamento se inicia no namoro equilibrado

O que Deus quer do casamento, da família?

Quando o Deus Pai quis que a humanidade existisse, Ele estruturou tudo na família, com o casal. O Senhor fez o homem, mas viu que seu coração estava vazio e disse a Adão: “Eu vou te dar uma companheira adequada” (Gên 2, 18c). Quando Ele fez a mulher da mesma natureza do homem, é uma linguagem poética para dizer que a mulher foi feita na mesma dignidade do homem, mas diferente para que os dois se completassem. Quando Deus levou Eva para Adão, este ficou emocionado e disse: “Ela vai se chamar mulher” (id. 2, 23c).

O Altíssimo disse a coisa mais importante sobre isso: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe e se une a sua mulher e serão uma só carne” (id. 2, 24). Isso é o desígnio de Deus, que o homem se case com uma mulher e forme uma só carne, uma só pessoa humana.

Pela unidade do amor de Deus, no altar, vocês serão uma só pessoa; isso é mais ou menos aquilo que acontece na Santíssima Trindade, Três Pessoas, mas uma unidade. Se o casamento não for uma unidade, ele não estará de acordo com a vontade de Deus, e o casal não poderá ser feliz. Se o casal não for uma unidade, não estará vivendo conforme a vontade divina; e isso começa no namoro. É no namoro que a família começa, todos nós nos casamos porque namoramos.

O namoro é o alicerce, o fundamento, se você fizer desse período apenas uma curtição, você estará fazendo da sua família futura uma brincadeira e você sofrerá mais tarde. Leve o namoro a sério, não brinque com a pessoa do outro.

Namoro não é tempo de conhecer o corpo do outro, mas alma do outro. Não empurre seu namoro com a “barriga”, se você vê que só existe briga, tenha coragem de terminar, o amor é algo que se constrói, não cai do céu pronto. A aliança de namoro você pode tirar do dedo, a aliança do casamento, não.

Não deixe a vida sexual sufocar seu namoro, a vida sexual é para os casais casados. São Paulo diz que o corpo da mulher pertence ao marido e o corpo do marido pertence à mulher, porque eles são uma só carne, por isso têm o dever de viver a vida sexual.

Viva seu namoro na castidade, na seriedade e vocês estarão se preparando para ser um casal fiel. O namoro é o começo de tudo, é o ponto de partida.

Quando chegamos ao casamento o que Deus quer? O casamento é uma decisão que exige maturidade, atrás desse “sim” vêm os filhos, que não pediram para vir ao mundo, mas vieram por amor. O filho tem o direito de viver com seus pais, porque ele precisa disso para sua formação moral, intelectual, psicológica, por isso, o casal precisa ser uma só carne e não levar o casamento na brincadeira com mentiras. Se você começar a mentir dará espaço para o demônio entrar no seu matrimônio; não pode haver falsidade entre o casal. Não pode haver divisão entre o casal, não pode existir a primeira pessoa do singular: “eu”, mas sim, a primeira pessoa do plural: “nós”.

Deus quer o casal como café com leite: quando alguém olha vê um só. É possível fazer isso? Sim, com a graça de Deus. Casal que reza junto permanece junto.


                                          Por que Namoro Santo?


Porque o próprio Jesus falou: “Sede santos como meu Pai que está nos céus é Santo”. Isto inclui todos nós e todos nossos atos.

Não é uma meta que se deva desprezar por ser bastante alta, mas perseguir mesmo que nunca a alcancemos em toda sua plenitude.

Há namoro que não é santo? Nem é preciso falar que hoje a maioria dos namoros estão longe de serem santos.

Mas para que serve o namoro, um namoro santo? Um namoro santo é o primeiro passo para um matrimônio santo. É nele que os namorados se preparam para viver um matrimônio santo.

Pensar em matrimônio entre eles, já? Não necessariamente. Pode ser que um namoro não termine em matrimônio, mas é sempre uma preparação para o seu matrimônio.

Se você começa um namoro e sinceramente não consegue imaginar, nem que seja de forma muito superficial aquela pessoa como sua esposa, seu esposo, nem comece, você já está no caminho errado.

