sábado, 10 de dezembro de 2011

II Assembléia de Pastoral Paroquial

II ASSEMBLÉIA DE PASTORAL PAROQUIAL

Venha fazer parte de nossa Assembléia de Pastoral Paroquial, a realizar-se no próximo domingo, dia 11/dezembro, às 8;00h, no Colégio São José da Boa Esperança.

No intuito de elevar cada vez mais a fé cristã em nosso meio e desenvolver o Plano da Evangelização para a construção de um mundo melhor, através da partilha, e, alimentados pela esperança e solidariedade, gostaria de contar com a sua participação como membro, nos grupos de nossa Igreja.

Necessitamos transformar a paróquia, cada vez mais, em comunidade de comunidades, levando em consideração a diversidade de experiências, estilos e linguagens que possam encarnar o Evangelho na paróquia, e, sabendo que você dispõe de capacidade para tal, portanto, pense e participe, Deus quer muito mais de cada um, além da participação nas Eucaristias.




“Paróquia, comunidade de comunidades, chamada a ser casa e escola de comunhão”.

1) Nossa Assembléia - "Para que todos sejam um" (Jo 17,21)

      A Assembléia Paroquial é um momento forte e de muita importância para a caminhada Paroquial. Sua missão é celebrar os frutos da Ação Evangelizadora na Paróquia, bem como avaliar a caminhada feita e lançar luzes para o futuro.

Planejar as principais atividades da Paróquia a partir de uma avaliação séria da caminhada.

Neste material propomos como avaliação um diagnóstico pastoral.

     Uma Assembléia Paroquial é o lugar mais indicado para ouvirmos os gritos de nossas lideranças, traduzi-Ios em necessidades para serem concretizados em ações concretas. Estas, tem como meta a formação e dinamização de nossa Igreja enquanto rede de comunidades missionárias.

Quem participa?

        O pároco é quem estabelece os critérios de participação. O mais comum é a participação de dois ou três membros de cada comunidade, pastoral, ministério, movimento e grupo de serviço. É indispensável que todas as forças vivas da Paróquia estejam presentes nas discussões e encaminhamentos, a fim de que aconteça a comunhão de todos para o bom êxito da ação evangelizadora.

             É bom que cada participante reflita com seus grupos quais foram os pontos positivos e negativos na ação pastoral e evangelizadora da Paróquia.

             Lembramos que esta é uma sugestão para a condução dos trabalhos. Cada um tem total liberdade para fazer eventuais e criativas adaptações.

2) Preparação Prévia - Comunidades missionárias em reflexão
Tendo em vista as diversas atividades que acontecem no fim do ano, a Assembléia Paroquial poderá acontecer em dois ou três momentos ao longo da mesma semana, no nosso caso escolhemos um único dia.

Para que possa viver bem este momento, a comunidade é convocada a refletir sobre estas questões:
1) Quais foram as alegrias vividas na comunidade em 2011?
2) Quais são as maiores dificuldades sentidas pela comunidade?
3) A comunidade sente mais necessidade de formação, em que aspecto?
4) No que se refere às celebrações da Eucaristia e da Palavra, como tem sido a
participação?
5) A comunidade se reúne além dos momentos da celebração eucarística?
6) Existem grupos de reflexão na comunidade? Quantos?
8) Como a comunidade vê, hoje, o conjunto da Paróquia?
9) Quais são as sugestões da comunidade para melhorar a caminhada da
Paróquia em seu conjunto?

Não se esqueça: Hoje em dia, as paróquias precisam de ser pólos missionários enquanto centros de vivência comunitária e de irradiação do Evangelho!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

3º Encontrão e Caminhada Jovem - 2011

Ai, Galera tá chegando a hora de participarmos de mais um evento jovem realizado por nossa Paróquia.


O 3º Encontrão e Caminhada Jovem - Que neste ano será precedido de um Cerco de Jericó, começando no dia 17 até o dia 24, das 8 as 11 da noite com louvor e adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento.

Começaremos no dia 25 e 26 com apresença do Circo Kairós e Comunidade, onde acontecerá também o Festival de Música católica para todos os ministérios do Vicariato do cabo. Para se inscrever basta voce procurar a Secretaria da sua Paróquia e fazer sua inscrição ao preço de R$ 30,00, concorrendo a um Violão elétrico.

E no dia 27, a partir das 8:30 da manhã, no Ginásio o Gouveião teremos o Grande Encontro Jovem, com Louvor, Pregações, Adoração e a Santa Missa. Logo após teremos a Caminhada Jovem com Trio e o Cantor Neto Monteiro.   


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

sábado, 5 de novembro de 2011

Dia de todos os Santos

     
       Neste fim de semana, celebramos a solenidade de Todos os Santos, costume que vem já do séc. IX para toda a Igreja.
        A nota característica desta festa encontrámo-la no introito da missa: Alegremo-nos todos no Senhor e celebremos festivamente este dia em honra de Todos os Santos…

        É realmente uma festa de família para o Povo de Deus. Ao mesmo tempo que nos regozijamos com os nossos irmãos que já estão na glória sentimos o parentesco que nos une não apenas com todos quantos foram baptizados em Cristo mas também com aqueles homens do A.T. que hoje gozam de Deus no céu.
       É a festa da esperança. O pensamento do céu, nossa verdadeira pátria, (cfr. Heb 13, 14) dá mais seriedade aos nossos pensamentos e traz mais calma para as nossas penas fazendo-nos viver na intimidade dos que vivem no além a quem rezamos e que por nós oram.

LITURGIA DA PALAVRA

                                                          Primeira Leitura

      S. João, nesta visão, descreve-nos «a multidão imensa que ninguém pode contar» dos fiéis «os santos» na posse da felicidade eterna. Depois da «grande tribulação» o Senhor os acolhe dando-lhe um grande prémio.

* Apocalipse 7, 2-4.9-14
2Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo. Ele clamou em alta voz aos quatro Anjos a quem foi dado o poder de causar dano à terra e ao mar: 3«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus». 4E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. 9Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão. 10E clamavam em alta voz: «A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro». 11Todos os Anjos formavam círculo em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos. Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra, e adoraram a Deus, dizendo: 12«Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!». 13Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me: «Esses que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e de onde vieram?». 14Eu respondi-lhe: «Meu Senhor, vós é que o sabeis». Ele disse-me: «São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro».

