sexta-feira, 30 de julho de 2010

A luta em defesa da vida é prioridade para a Igreja Católica

Nesta sexta-feira, cristãos se reúnem no Colégio de São José contra a descriminalização do aborto


        Em sintonia com a Igreja, a Arquidiocese de Olinda e Recife, por meio da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Vida e a Família (CAPVF), promove há quatro anos a "Caminhada Sim à Vida". Este evento, que reúne milhares de fiéis católicos e de outras denominações cristãs na Orla de Boa Viagem, que este ano será no dia 26 de setembro, ampliará suas ações a partir desta sexta-feira (30). A nova proposta é debater durante todo o ano assuntos ligados à defesa e valorização da vida.
        O lançamento do projeto acontecerá no auditório do Colégio São José na Boa Vista, a partir das 19h, e contará com a presença do arcebispo de Olinda e Recife dom Antônio Fernando Saburido, da professora do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília e presidente do Movimento Brasil sem Aborto doutora Lenise Garcia, da psicóloga doutora Margarida Félix e diversos integrantes de movimentos ligados à temática.
        Nesta noite, haverá um debate sobre Bioética e a apresentação do Tratado de São José da Costa Rica. O evento também conta com o apoio de artistas como Silvério Pessoa e Nando Cordel, que farão um momento cultural.
         O grupo pretende sensibilizar a população para a necessidade de lutar contra o crime da legalização do aborto no Brasil e oferecer subsídios tecnológicos, médico e jurídico. "Diante de tantos ataques que a vida vem sofrendo em nossos dias, é nossa missão reafirmar sua importância inalienável e inegociável. Ele é o fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores", afirma o presidente da CAPVF padre Adriano José das Chagas.
          Para a doutora Lenise Garcia, a descriminalização do aborto é baseada no argumento de preservação da vida da mulher escondendo o grande número de assassinatos no Brasil. "Muitos dizem que defendem a legalização do aborto como uma forma de preservar a vida de mulheres que o praticam, pois estariam correndo risco de vida em clínicas clandestinas. Dizem tratar-se de um problema de saúde pública. Na realidade é mais que isso. Se temos 1,5 milhão de abortos, temos, no mínimo, 1,5 milhão de mortes", argumenta.

PROGRAMAÇÃO
19h - Abertura - Dom Fernando Saburido
20h - Apresentação da Comissão Organizadora e demais Igrejas Cristãs e Movimentos em defesa da vida -         Dom Fernando Saburido
20h30 - Projeto Sim a Vida 2010 - Padre Adriano Chagas
20h50 - Bioética - Drª Lenise Garcia
21h30 - Apresentação do Tratado de São José da Costa Rica - Drª Margarida Félix
21h40 - Estatuto do Nascituro - Iraponan ou Deputado Gonzaga Patriota
21h50 - Coquetel - Momento cultural com Silvério Pessoa e Nando Cordel.

SERVIÇO:

Lançamento do "Sim à Vida 2010"
Local: Colégio de São José, 921 - Boa Vista - Recife / PE
Horário: 19h

Arquidiocese de luto pela morte do diácono Egnício Alves

          Faleceu na noite de ontem o diácono Egnício Alves de Lira. Ele completaria 74 anos no próximo dia 11. O diácono atuava na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e São João Batista, em Vitória de Santo Antão. O sepultamento será às 16h, no Cemitério Municipal de Vitória de Santo Antão.
         Dedicação - Desde criança Egnício Alves sempre foi engajado nas coisas da Igreja. Continuou sua missão como leigo consagrado ao serviço do Senhor, dedicando-se à evangelização dos mais necessitados consolidando como bom cristão a fé e as obras.
        Este exemplo de vida fez com que ele recebesse o primeiro grau do sacramento da Ordem, o diaconato. A ordenação aconteceu no dia 21 de dezembro de 1998 através do então arcebispo de Olinda e Recife dom José Cardoso Sobrinho, que fez uma consulta com o povo de Deus em praça pública sugerindo a ordenação de Egnício. Todo o povo de Deus foi unânime na aprovação do mesmo, visto todo o seu trabalho, empenho e zelo pela Igreja. Assim, seja sua alma recompensada pela infinita misericórdia do Pai do Céu.