Outro dia alguém perguntou que mal havia em “estar” com alguém descompromissadamente, sem pensar num futuro dos dois. E a resposta é a seguinte: amor é uma opção por fazer alguém feliz, é doação, é querer o bem do outro e somente do outro. Este “estar” com alguém soa quase como aproveitar de alguém por um tempo para satisfazer minhas necessidades, minhas carências, mas, sem o mínimo compromisso com essa pessoa.

É algo parecido com o “ficar” só que mais longo, um pouco. Não há compromisso com a pessoa do outro. Eu não me envolvo como deveria, o outro também não se envolve. Satisfazemos nossas necessidades afetivas, sexuais, temos alguém para nos divertir e só isso.

Exatamente, só isso. E por isso não é amor. Não é construção de nada. Não há renúncia de nada em favor do outro, não pode ser, desde o princípio, algo para sempre.

Na celebração do matrimônio o casal promete um para o outro: receber o outro, ser fiel ao outro, amar e respeitar o outro, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da vida.

É bem exigente essa promessa. E como chegar a fazer esta promessa sem se preparar? Como cumprir esta promessa sem saber o que se está fazendo?






Dia dos Namorados - O que é namorar?

     O namoro é dinâmico como a própria vida das pessoas. Hoje a liberdade é enorme quando se fala desse assunto, o que, aliás, torna-se ocasião para muitos desvirtuamentos em termos de namoro. Coisas que para a geração anterior era impensável, hoje tornou´se comum entre os jovens; por exemplo, viajar juntos sem os pais; dormirem na mesma casa, etc. Se por um lado esta liberação pode até facilitar a maturidade dos jovens namorados, não há como negar que é uma oportunidade imensa para que o relacionamento deles ultrapasse os limites de namorados e precipite a vida sexual.
          Lamentavelmente tornou-se comum entre os casais de namorados a vida sexual, inadequada nesta fase. O namoro, como já mostramos, é o tempo de conhecer o outro, escolher o parceiro com quem a vida será vivida até a morte, e é o tempo de crescimento a dois. Tudo isto será vivido através de um diálogo rico dos dois, pelo qual cada um vai se revelando ao outro, trocando as suas experiências e as suas riquezas interiores, e assim, começa a construção recíproca de cada um, o que continuará após o casamento. O namoro é acima de tudo o encontro de duas pessoas, capazes de pensar, refletir, cantar, sonhar, sorrir e chorar. O mar é belo e imenso, mas não sabe disso; a terra é bela e rica, mas não sabe disso; o pássaro é belo e não sabe disso. Você é bela, inteligente, livre, dotada de vontade e de consciência; e você sabe disso. Você não é um objeto; é uma pessoa, Um ser espiritual e psíquico. O namoro implica no reconhecimento da "pessoa" do outro, a sua aceitação e a comunicação com ela. É diferente conhecer uma pessoa e conhecer um objeto. O objeto é frio, a pessoa é um "mistério" ; não pode ser entendida só pela inteligência, pois a sua realidade interior é muito mais rica do que a idéia que fazemos dela pelas aparências. Você só poderá conhecer a pessoa pelo coração e pela revelação que ela faz de si mesma a você. No objeto vale a quantidade, o peso, o tamanho; a forma, o gosto; na pessoa vale a qualidade. O objeto é um problema a ser resolvido, a pessoa é mistério a ser revelado e compreendido. Saiba que você está diante de uma pessoa que é única (indivíduo), insubstituível, original, distinta de todos os outros... Alguém já disse que cada pessoa é "uma palavra de Deus que não se repete". Não fomos feitos numa fôrma. No namoro você terá que respeitar essa "individualidade" do outro, para não sufocá´lo. Muitas crises surgem porque ambos não se respeitam como pessoas e únicos. É por isso que as comparações e os padrões rígidos podem ser prejudiciais. Você não pode querer que a sua namorada seja igual àquela moça que você conhece e admira; o seu namorado não tem que ser igual ao seu pai... Cada um é um. A liberdade é uma condição essencial da pessoa. Sem liberdade não há pessoa.
            É no encontro com o outro que a pessoa se realiza; e aqui está a beleza do namoro vivido corretamente. Ele leva você a abrir´se ao outro. A partir daí você deixa de ser criança e começa a tornar´se adulto; porque já não olha só para si mesmo. O namoro é esse tempo bonito de inter´comunicação entre duas almas. Mas toda revelação implica num comprometimento de ambos e num engajamento de vidas. "Tu te tornas eternamente responsável por aquele que cativas", disse o Pequeno Príncipe. Você se torna responsável por aquele que se revela a você do mais íntimo do seu ser. Cuidado, portanto, para não "coisificar" a sua namorada. Às vezes essa coisificação do outro se torna até meio inconsciente hoje. Ela acontece, por exemplo, quando o noivo proíbe a noiva de usar batom, ou a proíbe de cortar os cabelos. O marido "coisifica" a esposa quando a obriga a ter uma relação sexual com ele, quando não a permite participar das "suas" decisões financeiras; quando proíbe que ela possa ter alguma atividade na Igreja, etc. O namorado "coisifica" a namorada quando faz chantagens emocionais com ela para conseguir o que quer. A namorada "coisifica" o namorado quando o sufoca fazendo´o ficar o tempo todo do seu lado, sem que o rapaz possa fazer outros programas com os amigos. O pai coisifica o filho quando o submete a si como se fosse um escravo... Não faça do outro um objeto, e não deixe que o relacionamento de vocês se torne numa "dominação do outro", mas um "encontro" entre ambos. Nem Deus tira a nossa liberdade; Ele a respeita, pois sem isto seríamos marionetes, robôs, e não pessoas. Ainda que o homem se ponha contra Ele - como acontece tanto! - ainda assim Ele o ama, e nunca trata´o como um objeto. Coisificamos o outro quando o usamos; isto é triste. O namoro é o tempo da "descoberta", do outro. E isso se faz pelo diálogo, que é o alimento do amor. Há muitos desencontros porque falta o diálogo.