        Numa grandiosa visão, o vidente de Patmos deixa ver que no meio de tantas desgraças e ainda antes que cheguem as piores, as que correspondem à abertura do 7º selo (cap.8), os cristãos, que formam uma imensa multidão, estão sob a protecção de Deus, mesmo quando perseguidos e sujeitos ao martírio.
        2-4 «O selo (o sinete de marcar) do Deus vivo». Alusão ao timbre então usado pelos monarcas para imprimir o sinal de propriedade ou autenticidade: por vezes os escravos e soldados eram marcados na pele com um ferro em brasa. O símbolo está tomado destes costumes da época e sobretudo da profecia de Ezequiel (Ez 9, 4-6), por isso alguns Padres viram nesta marca, em forma de cruz (pela alusão ao tav de Ezequiel, a última consoante hebraica), o carácter baptismal. «Cento e quarenta e quatro mil» é um número simbólico; com efeito, os números do Apocalipse são habitualmente simbólicos, o que neste caso é evidente por se tratar de um jogo de números: 12 x 12000 (doze mil por cada uma das doze tribos de Israel). Estes 144.000, segundo uns, «representam toda a Igreja sem restrição» (Santo Agostinho), pois esta é o novo Israel de Deus (cf. Gal 6, 16) e são a mesma «multidão imensa que ninguém podia contar» (v. 9). Segundo outros, estes 144.000 são os cristãos procedentes do judaísmo, muito particularmente os que foram poupados das calamidades que assolaram a Palestina, por ocasião da destruição da nação judaica no ano 70.
       11 «Os (24) Anciãos». Há grande variedade de opiniões para decifrar este símbolo, não se podendo sequer estabelecer se se trata de seres angélicos ou humanos. Santo Agostinho diz que «são a Igreja universal; os 24 anciãos são os superiores jerárquicos e o povo: 12 representam os Apóstolos e os bispos, e os outros 12 representam o restante povo da Igreja». «Os 4 Viventes» (à letra, «animais»), uma tradução preferível a: «os 4 animais», uma vez que o terceiro tem rosto humano (cf. Apoc 4, 7). A quem representam estes seres misteriosos, que reúnem características dos querubins de Ez 1 e dos serafins se Is 6? Podem muito bem simbolizar os quatro pontos cardeais, ou os quatro elementos do mundo (terra, fogo, água e ar), isto é, a totalidade do Universo. Deste modo, a presente «visão» apresenta-nos, unidos numa única adoração e louvor a Deus e a Cristo, os Anjos, a Humanidade resgatada e o próprio Universo material. A interpretação segundo a qual os Quatro Seres simbolizam os Quatro Evangelistas deve-se a Santo Ireneu e é uma acomodação espiritual do texto inspirado.
         12 «Amen! Bênção, glória…»: Aqui, como ao longo de todo o Apocalipse, sente-se como a liturgia da Igreja faz eco à liturgia celeste, especialmente nas aclamações a Deus e ao Cordeiro.
        14 «A grande tribulação». Tanto se pode tratar duma perseguição aos cristãos mais violenta no fim dos tempos, como das perseguições e das tribulações em geral no curso da história da Igreja. Mas é provável que o vidente de Patmos tenha presente em primeiro plano, as violentas perseguições de Nero e Domiciano, muito embora englobando nestas todas as outras.
      «Lavaram as suas túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro». «Não se designam só os mártires, mas todo o povo da Igreja – comenta Santo Agostinho –, pois não disse que lavaram as suas túnicas no seu próprio sangue, mas no sangue do Cordeiro, isto é, na graça de Deus, por Jesus Cristo Nosso Senhor, conforme está escrito: e o seu sangue purifica-nos (1 Jo 1, 7)».

Salmo Responsorial

Sl 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)

      Deus tudo colocou ao nosso serviço para melhor O servirmos e amarmos. Se soubermos fazer bom uso das criaturas elas proclamarão connosco as glórias do Senhor.

Refrão: ESTA É A GERAÇÃO DOS QUE PROCURAM O SENHOR.
Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
o que não invocou o seu nome em vão.

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face de Deus.

                                              Segunda Leitura

        É ainda S. João quem nos vai recordar como seremos santos: vivendo a nossa condição de filhos de Deus. Mas cuidado porque podemos perder esta filiação por nossa culpa. Só no céu ela será indefectível e inamovível.

*1 São João 3, 1-3
Caríssimos: 1Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele. 2Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é. 3Todo aquele que tem n’Ele esta esperança purifica-se a si mesmo, para ser puro, como Ele é puro.

    A leitura é um dos textos clássicos da filiação adoptiva divina, uma exigência constante de santidade.
         1 «E somo-lo de facto». S. João não se contenta com dizer que somos chamados filhos de Deus, o que bastaria para que um semita entendesse, pois para ele ser chamado (por Deus) equivalia a ser. S. João quer falar para que todos entendamos esta realidade sobrenatural que «o mundo», sem fé, não pode captar nem apreciar.
        2 A filiação divina capacita-nos para a glória do Céu, pois não é uma mera adopção legal e extrínseca, como a adopção humana de um filho. A adopção divina implica uma participação da natureza divina (cf. 2Pe 1, 4) pela graça. «Semelhantes a Deus», desde já; mas só na glória celeste se tornará patente o que já «agora somos». «O veremos tal como Ele é», esta é a melhor definição da infinda felicidade do Céu, de que gozam todos os Santos que hoje festejamos: contemplar a Deus tal qual Ele é, não apenas as suas obras, mas a Ele próprio, «face a face» (cf. 1 Cor 13, 12).
       3 «Purifica-se a si mesmo». A certeza da filiação divina conduz-nos à purificação e à imitação de Cristo, o Filho de Deus por natureza: «como Ele é puro»; efectivamente, os puros de coração hão-de ver a Deus(cf. Evangelho de hoje: Mt 5, 8).

Evangelho

* São Mateus 5, 1-12a
Naquele tempo, 1ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos 2e Ele começou a ensiná-los, dizendo: 3«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.4Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra. 5Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus. 11Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. 12aAlegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».

