segunda-feira, 22 de agosto de 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Carta Pastoral de encerramento da Visita Pastoral

ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE

Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo Metropolitano


CARTA PASTORAL

          Ao pastor Pe. Adriano Tenório Rodrigues e ovelhas do numeroso rebanho do Senhor, na Paróquia São José da Boa Esperança de Amaraji – PE

          Concluída a Visita Pastoral nesta Paróquia de São José, acontecida no período de 17 a 19 de junho de 2011, conforme determinam os cânones 396 a 398 do Código de Direito Canônico, gostaria, inicialmente, de saudar o Pároco, Pe. Adriano Tenório Rodrigues, e as autoridades que muito nos honraram com suas presenças: o Prefeito Municipal, Jânio Gouveia da Silva e sua esposa Glória Gouveia; a Vice-Prefeita, Bernadete Brito; a Dra. Silvia Maria de Oliveira, Juíza da Comarca de Amaraji; a Dra. Maria das Graças Pereira dos Santos, Defensora Pública; a Deputada Mary Gouveia; a Secretária de Educação, Professora Rosana Queiroz; o Secretário de Cultura, Valmir Pedro Soares; a Coordenadora do PROGRAPE, Denise Fontes; o Presidente da Câmara Municipal, Vereador Severino Rufino Lopes; o Vereador Marcelo dos Santos; o Pastor Mário Araújo (Igreja Libertos por Cristo), Presidente do Conselho de Pastores, Pastor Edvaldo Sabino (Igreja Batista Renovada) e Pastor João Batista (Igreja Batista). Saúdo, com entusiasmo, também, os leigos consagrados, as lideranças das pastorais, movimentos e associações das várias comunidades da paróquia e todo o querido povo de Deus. Sobre todos invoco as generosas bênçãos do Senhor.
            Nesta visita, contamos com a colaboração dos Vigários Gerais, Mons. Lino Rodrigues Duarte e Mons. José Albérico Bezerra de Almeida; também do Mons. Josivaldo José Bezerra (Vigário Episcopal do Cabo), Frei Paulo Amâncio de Freitas, OFMCap (Vigário Episcopal para a Vida Religiosa e Consagrada), Pe. Josenildo Tavares Ferreira, OMI (Coordenador Arquidiocesano de Pastoral), Diácono Mivacyr Meira Lima (Ecônomo da Arquidiocese) e Pe. Valdir Manoel dos Santos Filho, SCJ (Canonista). Das Comissões Arquidiocesanas de Pastorais: Frei Rinaldo Pereira dos Santos, OFMCap (Educação e Cultura), Prof. Gustavo do Passo Castro (Laicato), Pe. Francisco de Assis Mota de Sousa, MSF (Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz) e Pe. Gimesson Eduardo da Silva, SCJ (Juventude). Ainda, a Jornalista Renata Gabrielle (PASCOM) e Jucileide Santos (Secretária Executiva da Comissão Arquidiocesana de Pastoral).
            A visita transcorreu em clima de fraterno acolhimento e alegria, possibilitando ao Arcebispo e sua equipe, bem como aos paroquianos, clima de aproximação e conhecimento recíproco. Também a oportunidade de tomar consciência da realidade pastoral, com seus avanços e desafios. Foi especialmente gratificante a visita às comunidades rurais que fazem parte da paróquia, apesar do tempo chuvoso e estradas escorregadias. Dentre estas, causou-nos especial emoção a Comunidade Kairós, que trabalha a recuperação de jovens dependentes de drogas, usando a metodologia cristã da conversão e do compromisso com a fé. Foram, igualmente, gratificantes os encontros com as autoridades, educadores e estudantes, jovens, enfermos e feirantes. Recordo com carinho os momentos celebrativos, sobretudo a experiência de rezar com o povo a Liturgia das Horas e, em seguida, o café da manhã comunitário.
        No relatório da Visita Pastoral, que acompanha esta carta, está registrado cada um dos momentos vivenciados nos três dias de trabalho intenso, com os respectivos encaminhamentos. Solicito, ao caro irmão presbítero que está à frente da Paróquia São José, especial atenção para os referidos encaminhamentos, propostos com o objetivo de ajudar esta querida “porção do povo de Deus” a crescer no compromisso com uma fé concretizada na vida e o anúncio da Palavra, dentro de uma consciência missionária de autênticos “discípulos/as”, na unidade, fraternidade e “opção preferencial pelos pobres”.
        Agradeço, de maneira especial, ao Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) que, juntamente com o Pe. Adriano Tenório e representantes da Cúria Arquidiocesana prepararam com tanto carinho esses dias de missão. Reforço a necessidade da urgente criação do Conselho Administrativo Paroquial (CAP), que terá a missão específica de administrar, em plena comunhão com o Pároco, o patrimônio material da paróquia.
        Concluo, agradecendo e parabenizando toda a equipe supracitada, que participou da Visita Pastoral. Agradecimento, muito especial, ao Pároco, Pe. Adriano Tenório Rodrigues. Parabenizo-o pelo zelo pastoral e cuidado com as ovelhas que lhe foram confiadas. Finalmente, agradeço a todas as comunidades que integram a Paróquia São José da Boa Esperança de Amaraji, suas lideranças e paroquianos em geral, fazendo votos que, cada vez mais, cresçam na unidade e na capacidade de amar e servir.
       Que Nossa Senhora, “Estrela da Evangelização”, esposa de São José e nossa querida mãe, derrame suas bênçãos sobre todos, pastor e ovelhas, e os torne sempre mais apaixonados pelo seu filho Jesus Cristo e sua proposta missionária e libertadora.