Da redação da AOR.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bençãos altamente seletivas


Padre José Fernandes de Oliveira, SCJ


          Abordo um tema relativamente freqüente nesses dias de padre famosos. Falo da benção especial de alguns sacerdotes em detrimento da benção sacerdotal dada pela Igreja, na pessoa de qualquer um dos seus sacerdotes. Criou-se entre alguns fiéis a idéia de que a benção de um padre famoso vale mais do que a benção de um bispo ou do que a benção de outro. Falo do que aconteceu comigo e imagino que aconteça com outros sacerdotes mais conhecidos do que os demais. Lembro que mais conhecido não significa mais culto, nem mais sábio nem mais santo!
     Alguns desses fiéis chegam a afirmar que um sacerdote famoso tem benção mais forte e mais poderosa do que a de um sacerdote anônimo. Já o disseram a mim! Explico que não é assim, mas insistem que assim é que é. Atribuem mais poder de benção a quem tem mais poder de fogo, mais publicidade e mais divulgação. Nada mais errado!
        Eu havia chegado cansado, com taxa alta de diabetes e pressão elevada a uma cidade onde deveria celebrar missa e, mais tarde, dar um show. Já faz tempo que deixei de ser um jovenzinho! Uma senhora me procurou pedindo que eu fosse ao hospital abençoar a sua mãe. Acreditava que minha bênção a curaria mais depressa. Perguntei-lhe se o pároco já havia visitado sua mãe. Disse que sim. Perguntei-lhe se algum outro sacerdote tinha estado com ela. Sim, um diácono e outros dois. E respondi serenamente: -
       -Então, a senhora não precisa que eu vá. Se o sacerdote, que é seu pároco, já foi e se diácono e sacerdotes abençoaram sua mãe, ela está mais que abençoada, porque a benção não é do padre: é da Igreja. Ela está abençoada. Eu tenho a missa das 19h para celebrar, tenho um problema de saúde no momento e tenho um show logo após a missa. Peço-lhe que me liberte deste compromisso, até porque eu não poderia fazer mais do que estes piedosos e bons sacerdotes já fizeram.
        Ela não aceitou. Disse aos amigos e amigas que eu me recusara a ir ver uma enferma. Evidentemente, não explicou as razões. Isto revela uma dimensão da falta de catequese entre os católicos de hoje. Quando alguém acha que um padre famoso dará uma benção melhor do que seu padre não tão famoso é porque não recebeu catequese adequada. Bênção de pároco pelo seu testemunho de pastor presente, talvez seja mais profunda do que bênção de padre famoso e de passagem. São, talvez, os mesmos fiéis que acham que, no céu, há santos que podem mais que os outros e que existem orações de poder mais poderosas do que outras orações. Esquecem aquele que pede com santidade e humildade, mas não é tão famoso como o padre que fala na televisão. Como tenho o hábito de ensinar catequese sempre que posso, ensinei àquela senhora a catequese oficial da Igreja, mas ela tomou minha decisão como falta de amor ao próximo. E não adiantou eu prometer que iria ao dia seguinte antes de viajar. Não aceitou! Fiz uma inimiga! Pensou nela, na sua mãe e na benção de um padre famoso, quando, um dia antes, o pároco e três outros ministros tinham estado lá. Temos um longo caminho de catequese a percorrer na Igreja que se deixou envolver pelo poder da mídia… Nós padres de mídia temos muita catequese a dar ao povo que nos aplaude! Não estamos com essa bola toda!

FONTE: Padre Zezinho, SCJ

Visitas online ao Vaticano

Na internet: visitas virtuais tridimensionais ao Vaticano, Basílica de São Pedro, Capela Sistina e basílicas de Roma CIDADE DO VATICANO