            As 8 bem-aventuranças, expressas na terceira pessoa do plural, têm em Mateus um carácter solene e universal, para todas as pessoas e para todos os tempos. Elas condensam a grande novidade do Evangelho, em contraste flagrante com o próprio pensamento religioso judaico então vigente, para já não falarmos do espírito mundano, hedonista do paganismo de então e do de agora. Elas não são expressão de uma «ética dos débeis», mas, pelo contrário, dum ideal de vida para almas fortes e generosas. As bem-aventuranças correspondem a uma ética que, quando vivida a sério, é capaz de renovar as pessoas e a sociedade, como o demonstra a vida de todos os santos.
           3 «Bem-aventurados». Esta tradução (em vez de «felizes») vinca a ideia de que o Senhor promete a felicidade na bem-aventurança eterna e, ao mesmo tempo, já nesta vida, ao dizê-la do presente: «deles é»(não diz «deles será»). As bem-aventuranças são o mais surpreendente código de felicidade, e não se trata de uma felicidade qualquer: é uma felicidade incomparável, interior e profunda, embora ainda não possuída de modo perfeito e completo na vida terrena.
              «Os pobres em espírito». «No Antigo Testamento, o pobre está já delineado não só como uma situação económico-social, mas como um valor religioso muito elaborado: é pobre quem se apresenta diante de Deus com uma atitude humilde, sem méritos pessoais, considerando a sua realidade de homem pecador, necessitado do perdão divino, da misericórdia de Deus para ser salvo. Daí que, além de viver com uma sobriedade e uma austeridade de vida reais, efectivas, ele aceita e quer tais condições de pobreza não como algo imposto pela necessidade, mas voluntariamente, com afecto (…). A ‘explicação’ de Mateus, em espírito, sublinha a exigência dessa mesma pobreza: não é pobre em espírito quem só o é obrigado pela sua situação económico-social, mas sim quem, além disso, é pobre querendo essa pobreza de modo voluntário (…). Esta atitude religiosa de pobreza está muito relacionada com a chamada infância espiritual. O cristão considera-se diante de Deus como um filho pequeno que não tem nada como propriedade; tudo é de Deus, o seu Pai, e a Ele lho deve. De qualquer modo, a pobreza em espírito, isto é, a pobreza cristã, exige o desprendimento dos bens materiais e uma austeridade no uso deles» (J. M. CASCIARO). Pode-se ver o belo comentário de São Leão Magno no ofício de leitura da 6ª feira da semana XXII do tempo comum.
         4 «Os humildes». A tradução preferiu um termo mais suave do que «os mansos», que são os que sofrem serenamente e sem ira, ódio ou abatimento, as perseguições injustas e as contrariedades. De facto só os humildes são capazes da virtude da mansidão, pois não dão demasiada importância a si próprios. A «terra» é a nova terra prometida, isto é, o Céu.
         5 «Os que choram», isto é, os aflitos, e muito particularmente os que têm o coração cheio de mágoa por terem ofendido a Deus e que, com vontade de reparação, choram e deploram os seus pecados.
          6 «Fome e sede de justiça». A ideia de justiça na Sagrada Escritura é uma ideia de natureza religiosa: justo é aquele que cumpre a vontade de Deus, e justiça corresponde a santidade, vocação a que todos são chamados.
         8 «Os puros de coração» são, em geral, os que têm uma intenção recta, os que são capazes de um amor puro, limpo e nobre, os que têm um olhar recto e são; está, portanto, englobada a castidade, mas não é só ela a ser referida aqui.
        9 «Os que promovem a paz» (uma tradução mais expressiva do que os pacíficos) são os que promovem a paz entre os homens e dos homens com Deus, fundamento sério de toda a paz no mundo.
        11-12 Depois das 8 bem-aventuranças anteriores, que formam um bloco (uma inclusão marcada pela fórmula «porque deles é o reino dos Céus»: vv. 3 e 10), há uma ampliação e uma aplicação directa aos ouvintes da 8ª e última bem-aventurança.

Com a Celebração de todos os Santos nós refletimos sobre:
1. Uma família de vivos
        Quando Pio XII resolveu escolher o dia 1 de Novembro de 1950 para solenemente definir o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu em corpo e alma, ou seja, o triunfo de Maria, nossa Mãe, não faltou quem lamentasse semelhante ideia dizendo que esse dia é um dia de tristeza e de saudade, é a festa dos mortos.
      Nada mais errado. Todos os Santos não é isso. Esta festa fala-nos do mundo invisível que os olhos não alcançam mas que sabemos pela fé ser uma realidade. Cremos que a multidão das almas que já estão reunidas ao redor de Jesus e de Maria, no Paraíso, formam a igreja do Céu, onde, na eternidade feliz, vêem a Deus como Ele é (Credo do Povo de Deus).
       Neste dia a Igreja levanta-nos o véu que nos separa do invisível deixando-nos antever o além para onde caminhamos: a perfeição do Corpo de Cristo, nos esplendores da intimidade com Deus; a felicidade sem fim, com Deus, de todos aqueles e aquelas que, como nós, caminharam e lutaram sobre a terra para realizar e fazer triunfar o programa evangélico das Bem-aventuranças: amor, justiça e paz.
        Neste dia celebramos com toda a Igreja (o Povo de Deus em marcha, a família dos redimidos) a alegria e a felicidade destes homens plenamente realizados que são os Santos. Não estão mortos, mas vivos. Pertencem não somente a todas as nações, tribos, povos e línguas (1.ª leit.), como ainda a todas as religiões e confissões. São uma multidão incontável. Cada qual escutou, na vida, o apelo das Bem-aventuranças. Cada qual, segundo a sua vida e à sua maneira, respondeu ao convite do Senhor. Hoje a Igreja mostra-no-los reunidos na unidade.
         O Papa teve razão ao escolher esta data para a proclamação da glória de Maria. Esta festa é uma antecipação da grande festa eterna à qual são convidados todos os homens de boa vontade. A Mãe de Jesus, já glorificada no céu em corpo e alma, é imagem e primícia da Igreja, que há-de atingir a sua perfeição no século futuro (L. G. 68). O espectáculo que se desenrolou, na Praça de S. Pedro, naquele dia, era a imagem clara daquilo que nos descreve S. João na 1.ª leitura. Ali se palpava a realidade do dogma da Igreja unida para cantar as glórias da Sua Mãe. Depois da Assunção da Mãe, haverá a Assunção dos filhos (Mons.Thèas). Agora apenas na alma. Depois também no corpo, como Ela.
Santos Martires