Olinda, 27 de julho de 2011.

Em Cristo Jesus,


Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo Metropolitano



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Roga por nós, Ò Virgem singular!












"Lembrai-vos, ó Piíssima Virgem Maria, de que nunca se ouviu dizer, que algum daqueles que tenha recorrido à vossa clemência, implorado a vossa assistência, reclamado o vosso socorro, fosse por vós abandonado. Animado eu, pois, com igual confiança, a vós, Virgem das Virgens, como Mãe recorro, de vós me valho e gemendo sob o peso de meus pecados, me prosto a vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó mãe do Verbo de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém." (Lembrai-vos - São Bernardo, também repetido na Consagração de S. Luiz Maria Grignon de Montfort)



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Você já mentiu hoje? Seja honesto!


Que mal faz uma mentira? “Foi por uma boa causa”; “Eu não tinha outra escolha”; “Foi para proteger a pessoa”; “Teria sido muito pior se tivesse contado a verdade”.

          Quantas desculpas são apresentadas para sustentar as pequenas mentiras do dia a dia! Diante de tantas desculpas, talvez até nos convençamos de que, afinal, mentir não é algo tão grave assim. Não existem aqueles que ‘mentem que nem sentem’? Esse é o resultado de nos acostumarmos de tal forma com as mentiras, com esse pecado de estimação. Mas, se acreditamos que “... Jesus é o caminho, a VERDADE e a vida”, o que nos impede de agir conforme aquilo que dizemos acreditar?
          Você já mentiu hoje? Seja honesto. Já passou alguma informação distorcida, exagerada ou enganosa pela internet ou no meio em que convive? Já assinou o ponto fora de hora? Quantas desculpas você já deu de atrasos, pequenas infrações? E quando a mentira tem a finalidade de evitar que alguém se decepcione ou fique magoado contigo?
          Mas como a mentira entra em nossas vidas? Como aprendemos a mentir? Algumas questões são úteis para você deixar definitivamente a mentira de lado. Na sua família existe o hábito de justificar as coisas com pequenas mentiras? Quando alguém telefona para sua mãe e ela não quer atender, como você respondia a quem ligou? O que te orientavam falar? Pois é, são essas pequenas mentiras, aprendidas muitas vezes até mesmo em família, na orientação dos pais para os filhos, ou em seu modelo que formam a base do hábito de mentir. Um hábito que os próprios pais estabelecem, mesmo não querendo.
         Talvez seja possível perceber, com um pouco de honestidade ao avaliar as situações em que mentimos, que muitas vezes isso acontece por não sabermos como fazer o certo. Mas será que essa é uma desculpa para não nos empenharmos em melhorar? E se nos propusermos a melhorar, o caminho é um só: Aprender a falar sempre a verdade, por mais difícil que seja. Ouvi, certa vez, uma senhora dizer que “A verdade, quando dita com ternura, nunca prejudica a ninguém”.