terça-feira, 27 de julho de 2010 (ZENIT.org) -

           Não há nada que possa substituir uma visita a Roma para admirar a Capela Sistina ou a Basílica de São Pedro, mas a internet permite agora realizar visitasvirtuais a alguns dos lugares mais sagrados da Cidade Eterna, oferecendodetalhes que nem sequer ao vivo podem ser apreciados.
         A visita ao maior templo da Igreja Católica, no qual se custodiam os restos do apóstolo Pedro, pode ser realizada na própria casa; basta ter um computador com conexão à internet, graças a este novo serviço oferecido pelo site da Santa Sé. A Capela Sistina já estava online desde março.
        O projeto envolveu, durante dois anos, estudantes da Universidade de Villanueva, na Pensilvânia (Estados Unidos), a quem foi permitido fotografar estas joias da arte de todos os tempos. "Estar na Capela Sistina é uma experiência difícil de descrever", explica Chad Fahs, especialista em meios de comunicação do Departamento de Comunicação da Universidade de Villanueva. "Esta visita virtual é o maispróximo que existe a esta experiência que a pessoa pode experimentar",afirma. "É uma das explorações mais inovadoras de uma obra de arte", acrescenta Paul Wilson, membro do mesmo departamento e um dos responsáveis por esse projeto virtual. "Mudará para sempre a maneira como os artistas e historiadores podem ver a incrível obra e a mente de Michelangelo, sua atenção pelos detalhes, o comentário social e seu senso de humor", reconhece.
           Milhares de fotografias foram tiradas na Basílica de São Pedro e na Capela Sistina, com uma avançada câmera motorizada sobre um trilho e posteriormente compostas e unidas digitalmente para criar um panorama virtual em uma projeção tridimensional.
            Os peregrinos e turistas virtuais podem utilizar o zoom e aproximar-se dosdetalhes das obras de arte graças à elevada resolução. "As obras de arte presentes em lugares de culto buscam submergir ovisitante em uma realidade sagrada e a Capela Sistina se destaca nesta tradição", esclarece Frank Klassner, professor no Departamento de Ciências da Informática na Universidade de Villanueva, responsável pelo projeto. "Nossa equipe agradece por ter oferecido sua pequena contribuição a esta tradição, utilizando o poder da internet e a moderna tecnologia de imersão",conclui Klassner.
           A primeira visita virtual com estas características foi dedicada à Basílica de São Paulo Fora dos Muros em 2008; e a de Basílica de São João de Latrão foi apresentada em novembro de 2009.

 A Capela Sistina pode ser visitada em:

A Basílica de São Pedro pode ser visitada em:

A Basílica de São Paulo Fora dos Muros pode ser visitada em:

A Basílica de São João de Latrão pode ser visitada em:

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Palavra de Deus permanece e o resto nos será tirado.

Durante o Angelus de domingo 18 de Julho Bento XVI falou das férias como tempo de escuta

A Palavra de Deus é eterna e dá sentido ao nosso agir quotidiano: "o resto passará e ser-nos-á tirado". Dirigindo-se aos fiéis reunidos em Castel Gandolfo para o Angelus de domingo 18 de Julho, Bento XVI recordou a importância de aproveitar o momento das férias para ouvir a Palavra de Deus.

Queridos irmãos e irmãs!

             Já estamos a meio do Verão, pelo menos no hemisfério boreal. Este é o período no qual as escolas estão fechadas e se concentra a maior parte das férias. Também as actividades pastorais das paróquias são reduzidas, e eu próprio suspendi durante um período as audiências. Este é portanto um momento favorável para dar o primeiro lugar ao que efectivamente é mais importante na vida, ou seja, a escuta da Palavra do Senhor. Recorda-no-lo também o Evangelho deste domingo, com o célebre episódio da visita de Jesus à casa de Marta e Maria, narrado por São Lucas (10, 38-42).

           Marta e Maria são duas irmãs; têm também um irmão, Lázaro, que contudo neste caso não comparece. Jesus passa pela sua aldeia e diz o texto Marta hospeda (cf. 10, 38). Este pormenor dá a entender que, das duas, Marta é a mais idosa, a que governa a casa. De facto, depois de Jesus ter entrado, Maria senta-se aos seus pés e ouve-o, enquanto Marta andava atarefada com muitos serviços, certamente devidos ao Hóspede extraordinário. Parece que vemos a cena: uma irmã que anda toda atarefada, e a outra como que raptada pela presença do Mestre e das suas palavras. Um pouco depois Marta, evidentemente ressentida, não resiste mais e protesta, sentindo-se até no direito de criticar Jesus: "Senhor, não se Te dá que a minha irmã me deixe só a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar". Marta pretenderia até ensinar o Mestre! Mas Jesus, com grande calma, responde: "Marta, Marta e este nome repetido exprime afecto andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada" (10, 41-42). A palavra de Cristo é claríssima: nenhum desprezo pela vida activa, nem muito menos pela generosa hospitalidade; mas uma chamada clara ao facto de que a única coisa deveras necessária é outra; ouvir a Palavra do Senhor; e o Senhor naquele momento está ali, presente na Pessoa de Jesus! Tudo o resto passará e ser-nos-á tirado, mas a Palavra de Deus é eterna e dá sentido ao nosso agir quotidiano.

            Queridos amigos, como dizia, esta página do Evangelho adapta-se como nunca ao tempo das férias, porque recorda o facto de que a pessoa humana deve trabalhar, comprometer-se nas ocupações domésticas e profissionais, mas antes de tudo precisa de Deus, que é a luz interior de Amor e de Verdade. Sem amor, até as actividades mais importantes perdem valor, e não dão alegria. Sem um significado profundo, todo o nosso fazer reduz-se a um activismo estéril e desorganizado. E quem nos dá o Amor e a Verdade, a não ser Jesus Cristo? Portanto, aprendamos a ajudar-nos uns aos outros, a colaborar, mas antes ainda a escolher juntos a parte melhor, que é e será sempre o nosso maior bem.