2.Santos Anónimos
       São milhares e milhares de pessoas em múltiplas actividades de voluntariado, nos hospitais, nas prisões, nos bairros degradados, junto dos sem-abrigo, dos que vivem sós, em suas casas ou nos Lares de Terceira Idade.
        Heróis anónimos são também as mães que se levantam muito cedo para levar os filhos ao infantário e deixar as refeições preparadas em casa, porque só vão regressar, à tardinha, depois de uma extenuante jornada de trabalho. São os pais que se desdobram numa luta pelo emprego, que já não está fácil, inventando, aqui e ali, alternativas para equilibrar os seus magros orçamentos. São os jovens, que resistindo aofacilitismo e à civilização do prazer efémero e do «deixa correr, que tudo isto é para gastar e gozar» se esforçam por fazerem o que a consciência lhes, dita, por ser fiéis aos valores familiares e cristãos que os seus antepassados lhes legaram.
         São os pescadores que todas as noites buscam no mar o pão de cada dia, indiferentes aos perigos que os cercam. São os agricultores que suportam as inclemências do tempo e tiram da terra, com suor e lágrimas, os alimentos de que todos precisamos.
          São os condutores de autocarros e comboios que sem liberdade para as suas divagações, se vergam com a responsabilidade de milhares de vidas nas suas costas. São os polícias chamados a acudir a quem precisa, não sabendo que perigos escondem para si, a escuridão e a maldade dos outros.
          São os médicos e enfermeiros que velam no silêncio de um qualquer hospital, a disposição de um pedido de ajuda. São também, milhares de homens e mulheres, com nome e rosto, de carne e osso como nós, com um futuro material risonho à sua frente, mas que, renunciam à família, ao dinheiro e ao protagonismo social para serem servos de todos, impulsionados pela sua fé sincera em Deus e em Jesus Cristo incarnado no outro, naquele que está ao nosso lado e que se descobre sempre como um irmão que importa ajudar hoje, com actos concretos de heroísmo, e não com piedosos sentimentos de compaixão.
        Refiram-se ainda, com acentuado toque de gratidão, no rol dos heróis anónimos, os dedicados e sacrificados professores, votados à tarefa espinhosa (diríamos até de alto risco) de educar crianças e jovens, com as suas traquinices e rebeldias, na rotina diária das nossas escolas, os muitos clérigos e religiosos a trabalhar em Instituições da igreja, que testemunham, por montes e vales, com modelares obras de solidariedade social, o verdadeiro humanismo cristão, acolhendo e tratando, com muito amor, com dedicação extrema, aqueles que a família e a sociedade lhes confiam, nos Lares, nos Centros de Dia. nos Jardins de Infância ou nos Hospitais.
          Afinal, este nosso mundo, não é assim tão mau como, às vezes o pintam. O mal, porque é uma anormalidade, vem mais vezes ao de cima, nos noticiários que nos entram em casa a toda a hora.
           Mas o bem, desinteressado e heróico, praticado por gente de todas as idades, em cada dia que passa, é igualmente uma consoladora realidade, a provar que Deus não abandona as suas criaturas.

3. A Comunhão dos Santos vivida em plenitude.
          Cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo: dos que ainda peregrinam sobre a terra, dos defuntos que ainda estão em purificação e dos bem-aventurados do Céu, formando todos juntos uma só Igreja(Credo do Povo de Deus). O dogma da Comunhão dos Santos é dos mais consoladores da nossa fé, desde que rectamente entendido. Não tem nada de alienante nem de utópico.
          Os primeiros cristãos viveram-no como ninguém. O facto de colocarem tudo em comum, inclusive os próprios bens materiais (Apoc 4, 34), era a prova máxima desta vivência. Nas dificuldades e no pecado a reacção espontânea era de amor para com aquele irmão que estava em perigo, em dificuldade. E assim ele encontrava a força para reconhecer o seu pecado e, graças ao amor, corrigia-se.
          Do mesmo modo que a comunhão cristã, entre os que peregrinam neste mundo, nos coloca mais perto de Cristo, assim também a familiaridade com os santos nos une com Cristo, de Quem promana, como de Fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus (L. G. 50). Agora compreendemos melhor a razão porque a Igreja insiste tanto na celebração comunitária dos actos do culto a qual se deve preferir, na medida do possível, à celebração individual e como que privada (S.C. 27).
        A intercessão dos Santos apresenta-se sempre como um pedido e uma súplica. Nunca como um direito nem muito menos como um favor à margem da vontade de Deus. Importa «corrigir ou suprimir quaisquer abusos, excessos ou defeitos que acaso se tenham introduzido no culto dos Santos e que tudo se restabeleça ordenadamente para maior glória de Cristo e de Deus» (L. G. 51).
Comunhão de todos os Santos em Cristo


Tirinhas

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Como a Santíssima Virgem salvou uma alma do inferno.

História – “Salve Rainha, Mãe de Misericórdia!”

               Lê-se na vida de sóror Catarina de S. Agostinho que havia, no lugar em que morava esta serva de Deus, uma mulher chamada Maria. A infeliz levara uma vida de pecados durante a mocidade. E já envelhecida, de tal forma se obstinara na sua perversidade, que fora expulsa pelos habitantes da cidade, e obrigada a viver numa gruta abandonada. Aí morreu finalmente, sem os sacramentos e sem a assistência de ninguém. Sepultaram-na no campo como um bruto qualquer.
       Sóror Catarina costumava recomendar a Deus com grande devoção as almas de todos os falecidos. Mas, ao saber da terrível morte da pobre velha, não cuidou de rezar por ela, pensando, como todos os outros, que já estivesse condenada. Eis que, passados quatro anos, em certo dia se lhe apresentou diante uma alma do purgatório, que lhe dizia:
       Sóror Catarina, que triste sorte é a minha! Tu encomendas a Deus as almas de todos os que morrem e só da minha alma não tens tido compaixão? – Mas quem és tu? – disse a serva de Deus. –Eu sou, -respondeu ela,- aquela pobre Maria, que morreu na gruta. – E como te salvaste? – replicou sóror Catarina. – Sim, eu me salvei por misericórdia da Virgem Maria. – E como? – Quando eu me vi próxima à morte, estando juntamente tão cheia de pecados e desamparada de todos, me voltei para a Mãe de Deus e lhe disse: Senhora, vós sois o refúgio dos desamparados. Aqui estou neste estado abandonada por todos.
        Vós sois a minha única esperança, só vós me podeis valer; tende piedade de mim. Então a Santíssima Virgem obteve-me a graça de eu poder fazer um ato de contrição; depois morri e fui salva. Além disso, esta minha Rainha alcançou-me a graça de ser abreviada minha pena por sofrimentos mais intensos, porém menos demorados. Só necessito de algumas missas para me livrar mais depressa do purgatório. Rogo-te que as faças celebrar. Em troca prometo-te pedir sempre a Deus e à Santíssima Virgem por ti.
       Sóror Catarina logo fez celebrar as missas. Depois de poucos dias lhe tornou a aparecer aquela alma mais resplandecente do que o sol e lhe disse: Agora vou para o Paraíso cantar as misericórdias do Senhor e rogar por ti.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

"Quem vê esperança na morte, vive uma vida de Esperança!" Catequese do Santo Padre


Sala Paulo VI, Vaticano
Quarta-feira, 02 de novembro de 2011

Dia dos fiéis defuntos

Caros irmãos e irmãs!