          A mentira serve para encobrir os fracassos. Fracasso que experimentamos quando erramos, quando optamos pelo ‘mal’, quando justificamos nossas incoerências, quando não conseguimos fazer o bem que gostaríamos (Rm 7, 19), quando não conseguimos expressar de forma clara, objetiva e direta o que sentimos, o que pensamos, o que esperamos, o que gostaríamos. Quantas vezes fugimos de situações constrangedoras dizendo estar ocupados, cansados ou doentes? Quantas vezes foi necessário recorrer às mentiras para esconder nossa dificuldade em dizer ‘não’?
         Ser sincero parece ser mais difícil, nos expõe mais. Se você conhece a alegria de uma relação transparente com certeza iria optar por assumir suas fraquezas e dificuldades. Mentiras ‘brancas’ ou ‘pretas’, ‘leves’ ou ‘pesadas’. Não importa. Se você quer buscar a vida, é preciso buscar a verdade. Essa é a busca que nos abre as portas para descobrirmos o que há de melhor em nós, e que muitas vezes desconhecemos: os dons que nos foram agraciados para, com eles, lidarmos com todas as dificuldades (ternura, paciência, brandura, etc). Não podemos mais ser coniventes com a mentira.
         O principal problema para o mentiroso é a recusa em reconhecer-se um mentiroso. Assim, talvez seja o momento de rever as perguntas iniciais. Identificar as mentiras na sua vida, identificar as mentiras que você vive. As mentiras que você conta para si mesmo. Pensar nas causas, mas principalmente, assumir a sua responsabilidade por uma conversão, por uma mudança. Observe-se. Identifique as mentiras. Analise o motivo, a dificuldade em se comprometer com a verdade naquela situação. Proponha-se então a enfrentar essa dificuldade.
         A alegria consiste em viver reconciliado com sua realidade, sem fugas, sem esquivas, sem desculpas, portanto, sem mentiras. Ser livre consiste em assumir as conseqüências dos nossos atos. Por pior que seja a realidade, as verdadeiras ervas daninhas são aquelas que você cultiva no seu coração, quando foge de viver o que sua realidade te oferece.

E só para finalizar: Aquela história de “no dia que ele mudar, eu mudo” muitas vezes é um tipo de mentira também. Portanto, não olhe para o outro, mas para aquilo que hoje, em você precisa encontrar a verdade.

Cláudia May Philippi – Psicóloga Clínica – CRP 2357/1
Endereço eletrônico: c.may@tvcancaonova.com
Kleuton Izidio Brandão e Silva – Psicólogo Clínico – CRP 6089/1
Endereço eletrônico: kleuton@abordo.com.br

Domínio da lingua

São Jerônimo dizia: " Senhor, que as minhas palavras sejam sempre doces, pois pode ser que eu as tenha que engolir."


Se queremos viver um bom propósito na nossa vida, eis aí um grande desafio: pôr fim à toda palavra má. Um bom coração não despeja maldade, já que a boca fala do que ele está cheio. Deus não quer que amemos só com palavras, mas, também com palavras. Uma boa palavra reanima, fortalece, consola, enche de esperança e devolve a confiança que leva a amar.

Nota do editor: Alguem nao gostou da foto anterio r e tive que trocar em obediência aos meus superiores. É bem como o texto diz. os posts aqui colocados não têm a intenção de ferir, antes de exortar e fazer refletir.
- Quando não gostar de alguma coisa reporet-se a mim, é mais cristão!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Telefones utéis do Céu!


Confira, é realmente interessante!