O Sinal da Cruz

Dom Eduardo Koiak

A palavra “sinal” é de muito uso na Sagrada Escritura. Seu significado transcende a inteligência humana: os milagres, os mistérios da nossa fé e o próprio dom da fé. Com referência à Cruz: sinal que indica a ação salvífica de que foi instrumento; sinal da maior prova do amor de Deus pela humanidade. Está presente, ostensivamente, no alto das cruzes das nossas igrejas, em monumentos, em muitos ambientes do nosso quotidiano. Muitas e muitas pessoas trazem-na consigo, seja como simples adereço, seja como expressão de fé. Há os que se sentem incomodados com sua presença nos edifícios públicos. Mas o grande sinal, o sol que jamais tem ocaso, é o próprio Jesus, “a imagem visível do Deus invisível.” (Cl 1,15)

Para o evangelista João, é na Cruz que Jesus Cristo se diz glorificado. Nela, “o Verbo que se fez carne e habitou entre nós”, foi elevado da Terra, atraindo todos a si (Jo 12, 32) para que todos vejam até onde vai a maldade humana e vejam também até onde vai o amor de Deus pela humanidade. É o amor que faz todos serem atraídos por Ele: “Deus amou tanto o mundo que entregou o Filho único, para que todo o que nele crê, não morra, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16) A Cruz deixou de ser sinal da humilhação e ignomínia e tornou-se título de glória, primeiramente para ele e depois para nós, seus discípulos. Jesus identifica o destino do discípulo com o dele. Assim ele afirma: “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (Mt 16,24)

Por outro lado, o discípulo pode exclamar com o apóstolo Paulo: “Quanto a mim, que eu não me glorie a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do qual o mundo foi crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gl 6, 14) Na Cruz, Cristo fundou sua Igreja deixando fluir “sangue e água” do seu coração traspassado (Jo 19, 34). Nossa fé se dirige ao Crucificado cuja Cruz é sinal de salvação e “árvore da Vida” (Ap 22, 14).

O cristão, ao fazer o sinal da Cruz sobre si mesmo, está dizendo: No poder de Deus Pai, Filho e Espírito Santo abraço a Cruz da minha salvação. Sim, com este gesto, ao levar a mão da testa ao peito, em linha vertical, e do ombro esquerdo ao direito, em linha horizontal, o cristão se sente abraçando a Cruz da sua salvação e sendo abraçado por ela. Está professando sua fé no mistério da Cruz: Jesus Cristo, o enviado do Pai, nascido da Virgem Maria por obra do Espírito Santo, oferece na Cruz sua vida pela vida do mundo.

Há pessoas que fazem o sinal da Cruz instintivamente, diante do que está por acontecer ou já aconteceu, como se fosse um cacoete. Deixa a impressão de estar espantando mosca do rosto com a mão. Com certeza, melhor este cacoete que outros, melhor até que nada, porque está assinalando ser cristão. Falta-lhe – quem sabe – tomar consciência da dignidade do gesto mal traçado e deselegante. As palavras que o acompanham são o que de mais sublime seus lábios podem proclamar ou balbuciar, porque nascem de um coração onde habita a Santíssima Trindade.

Este gesto tem sentido de consagração de nossa vida a Deus, a quem reconhecemos pertencer. Somos batizados exatamente com este sinal que significa e realiza, pela graça santificante, nossa filiação adotiva de Deus mediante Jesus Cristo. No sinal da Cruz que fazemos em todas as ações da vida, nas orações, no trabalho e no descanso, nas alegrias e nas tristezas e – por que não dizer – nos acontecimentos cruciais da vida, recordamos as promessas batismais e sentimos que estamos em Deus e Ele em nós.

A História da Igreja registra: Constantino, imperador romano do século IV, filho de Santa Helena, descobridora da verdadeira Cruz de Cristo, antes de enfrentar uma de suas batalhas teve uma visão: apareceu-lhe no céu uma cruz luminosa trazendo estas palavras: “Com este sinal vencerás”. Na vida do cristão, estas palavras estão escritas no olhar da fé.

FONTE: Diocese de Piracicaba/SP

Experiencia com Cristo.


Padre Inácio José do Vale, OSBM


“Vinde a mim todos vós que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso” (Mt 11,28).