        Depois de ter celebrado a solenidade de todos os santos (No Brasil será no próximo Domingo), a Igreja nos convida hoje a comemorar todos os fiéis defuntos, a voltar o nosso olhar a tantos rostos que nos precederam e que concluiram o caminho terreno. Na audiência deste dia, então, gostaria de propor-vos alguns simples pensamentos sobre a realidade da morte, que para nós cristãos é iluminada pela ressurreição de Cristo e para renovar a nossa fé na vida eterna.
         Como eu já dizia ontem no Angelus, nestes dias, nos dirigimos ao cemitério para rezar pelas pessoas caras que nos deixaram, as visitamos para exprimir a elas, mais uma vez, o nosso afeto, para senti-las ainda próximas, recordando também, deste modo, uma parte do Credo: na comunhão dos santos existe uma estreita ligação entre nós que caminhamos ainda nesta terra e tantos irmãos e irmãs que já atingiram a eternidade.
        Desde sempre o homem se preocupou dos seus mortos e procurou dar-lhes uma espécie de segunda vida através da atenção, do cuidado e do afeto. Em um certo modo existe um desejo de conservar o que deixaram como experiencia de vida e, paradoxalmente, como esses viveram, o que amaram, o que tiveram, o que esperaram e que coisa detestaram, algo que descobrimos olhando as tumbas, diante das quais se multiplicam as recordações, que são quase um espelho do mundo deles.
         Por que é assim? Porque, apesar da morte ser um tema quase proibido na nossa sociedade, e exista a tentativa contínua de tirar da nossa mente nem que seja somente o pensamento da morte, essa está relacionada com cada um de nós, relacionada com o homem de cada tempo e de cada espaço. E diante deste mistério, todos, também inconscientemente, procuramos algo que nos convide a esperar, um sinal que nos dê consolação, que nos abra algum horizonte, que nos ofereça ainda um futuro. A estrada da morte, na realidade, é uma vida de esperança e, percorrer os nossos cemitérios, como também ler aquilo que está escrito sobre as tumbas é cumprir um caminho marcado pela esperança da eternidade.
          Mas nos perguntamos: por que temos tanto medo diante da morte? Por que a humanidade, em grande parte, nunca se mostrou em acreditar que além da morte não existe simplesmente o nada? Diria que as respostas são múltiplas: temos medo diante da morte porque temos medo do nada, deste medo de partir em direção a algo que não conhecemos, que nos é desconhecido. E então existe em nós um sentido de rejeição porque não podemos aceitar que tudo aquilo de belo e de grande que foi realizado durante uma existencia inteira, venha de repente apagado, caia no abismo do nada. Sobretudo, nós sentimos que o amor chama e pede eternidade e não é possível aceitar que isto venha destruído pela morte em um só momento.
       Ainda, temos medo diante da morte porque, quando nos encontramos rumo ao fim da existência, existe a percepção que exista um juízo sobre as nossas ações, sobre como conduzimos a nossa vida, sobretudo sobre este pontos de sombra, que, com habilidade, sabemos remover e tentamos remover da nossa consciência. Diria que exatamente a questão do juízo é geralmente subtendida no cuidado do homem de todos os tempos pelos defuntos, na atenção em relação as pessoas que foram significativas para ele e que não estão mais ao lado no caminho da vida terrena. Em um certo sentido, os gestos de afeto, de amor que circundam o defunto, são um modo para protegê-lo na convicção que esses não estejam sem afeto no juízo. Isto podemos colher na maior parte das culturas que caracterizam a história do homem.
             Hoje o mundo se tornou, ao menos aparentemente, muito mais racional, ou melhor, se difundiu a tendência de pensar que todas as realidades devam ser afrontadas com os critérios da ciencia experimental, e que à grande questão da morte se deva responder não tanto com a fé, mas partindo dos conhecimentos experimentais, empíricos. Deste modo, nem se dá conta que deste modo pode-se cair em formas de espiritismo, na tentativa de ter qualquer contato com o mundo além da morte, quase imaginando que exista uma realidade que, no fim, seria uma copia da presente.
         Caros amigos, a solenidade de todos os santos e a comemoração de todos os fiéis defuntos nos dizem que somente quem pode reconhecer uma grande esperança na morte, pode também viver uma vida a partir da esperança. Se nós reduzimos o homem exclusivamente à sua dimensão horizontal, a isto que se pode perceber empiricamente, a mesma vida perde o seu sentido profundo. O homem tem necessidade de eternidade e toda outra esperança para ele é muito breve, muito limitada. O homem é explicável somente se existe um amor que supere todo isolamento, tamném aquele da morte, em uma totalidade que transcenda também o espaço e o tempo. O homem é explicável, encontra seu sentido mais profundo, somente se existe Deus. E nós sabemos que Deus saiu da sua distancia e se fez próximo, entrou na nossa vida e nos diz: "Eu sou a ressurreição e a vida, quem cre em mim, também se morrer viverá, aquele que vive e crê em mim não morrerá eternamente.
          Pensemos um momento na cena do Calvário e reescutemos as palavras que Jesus, do alto da Cruz, dirige ao homem que está à sua direita: "Em verdade eu te digo: Hoje mesmo estarás comigo no paraíso". Pensemos aos dois discípulos na estrada de Emaús, quando, depois de ter percorrido uma parte da estrada com Jesus ressucitado, o reconhecem e partem para Jerusalém para anunciar a Ressurreição do Senhor. À mente retornam com renovada clareza as palavras do Mestra: "Não se perturbe o vosso coração. Tenhais fé em Deus e tenhais fé também em mim. Na casa do Pai existem muitas moradas. Se não, jamais vos teria dito: "Vou a preparar-vos um lugar"?.
           Deus se mostrou verdadeiramente, se tornou acessível, tanto amou o mundo ao ponto de dar seu filho único, a fim que aquele que crer nEle não se perca, mas tenha a vida eterna e, no supremo ato de amor da Cruz, imergindo-se no abismo da morte, a venceu, é ressucitado e abriu também a nós as portas da eternidade. Cristo nos sustenta através a noite da morte que Ele mesmo atravessou. É o Bom pastor, cuja direção se pode confiar sem nenhum medo, porque Ele conhece bem a estrada, também aquela que passa pela escuridão.
           Cada domingo, recitando o Credo, nós reafirmamos esta verdade. E ao nos dirigirmos aos cemitérios para rezar com afeto e com amor pelos nossos defuntos, somos convidados, mais uma vez, a renovar com coragem e com força a nossa fé na vida eterna, e mais, viver com esta grande esperança e testemunhá-la ao mundo: atrás do presente não existe o nada. E exatamente a fé na vida eterna dá ao cristão a coragem de amar mais intensamente esta nossa terra e de trabalhar para construir um futuro, para dar-lhe uma verdadeira e segura esperança.