Quando estiver triste, ligue João 14

Quando pessoas faltarem com você, ligue Salmos 27

Se você quer ser frutífero, ligue João 15

Quando você estiver nervoso, ligue Salmo 51

Quando você estiver preocupado, ligue Mateus 6:19-34

Quando você estiver em perigo, ligue Salmo 91

Quando Deus parecer distante, ligue Salmo 139

Quando sua fé divina precisar ser ativada, ligue Hebreus 11

Quando você está solitário e com medo, ligue Salmos 23

Quando você for áspero e crítico, ligue 1 Corintios 13

Para saber o segredo da felicidade de Paulo, ligue Colosenses 3:12-17

Para idéia de Cristianismo, ligue 1 Corintios 5:15-19

Quando você sentir-se triste e sozinho, ligue Romanos 8:31-39

Quando você quiser paz e descanso, ligue Mateus 11:25-30

Quando o mundo parecer maior que Deus, ligue Salmos 90

Quando você quiser a garantia de Cristo, ligue Romanos 8:1-30

Quando você deixar a casa para trabalhar ou viajar, ligue Salmo 121

Quando suas orações forem estreitas ou egoístas, ligue Salmo 67

Para uma excelente oportunidade ou invenção, ligue Isaias 55

Quando você quer coragem para fazer uma tarefa, um dever, ligue Josué 1

Como ficar junto com companheiro, ligue Romanos 12

Quando você pensa em investimentos/retornos, ligue Marcos 10

Se seu livrinho de bolso está cheio, ligue Salmos 37

Se você perdeu a confiança nas pessoas, ligue 1 Corintios 13

Se as pessoas parecem indelicadas, ligue João 15

Se você está desencorajado com o trabalho, ligue Salmos 126

Se você acha que o mundo e você estão crescendo pouco, ligue Salmos 19

Esses telefones de emergência podem ser discados diretamente. Nenhum
operador de assistência faz-se necessário Todas as linhas do céu estão
abertas 24 horas por dia!

Boa Semana para todos!

sábado, 6 de agosto de 2011

A Difamação e a Calúnia.


Por Padre Renato Leite

“Também a língua é um fogo, um mundo de iniquidade. A língua está entre os nossos membros e contamina todo o corpo; e sendo inflamada pelo inferno, incendeia o curso da nossa vida.” (Tiago 3,6)
               Quem de nós não poderia contar, ao menos, um caso de alguém que amargou graves prejuízos, vítima que foi da “língua alheia”? Como o vício da detração, que tem na fofoca um dos seus sintomas mais evidentes, é um mal comum e disseminado entre os maus católicos que, apesar de somados anos de frequência à Igreja, não se corrigem. Queremos, com o presente artigo, baseado na sólida doutrina da Igreja sobre o assunto, oferecer uma advertência aos que não se emendam e, aos que buscam a plenitude da vida cristã, um auxílio doutrinal seguro em vista de uma conformação cada vez maior com Jesus Cristo, cujas palavras são “Espírito e Vida”.
               A detração é a difamação injusta do próximo, e, para levá-la a cabo, pode-se usar tanto da murmuração (fofoca), que consiste em revelar e/ou criticar, sem justo motivo, os defeitos ou pecados ocultos dos outros, como da calúnia que consiste em imputar a alguém defeitos ou pecados que ele não tem, nem cometeu ou simplesmente em exagerar os defeitos dele.

Posto isso, diga-se que a gravidade do pecado de detração ou difamação é medida:
• pela importância do que se divulgou ou murmurou;
• pelo prejuízo ou dano causado não só à reputação de alguém, mas também por se ter-lhe provocado grave desassossego e desgosto;
• pela condição do murmurador(a) ou fofoqueiro(a): uma autoridade civil ou eclesiástica causa mais dano ao murmurar que uma pessoa comum considerada leviana;
• pela condição de quem foi detratado, porque não é a mesma coisa dizer que um “moleque” é mentiroso e fazer o mesmo a respeito de uma autoridade, de um padre ou de um chefe de família.