Namorar é dialogar! O diálogo é mais do que uma conversa; é um encontro de almas em busca do conhecimento e do crescimento mútuo. Sem um bom diálogo não há um namoro feliz e bonito. É pelo diálogo que o casal - seja de namorados ou cônjuges - aprende a se conhecer, ajudam´se mutuamente a corrigir as suas falhas, vencem as dificuldades, cultivam o amor, se aperfeiçoam e se unem cada vez mais. Os namorados que sabem dialogar sabem escolher bem a pessoa adequada, fazendo uma escolha com lucidez e conhecimento maduro. Sem diálogo o casal não cresce, e o namoro não evolui, porque cada um fica trancado e isolado com os seus próprios problemas. Sem ele o casal pode cair na "crise do silêncio", ou apenas trocar palavras vazias, ou ainda, o que é pior, discutir e brigar. Por falta do diálogo, muitas vezes, cada um leva a "sua" vida e ignora o outro; ora, isto não é vida a dois, nem preparação para o casamento. São muitas as dificuldades para o diálogo, mas há também muitos pontos que o favorecem. Vamos examiná-los.
          Muitos não conseguem dialogar porque não estavam habituados a isto antes do namoro. Pode ser que tenha vindo de uma família que não tinha esse hábito. Neste caso, será preciso ter a intenção de dialogar, romper o mutismo e abrir´se. Também o orgulho, o medo de reconhecer os próprios erros, o não querer "dar o braço a torcer", a vaidade de querer sempre ter razão, bloqueiam o diálogo. A falta de tempo, o trabalho em demasia, a televisão, o jornal, a revista, a internet, podem prejudicar o diálogo; se não forem dosados... Há também os condicionamentos de infância; às vezes a autoridade excessiva dos pais, a falta de liberdade para expressar as próprias idéias e opiniões; a super proteção que sufocou o espírito de iniciativa; a falta de participação nas soluções dos problemas familiares; tudo isto dificulta o diálogo. Portanto, será preciso esforço, vontade de vencer´se e acertar. Para haver diálogo você precisa aprender a ouvir o outro; ter paciência para entender o que ele quer dizer, e, só depois, concordar ou discordar.
            Seja paciente, não corte a palavra do outro antes dele completá-la. Lembre-se, diálogo não é discussão. É preferível "perder" uma discussão do que dominar o outro. Dialogar é acolher o outro com o coração disponível. É aprender a "olhar" o outro, conhecer sua vida profissional, familiar, seus gostos, suas aspirações, dificuldades, lutas... com respeito e atenção. Deixe que o outro tenha "entrada franca" no coração. Não ponha "cães de guarda" nas portas do seu palácio interior pois o outro pode ficar com medo de entrar. Quem são esses cães? O seu orgulho refinado, sutil, mas que esnoba e subjuga o outro... O seu egoísmo que chama tudo sempre para você. A inveja do sucesso do outro, que o impede de crescer. A sua ironia que faz pouco caso do que ele está dizendo... A sua estupidez e grosseria que magoam o outro... São esses - e muitos outros - os "cães de guarda" que pomos à porta do coração. Às vezes ela ou ele vai embora dizendo: "Não tive coragem de entrar... tive medo que ele risse de mim... que não me compreendesse... tive medo de ser ridícula". Não deixe que ele fique te esperando tanto até desanimar. Para que você possa acolher o outro é preciso despojar´se de si mesmo, estar disponível. É preciso que você aceite criar este vazio no seu interior para que o outro possa ocupá´lo. É preciso fazer silêncio em você, para poder ouvir e entender a voz do outro. Só assim você será atencioso com ela; e então o diálogo acontecerá. Saiba sorrir para o outro; não custa nada e ilumina tanto!... Saiba fazer silêncio.... As palavras são os veículos da alma que se exprime, desabafa e se acalma. Aprenda a escutar o seu namorado atenciosamente; preste´lhe esta homenagem. Saiba falar mais daquilo que lhe interessa, do que aquilo que interessa a você.