terça-feira, 25 de outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Apesar do esquecimento do homem, Deus permanece fiel.


Vaticano, 19 Out. 11 / 01:18 pm

Ao presidir a catequese da Audiência Geral desta manhã perante 20 mil pessoas na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI insistiu a recordar que "enquanto o homem O esquece facilmente, Deus permanece fiel".

O Santo Padre explicou que "a memória torna-se uma força de esperança. A memória nos diz: Deus existe, Deus é bom, eterna é a sua misericórdia. E assim a memória abre, mesmo na escuridão de um dia, de um período, a estrada para o futuro: é luz e estrela que nos guia. Também nós temos uma memória do bem, do amor misericordioso, eterno de Deus".

Através do Salmo 135, chamado o "Grande Hallel" –o hino de louvor a Deus que se cantava depois da Ceia pascoal e que provavelmente Jesus também recitou na Última Ceia– o Papa convidou a proclamar as maravilhas que Deus fez ao longo da história de salvação, respondendo a modo de litania com o motivo do louvor: "Porque é eterna sua misericórdia".

O Papa recordou que "A história de Israel já é uma memória também para nós, como Deus se mostrou e criou seu próprio povo. Depois, Deus se fez homem, um de nós: viveu conosco, sofreu conosco, morreu por nós. Permanece conosco no Sacramento e na Palavra. É uma história, uma memória da bondade de Deus, que nos assegura a sua bondade: o seu amor é eterno".

O salmo recorda estes acontecimentos, em especial o exílio na Babilônia, com a destruição de Jerusalém, "quando Israel parecia ter perdido tudo, inclusive sua própria identidade, também a confiança no Senhor. Mas Deus se lembra e liberta. A salvação de Israel e de todos os homens está ligada à fidelidade do Senhor".

"Enquanto o homem esquece facilmente, Deus permanece fiel: sua memória é o cofre precioso que guarda essa ‘misericórdia eterna’ que canta nosso salmo", acrescentou.

Bento XVI disse logo que "após o período obscuro da perseguição nazista e comunista, Deus libertou-nos, mostrou-nos que é bom, que tem força, que a sua misericórdia é para sempre. E, como na história comum, coletiva, está presente esta memória da bondade de Deus, essa ajuda-nos, torna-se uma estrela de esperança, ainda que cada um tenha a sua história pessoal de salvação, e devemos realmente valorizar essa história, ter sempre a memória das grandes coisas que Ele fez na nossa vida, para ter confiança: a sua misericórdia é eterna”.

“E se, hoje, estamos na noite escura, amanhã Ele nos liberta, porque a sua misericórdia é eterna", afirmou também Bento XVI.

O Santo Padre convidou a ver a criação como "um grande dom de Deus do qual vivemos, no qual Ele se revela em sua bondade e em sua grandeza. E portanto, ter presente a criação como dom de Deus é um ponto que une a todos".

Bento XVI explicou ademais que com a criação, Deus se manifesta em toda sua bondade e beleza, compromete-se com a vida. E este amor eterno de Deus implica "fidelidade, misericórdia, bondade, graça, ternura".

O salmo conclui recordando que Deus dá alimento a todas as criaturas, "cuidando a vida e dando pão. (…). Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus se faz homem para dar a vida, para a salvação de cada um de nós, e se entrega como pão no mistério eucarístico para fazer-nos entrar em sua aliança que nos faz filhos. A tanto chega o amor bondoso de Deus e a sublimidade de sua ‘eterna misericórdia’".

Finalmente, o Papa saudou com afeto os peregrinos de língua portuguesa, especialmente aqueles que chegaram desde o Brasil: “Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, de modo especial a quantos vieram do Brasil com o desejo de encontrar o Sucessor de Pedro. “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!” Possa Ele sempre vos abençoar a vós e as vossas famílias! Ide em paz!”

Bento XVI também pronunciou um breve resumo de sua catequese de hoje em língua portuguesa.

“Hoje queria meditar convosco o salmo 136, um solene hino de louvor que celebra as inúmeras manifestações de bondade do Senhor para com os homens. Conhecido como o “Grande Hallel”, este salmo é cantado tradicionalmente no final da Ceia pascal hebraica; isso mesmo deve ter feito o próprio Jesus na Última Ceia com seus discípulos. A antífona “eterno é o seu amor” acompanha a narração dos diversos prodígios de Deus na história. De fato, a motivação fundamental do louvor é o amor eterno de Deus: um amor manifestado já desde o início da criação e que vai se reafirmando nos prodígios do Êxodo, na longa travessia do deserto, na conquista da terra prometida, nos momentos de humilhação e desgraça. Por fim, o Salmo louva a bondade de Deus, “que a todo ser vivente alimenta”. Assim, sintetiza o amor paternal de Deus por nós e abre-nos à promessa da Eucaristia, o alimento que acompanha a nossa caminhada de fé”, conclui o Sumo Pontífice.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fotos da Festa de São Francisco 2011

Capela do Santíssimo



Procissão da Bandeira

Pe. Alberto de Primav

Juízes da bandeira

Primeira noite da festa.




- Missa Solene no domingo pela manha, celebrada pelo Mons. Josivaldo Bezerra, Vigário Episcopal do cabo.






- Missa Campal de Encerramento celebrada pelo Pároco.




A Festa de São Francisco encerrou-se com um louvor católicoa com a Comunidade Kairós.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Programação da Festa de São Francisco de 2011


Tema: “São Francisco nos Conduz ao encontro com Cristo”.