É inesquecível a experiência com Jesus Cristo. É um marco na vida do cristão. É o sinal que aponta sempre para o contínuo Pentecostes. A experiência com Cristo é a conversão para virtudes evangélicas. Por esse ato da graça divina e por nossa abertura, acolhemos em nossos corações a verdadeira felicidade.

Para São João Bosco, a conversão autêntica é inseparável da alegria; nem pode ser diferente, pois consiste em receber Cristo e a Boa Nova de que o bom Deus é o nosso Pai e nos ama, e não podemos viver como seus filhos e filhas se não vivermos entre nós como irmãos na radicalidade do amor.

O Papa João Paulo II ensina: “A conversão, porém, não seria autêntica, se não levasse também à reconciliação com os irmãos, que são filhos do mesmo Pai”. (1).

A nossa experiência com Cristo será sempre uma busca ardente pelo seu amor e ensinamentos. Em Cristo, desejamos uma vida abissal. Uma prática profunda do seu Evangelho é a nossa meta.

Quem reteve de Cristo uma experiência profunda, pode dizer com autoridade tais palavras: “Nós, pela fé em Cristo, estamos prontos a padecer tudo: sermos acorrentados, sermos levados para o cárcere, todos os incômodos da vida e até a própria morte”, São Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja (2).

A vida com sentido

“Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5).

A vida só tem sentido na graça e no amor de Jesus Cristo. Viver a vida de fato e de verdade é viver na fé e na esperança do Filho de Deus. Nada, absolutamente nada, satisfaz a alma, a não ser a experiência da alegria da salvação pela justificação do sangue do Cordeiro de Deus.

Com Cristo, a alma ganha o gozo da vida eterna. Sem Cristo, a vida não tem sentido e a alma perde tudo. Ninguém é feliz sem Jesus. Tudo sem Cristo é nada. Uma vida sem uma verdadeira experiência com Jesus, é um mero teatro, uma fantasia de carnaval e um filme de perdição.

Sem rumo, sem objetivos e sem paz, é a vida sem o projeto do Reino de Deus. Este dá sentido pleno e eficaz ao ser humano. Por isso, a experiência com Cristo leva o cristão pela via sobrenatural. E esta via está acima de tudo. Por ela já gozamos as beatitudes celestiais.

Só é feliz quem vive para Cristo e no seu amor que nos impele a fazer o bem ao nosso próximo. É na Boa Nova do Reino de Deus que se encontra a graça da construção de uma sociedade justa, piedosa e feliz.

Sendo Jesus Cristo a verdade, tudo na vida só pode estar seguro, sólido e eterno, se Ele for colocado como fundamento. Sem a verdade de Cristo, todo projeto humano perece e é decepcionante.

A experiência com Jesus não é uma ideologia, uma fábula, um passa tempo, uma fuga, é sim uma realidade concreta, segura com uma Pessoa detentora de todo poder na Terra e no Céu. Essa experiência com o Senhor dos senhores e Reis do reis nos garante proteção e determinação para o verdadeiro sentido das nossas vidas.

Conclusão

No seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, não há caminho sem cruz. É por meio dela que tudo se realiza concretamente: o sentido da vida e da salvação da alma. Não há vitória sem lutas. Não há vida sem perdas. Não há túmulo vazio sem calvário. Não há conversão sem a graça redentora.

Tudo isso nos leva para riquezas imperecíveis: a experiência com o Cristo Redentor. Ir ao encontro de Cristo é tomar posse do mais alto ideal do ser humano: a salvação eterna.

A experiência com Jesus Cristo nos livra da escravidão do pecado, do nosso egocentrismo, das ilusões efêmeras do mundo e das nossas sombras deletérias.

Atender o convite especial do Filho do Pai Eterno é se livrar das armadilhas perniciosas que o diabólico sistema oferece insistentemente.

As experiências mundanas são destruidoras do corpo e da alma. Com Cristo, as experiências são ferramentas construtivas que dão vidas abundantes para o ser humano em toda sua dimensão. Quanto mais experiências com o Emanuel, mais vida, mais amor, mais felicidade, mais santificação e mais poder do Espírito Santo.

(Pe. Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja
Pregador de Retiros Espirituais
Especialista em Ciência Social e da Religião
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com)

(1) Discurso do Santo Padre na conclusão do Segundo Encontro do Comitê Central para o Grande Jubileu do ano 2000, em 12/02/1998.
(2) Pepe, Enrico. Mártires e Santos do Calendário Romano, São Paulo: Ave-Maria, 2008, p.338.
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