           Não fique pensando em você enquanto o outro fala, pense nele. Há um escrito que diz assim: As cinco palavras mais importantes são: "Estou muito satisfeito com você" As quatro palavras mais importantes: "Qual a sua opinião?" As três palavras mais importantes: "Faça o favor". As duas palavras mais importantes: "Muito obrigado" A palavra menos importante: ´EU´! Enquanto você estiver dominado pela vontade de falar de si mesmo, é porque ainda não está apto a acolher o outro. Entretanto, não arranque o outro do seu silêncio à força; respeito´o, e aos poucos, ajude-o a falar. Não devasse a sua intimidade. Você está vendo que o namoro é como uma escola, um educandário do amor; por isso é belo e rico. Vá interrogando´o com suavidade sobre a sua vida, as suas preocupações, o seu passado, a sua família, a escola, etc. ... Deixe´o dizer tudo o que ele quiser, e não fique com aquele olhar distante, longe, nas nuvens... O diálogo exige gratuidade.
            Se você estiver nervoso, preocupado, irritado e de mau humor, então, pegue tudo isto e entregue a Deus, na fé, para estar disponível. O mau humor, a lamúria, a constante reclamação, são venenos mortais para o diálogo e o relacionamento. Sorria, ainda que o seu coração esteja chorando, por amor; isto não é fingimento. Saiba caminhar em direção ao outro, estenda´lhe a mão para ajudá-lo a entrar em você. Se ele vier a você cheio de problemas e angústias, não tenha pressa em querer dar-lhe a solução mágica para as suas dores. Não, apenas deixe que ele se esvazie; deixe-o falar; só depois, quando ele tiver "posto tudo para fora", só então, você lhe dirá uma palavra amiga, e de conforto. Quando o médico vai tratar um tumor, primeiro deixa-o vazar completamente, tira todo o material infeccioso, só depois coloca o remédio. Assim também ocorre com as "infecções da alma"; primeiro é preciso esvaziá´la, para depois curá-las. A grande necessidade das pessoas hoje é ter alguém que as ouça com tempo e disponibilidade.
             Não será o namoro uma bela oportunidade também para isso? Se você quiser que o seu namorado abra´lhe a alma, e se revele do fundo do seu ser, então saiba ser receptiva, silenciosa, discreta...Então você ouvirá muitas confidências, e ele irá embora aliviado e crescido. A experiência tem me mostrado que a maioria das pessoas que nos procuram para resolver os seus problemas, mais do que conselhos, querem desabafar uma angústia que está no coração. E quando você se dispõe a ouvi´las com atenção e carinho, elas vão se acalmando e encontrando o remédio que precisam, sem que às vezes a gente não diga nada. É a necessidade da alma humana de desabafar. Portanto, saiba que o que o outro mais precisa no diálogo é da sua atenção esmerada. Não seja aéreo enquanto o outro fala, esqueça de você mesmo neste instante. Dialogar não é discutir. Na discussão gasta´se muita energia, irrita´se e chega´se ao nervosismo que não leva a nada, ao contrário, só destrói o relacionamento. O diálogo conduz ao amor; a discussão leva à briga. Eis a diferença. Na discussão cada um ´ cheio de si mesmo ´ se acha o dono da verdade e da razão, e não abre mão disso. É o orgulho que impera. No diálogo ambos procuram a verdade juntos, não se acham cheios de razão, e não se preocupam com quem ela está. Na discussão são pessoas que se exibem querendo vencer a outra; no diálogo, são argumentos e idéias que são apresentadas. A discussão é uma luta entre dois egos orgulhosos; o diálogo é o encontro de duas almas queridas. Entendeu a diferença? Na discussão um quer arrasar os argumentos e idéias do outro, e desmoralizar os seus raciocínios, já no diálogo cada um se esforça para compreender os argumentos e idéias do outro, ao invés de atacá´los apressadamente. Quando você discute, já dá a resposta antes mesmo que o outro termine de falar o que queria expor; no diálogo, você quer que ele repita o que disse para que você possa entendê´lo melhor. Há um sabor mórbido em arrasar o outro numa discussão.