Convite

       São Francisco de Assis, nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, no ano de 1182, de pai comerciante, o jovem rebento de Bernardone, gostava das alegres companhias e gastava com certa prodigalidade o dinheiro do pai. Sonhou com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o "status" que sua condição exigia, e aos vinte anos, alistou-se como cavaleiro no exército de Gualtieri de Brienne, que combatia pelo papa, mas em Espoleto, teve um sonho revelador no qual era convidado a seguir de preferência o Patrão do que o servo, e em 1206 , aos 24 anos de idade para espanto de todos, Francisco de Assis abandonou tudo: riquezas, ambições, orgulho, e até da roupa que usava, para desposar a Senhora Pobreza e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa.
         É neste espírito de busca de Deus e de seus valores mais excelentes, que celebraremos neste ano o Tríduo a São Francisco de Assis, padroeiro do Bairro João Paulo II.
          Querendo experimentar em nós o mesmo amor que fez Francisco, o Pobre de Assis, deixar tudo e seguir Jesus, convidamos a todos a participar dos seus festejos, na fraternidade e no amor.


Pe. Adriano Tenório e Comissão da festa

Programação da festa


Dia 06 de outubro
18h30 – A Procissão da Bandeira sairá da casa de D. Josefa Ferreira e do Sr. Ivanildo José, na rua Zefa Tamió, nº 74 para a Capela de São Francisco.
Noiteiros – Ruas das Acácias, dos Lírios, dos Cravos, da Primavera, Das Margaridas, Dália, Amaro Alves da Silva, Antonio Leite, Severino Francisco da Silva, Inácio cândido, José Teófilo Sobrinho, Cicinata Brito, Rubem Ramos, Maria Alves de Andrade, Zefa Tamió e Comissão da Festa.
19h30 – Celebração Eucarística.
Celebrante: Pe. Alberto José falcão de Lira
Pároco de Santo Antonio de Primavera

Dia 07 de outubro
Noiteiros – Pç. Flamboyant, Ruas: das Perpétuas, das Hortências, Bem me quer, das Sempre vivas, Pedro Manoel da Silva, João Gonçalves de Medeiros, Manuel Teixeira Peixoto, Profª. Maria da Paz, João XXIII, Alcides Rodrigues dos Santos, Ana Maria de Andrade, Maria de Brito da Silva e rua João Vicente.
19h30 – Celebração Eucarística.
Celebrante: Fr. Sonival Marinho, OFM. Cap.

Dia 08 de outubro
Noiteiros – Ruas: dos Crisântemos, das Rosas, das Orquídeas, das Flores, Severina de Andrade, Francisco de Andrade Lima, Antônio José da Silva, Fernando Melo, 36, 37, 39, 40, Comércio Local, Mototaxistas, Arareiros, Escola São Francisco de Assis, Escola Mun. Nsa. Sra. da Conceição, Escola Manuel Paulino e Mov. Mãe Rainha (grupo 5).
16h – Apresentação do Filme sobre São Francisco.
19h30 – Celebração Eucarística.
Celebrante: Pe. Adriano Tenório Rodrigues

Dia 09 de outubro
6h – Alvorada Festiva
10h – Missa Solene na Capela, presidida pelo Mons. Josivaldo Bezerra, Vigário Episcopal do Cabo.
16h – Procissão com a imagem de São Francisco saindo da Matriz de São José, percorrendo as principais ruas até a Capela de São Francisco, onde encerraremos a Festa com a Solene Benção do Santíssimo Sacramento e entrega da Bandeira a Próxima Comissão.

Todas as noites Quermesse e apresentações culturais.

Comissão da Festa


Presidente
- D. Bina
Vice-presidente
- Riso e Gabriel
Tesoureiro
- Ane e Rodrigo
1º Secretário
- Val e Andréia
2º Secretário
- Ana e Nil
Juízes da Bandeira
- Ivanildo José de Oliveira e Josefa Ferreira de Oliveira
Pároco
Pe. Adriano Tenório Rodrigues

Agradecimentos

         Gratidão é um gesto de profunda humildade, pelos dons e gestos de carinho que recebemos no dia-a-dia da vida. Somos gratos a todos os que contribuíram, seja com sua oração ou com sua colaboração material para o brilhantismo desta nobre devoção a São Francisco de Assis.
       Louvamos e bendizemos, sobretudo ao Pai, que nos favoreceu com o exemplo deste venerável Santo, nos estimulando no caminho do seguimento de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Paz e bem a todos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Leitura da Sagrada Escritura

Para ler a Bíblia com proveito, o cristão necessita ser esclarecido a respeito de cada um dos 73 livros que a compõem, situar o escrito em seu contexto histórico, analisar as circunstâncias de seu aparecimento e, dentro do contexto da fé, compreender todas as modalidades do ensino religioso e, principalmente, saber colocar esse ensino no quadro da revelação total, no lugar que lhe cabe dentro da evolução providencial em vista da perfeição cristã. Numa análise mais ampla, podemos destacar a Bíblia nos seus quatro aspectos: literário, histórico, doutrinal e cristão. Sua leitura atinge em cheio o a compreensão dos humildes, ao mesmo tempo que causa perplexidade e fascínio aos letrados pela sua riqueza vocabular e literária. Obviamente que jamais existiu nem existirá obra mais importante sobre a terra. É a Palavra do Deus vivo, que a escreveu por intermédio dos profetas e Apóstolos.

A Bíblia é o livro dos livros; de todos o mais precioso, o mais venerável, escrito por homens, sob a inspiração do Divino Espírito Santo. A Igreja Católica dedicou e ainda dedica à Bíblia a mais carinhosa atenção, velando cuidadosamente pela sua integridade. Por volta do ano 410, São Jerônimo completou a célebre tradução dos livros do Antigo Testamento, do grego para o latim, tradução chamada "A Vulgata", que a Igreja adotou como versão oficial dos santos livros. Tendo a assistência do Espírito Santo, esta circunstância por si já é a garantia mais segura de que a Igreja Católica possui a Bíblia em sua autenticidade. A leitura da Bíblia, feita com reta intenção, pode ser de grande utilidade, e é o desejo da Igreja que seus filhos não desconheçam a Bíblia. Traduções que queiram fazer para o português ou qualquer outra língua viva, não devem ser publicadas, sem que a Igreja as tenha examinado cuidadosamente e verificado se a tradução está conforme o original. É uma exigência que a Igreja faz para evitar que aos fiéis sejam entregues traduções mal feitas, truncadas, falsificadas. As traduções em língua vernácula devem trazer a aprovação da autoridade eclesiástica e notas explicativas de pontos de difícil compreensão. Essas notas devem ser tiradas dos Santos Padres ou de autores reconhecidamente competentes. São absolutamente proibidas as traduções que não se achem de acordo com esta determinação da Igreja. Proibidas são as Bíblias dos metodistas, Evangélicos ou Sociedades bíblicas, pelos motivos já explicados. É um livro que traz muitas coisas de difícil compreensão, coisas que são adulteradas por indoutos e inconstantes, para ruína de si mesmos". (II Pet. 3, 16). Todas as heresias tiveram e tem sua origem na má explicação da Bíblia. Tolice não há, que não encontre argumento na Bíblia mal explicada. O próprio demônio, tentando a Nosso Senhor, argumentou com textos Bíblicos.