                É próprio dos adversários quando se encontram; não de namorados que se amam e querem construir´se mutuamente. O que você pode lucrar em "dobrar" o outro numa discussão. Nada, a não ser um pouco mais de orgulho e de arrogância! Além disso você deixa o outro ferido e magoado, mais longe de você... talvez até com mágoa e ressentimento, e com ódio no coração. A discussão termina com um vencido e um vencedor, como se fosse uma guerra. Será que isto deve acontecer entre duas pessoas que se amam? O diálogo autêntico e necessário no namoro, não admite portanto, palavras, expressões ou gestos que humilhem o outro, ou que demonstrem pouco caso, cinismo, soberba, arrogância, prepotência... "Você tem um raciocínio de criança imatura!" "Sua argumentação está toda vazia e furada!" "Você parece louca, no mundo da lua!" "Acho que você está precisando de um psiquiatra!" "Será que você não vai crescer nunca?" "Até quando você vai continuar com este seu jeito de bebê chorão?" Expressões desse tipo ferem e magoam; e exigem que se peça perdão. Ao contrário são expressões do tipo: "Você fez algo importante!" "Sua opinião é muito importante!" "Esta palavra que você disse, me fez feliz". "A minha vida é melhor porque você está a meu lado..." E tudo isso pode e deve ser dito sem fingimento ou bajulação, sem a preocupação de entrar numa arena de disputa, mas num coração para amar. Enfim, na discussão você está diante de um adversário a ser vencido; no diálogo, você está diante de uma pessoa a ser construída pelo amor. No entanto, se a conversa se transformar numa discussão, há uma saída nobre: deixe que o outro "vença" para que ela acabe o mais rápido possível. Perder nesta "guerra" será uma vitória do amor. No diálogo, deve´se começar sempre observando o lado positivo das coisas e dos acontecimentos, e não se deixar derrotar pelo pessimismo que só vê o lado negativo. Lembre´se que tanto o pessimismo quanto o otimismo contagiam facilmente as pessoas, com a diferença que o otimismo eleva os ânimos. Outra coisa importante no diálogo, é que você se expresse numa linguagem que o outro o entenda, sobre um assunto que compreenda. Você não pode dar um bife a um recém nascido; e não pode dar uma feijoada a um velho doente. Se a diferença de cultura existir entre o casal, então cada um precisa se esforçar para levar o outro a compreendê´lo. E esta será mais uma tarefa do amor. Mesmo a diferença cultural e científica pode ser superada pelo diálogo e pelo amor. É importante dizer que o compromisso de cada um, mais do que consigo mesmo, deve ser com a verdade. Se, como fruto do diálogo, você perceber que a verdade é diferente do que você pensava, então, por coerência, saiba aceitar a opinião do outro. Isto jamais será uma derrota sua, antes, uma vitória de ambos.
           Numa discussão ninguém muda de opinião, pois o orgulho não permite. No diálogo, vence a verdade, surge a luz, reina a paz. Talvez agora você esteja começando a entender porque o diálogo autêntico é o instrumento indispensável para que você possa descobrir as riquezas que estão escondidas no interior da pessoa que você ama. Tudo que se faz de bom exige sacrifícios e tem um preço. Para que o casal cresça no namoro, têm que pagar o preço da renúncia ao próprio ego soberbo e arrogante, prepotente e asqueroso, exibicionista ou cheio de amor próprio. No diálogo, preocupe´se em procurar e apresentar "a" verdade, mas não a "sua" verdade. Não podemos ser donos da verdade; ela é autônoma, não depende de nós. Só Jesus é a Verdade; todas as outras dependem dele. Se o assunto é, por exemplo, a doença, a verdade não está comigo e nem com você, está com quem entende de medicina. Se o assunto é religião, a verdade está com a Igreja, e não com o que eu acho ou com o que você pensa. E assim por diante. A verdade é objetiva. Não podemos nos perder em raciocínios vazios e devaneios subjetivos que nos afastam da verdade subjetiva e da responsabilidade. Namorar é isto! Na medida que o tempo for passando, o diálogo for amadurecendo, e o namoro for se firmando, então será necessário conversar sobre as coisas do futuro, para se saber quais as aspirações que cada um traz no coração, e se elas se coadunam mutuamente. Não se trata de ficar sonhando no vazio sobre o futuro, mas de começar a escolher e a preparar a vida que ambos vão viver e construir amanhã: a família, os filhos, etc. Nada de real se faz nesta vida sem um sonho, um projeto, um plano e uma construção. Se de um lado, sonhar no vazio é uma doce ilusão, refletir sobre o que se quer construir no futuro é uma necessidade. É assim que nasce um lar.

Prof. Felipe Aquino

Celebração de Corpus Christi - Significado e fotos

      Nesta quinta-feira, passada dia 7 de junho, a Igreja Católica no mundo inteiro celebrou uma importante solenidade que reveste o mistério central de sua fé: Corpus Christi. Neste dia, celebra-se o Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo. Como tradição popular, muitos fiéis enfeitam as ruas com tapetes feitos à base de pó de serragem, com o objetivo de preparar o local para a procissão que traz o grande motivo da festa, Jesus Eucarístico.
       Esta é uma solenidade que há séculos faz parte da vida dos cristãos católicos, nasceu de uma prática da devoção popular que tem início no final do século IX, mas já no século XI ao XIII está muito difundida em vários lugares da Europa. Depois, em 8 de setembro de 1264, o Papa Urbano IV, com a Bula Transiturus, instituiu esta celebração para toda a Igreja.
              Essa prática surgiu por causa da defesa da compreensão da teologia da presença real. “Contra as heresias do início do segundo milênio, essa festa vem reforçar a posição e a orientação da Igreja sobre a presença real de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento”.
           Em nossa Paróquia, depois de muitos anos sem serem feitos, voltamos confeccionar os tapetes eucarísticos a 4 anos, quando vamos as ruas em procissão com o Santíssimo Sacramento.

Algumas fotos.