Aos olhos do povo de Israel é duplamente santa, porque é de origem divina e contém a aliança. Desse duplo caráter é que se origina a autoridade de que goza perante os judeus, nossos irmãos mais velhos. No dia em que cair do rosto o véu que lhes encobre a visão, entenderão que toda a Sagrada Escritura se orienta para Cristo e nele acha sua confirmação e seu pleno coroamento.(Mt 1,22; 2, 15.23; 4, 14; 5, 17; Mc 14, 49; )

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Setembro - Mês da Bíblia

         Divide-se a Bíblia em duas grandes partes, chamadas respectivamente ANTIGO e NOVO TESTAMENTO. O termo testamento substitui atualmente um antigo termo grego que significava pacto ou aliança. Com efeito, em toda a Bíblia trata-se da aliança feita por Deus com os homens, primeiramente por intermédio de Moisés e em seguida pelo ministério de Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO - ANTIGO TESTAMENTO

       É sumamente útil lembrar como foi feita cada uma dessas coleções. A coleção dos livros do Antigo Testamento originou-se no seio da comunidade dos judeus que a foram ajuntando no decorrer de sua história. Dividiram-se em três partes:
       1. A Lei (Torá) - Contendo cinco livros , chamados mais tarde de O Pentateuco, que significa os cinco volumes, forma o núcleo fundamental da Bíblia. Esses cinco livros são: Gênesis, Êxodo, Levítico , Números e Deuteronômio.
       2. Os Profetas - Os judeus abrangiam sob esse título não somente os livros que hoje são chamados Profetas, mas também a maioria dos escritos que hoje costumamos chamar Livros Históricos.
      3. Os Escritos - Os judeus designavam por esse nome os seguintes livros: Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras e Neemias e as Crônicas.

É a essa divisão que se refere o Divino Mestre quando mais de uma vez (p. ex. Mt 22,40) falou da "Lei e os Profetas".
        Esta coleção já estava terminada no segundo século antes de nossa era. Nessa mesma época, os judeus já estavam, em parte, dispersos pelo mundo. Uma importante colônia judaica vivia então no Egito , notadamente em Alexandria, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia então foi traduzida para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os seguintes livros: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e Ester, os livros da Sabedoria e do Eclesiástico, Baruc e a Carta de Jeremias, que se lê hoje no último capítulo de Baruc. A Igreja admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros.

INTRODUÇÃO - NOVO TESTAMENTO

       A palavra "Evangelho" é de origem grega e significa Boa Nova. Os Evangelhos eão escritos que contam a boa nova da vinda entre os homens daquele que se fez "filho do homem", a fim de que nos possamos tornar filhos de Deus.
       Mas antes de ser um livro. o Evangelho foi uma palavra pregada; antes de ser lido, foi ouvido. Como o Senhor Jesus tinha falado, assim falaram os Apóstolos após a sua morte. Além disso, transmitiram sua doutrina acrescentando-lhe, sob inspiração Divina, o verdadeiro testemunho escrito da vida de Jesus, suas ações, seus ensinamentos.
       Particularmente, o Livro dos Atos dos Apóstolos se insere no seguinte quadro: 1. A pregação de João Batista; 2. A missão de Jesus na Galiléia e em Jerusalém; 3. a missão de Jesus na Judéia e em Jerusalém; 4. sua paixão, morte e ressurreição. Esse ensinamento foi em breve consignado parcialmente por escrito, para que fosse conservado com fidelidade. Da mesma forma, tal quadro se amolda a narrativa dos três primeiros evangelistas, Mateus, Marcos e Lucas.
      Já o Evangelho de João, deve ser apreciado de forma um pouco diferente, pois foi um dos mais íntimo discípulos de Jesus, a quem o Salvador confiou o cuidado de sua Mãe, Maria Santíssima, no momento de sua morte. Por várias vezes ele designa discretamente a si mesmo pelas palavras : "o discípulo que Jesus amava".
     Os Atos dos Apóstolos foram escritos por Lucas, e contam os acontecimentos que marcaram o nascimento da Igreja Primitiva: a ascenção de Jesus, o Pentecostes, a primeira pregação em Jerusalém e na Palestina, a conversão de Paulo e suas viagens missionárias através da Ásia Menor e da Grécia, sua prisão, seu processo e sua transferência para Roma.
       Em seguida as Epístolas de São Paulo (duas aos Tessalonicenses, uma aos Gálatas, aos Romanos, a primeira e segunda aos Coríntios, aos Efésios, Filipenses, Colossenses e finalmente duas a Timóteo, uma a Tito uma a Filemon e outra aos Hebreus. Depois as Epístolas Católicas, porque se apresentam sob a forma de cartas, dirigidas não a uma comunidade em particular, mas a um conjunto de Igrejas. São elas: Epístola de Tiago, Primeira de Pedro, Segunda de Pedro, Epístola de Judas e, por fim , as Três de João.
       O Apocalipse (palavra grega que significa revelação) é obra do Apóstolo João, que o escreveu no fim de sua vida. É considerado o livro mais difícil de compreender e o mais misterioso e enigmático de toda a Bíblia. Traz uma revelação sobrenatural, representando o presente, passado e futuro, concernente a um período que separa a ascensão de Jesus e sua volta gloriosa. Indica os sinais dos finais dos tempos, bem como anuncia aos fiéis a impossibilidade de escapar à luta e ao sofrimento, às perseguições e ao fracasso aparente do plano terrestre, à realidade da salvação que lhe será concedida no meio de suas obrigações, e à vitória final, obra de Cristo ressuscitado, que venceu a morte.