        Desgraçadamente, porém, o pecado da detração é tão comum como o furto, ou melhor: a detração ou fofoca é um furto, como diz Santo Tomás de Aquino: “De duas formas pode o próximo ser prejudicado por uma obra: manifestamente, como sucede quando ele é vítima de um roubo ou de qualquer outra violência aberta; ou ocultamente, como no furto, ao modo de traição. De duas formas pode-se causar prejuízo ao próximo pela palavra: de modo manifesto, pela injúria; e de modo oculto, pela detração” (Suma Teológica, IIa.-IIa., 73, a. 1.).
         Mas a detração ou fofoca é, dentre todas as formas de furto, a mais grave, e torna-se ainda mais grave quanto maior é o prejuízo que causa. O dano será tão mais grave quanto mais estimado for o objeto furtado. Ora, como diz a Escritura, “é melhor um bom nome do que muitas riquezas” (Provérbios 22,1). Logo, a detração ou fofoca é não só o pior dos furtos, mas também, “em si, pecado grave” (Santo Tomás, ibid).
              Além do mais, quem furta algo nem sempre atua com cúmplices; o detrator ou fofoqueiro, ao contrário, sempre os tem, porque, se não os tivesse, a fama do próximo não padeceria nenhum prejuízo. Ora, como diz o Apóstolo São Paulo, “quem faz tais coisas é digno de morte; e não só quem as faz, mas também os que junto com ele as praticam” (Romanos 1,32). Sim, porque quem dá ouvidos ao detrator fofoqueiro, ou o aplaude, é “copartícipe” do seu pecado: peca contra a caridade, por estimular o difamador a levar adiante o seu crime, e contra a justiça, por permitir que na sua presença se manche a boa reputação do próximo.
         Há, porém, um caso bem mais grave: aquele em que a detração se torna pecado contra o Espírito Santo por ser movida pela inveja das graças ou dons divinos recebidos por um irmão de fé. Quanto a pecados desse tipo, são muito duras as palavras do Evangelista: eles “não serão perdoados neste século nem no futuro” (Mateus 12,32), e o repete Santo Agostinho no Sermão do Senhor da Montanha, o qual, porém, em suas Retratações atenua um pouco a afirmação, dizendo: “Enquanto houver vida, porém, não há que desesperar”. O mesmo, aliás, fará Santo Tomás de Aquino na Suma Teológica, dizendo, no entanto, que sim, quem peca contra o Espírito Santo tem grandíssima dificuldade de arrepender-se e pedir perdão a Deus. Foi o caso de Judas Iscariotes.
            Como quer que seja a gravidade do pecado da detração, bem pode ser avaliada pelo seguinte episódio que se deu com São Francisco de Sales, Bispo de Genebra, na Suíça. Certo católico que por uma fofoca destruíra uma família, causando separação matrimonial entre outros fatos, o Santo lhe impôs uma estranha penitência: primeiramente depenar muitas galinhas, espalhar as penas por toda a cidade e depois voltar para saber a segunda parte da penitência. Voltou o penitente após cumprir aquela primeira parte e perguntou qual seria a segunda. Respondeu São Francisco: “Agora, vá e recolha todas as penas”. Disse o homem: “Mas isso é impossível”. Concluiu o Bispo: “Também é impossível recolher os cacos da família que você destruiu”.
             Como se pode ver, desse pecado surgem males sem conta, pois um fofoqueiro, é muitas vezes, culpado de que se percam bens materiais, a reputação, a vida e até a salvação da alma. Isso pode atingir tanto o ofendido, que não sabe sofrer o agravo com paciência e procura revidá-lo, como também o próprio ofensor que, por orgulho e respeito humano, se recusa a dar satisfação ao ofendido. Lemos nas Sagradas Escrituras:

“Seis coisas há que o Senhor odeia e uma sétima que lhe é uma abominação: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, um coração que maquina projetos perversos, pés rápidos em correr ao mal, um falso testemunho que profere mentiras e aquele que semeia discórdias entre irmãos.” (Provérbios 6,16-19).

           Ora, se o homem mentiroso é singularmente abominado por Deus, quem o poderia livrar dos mais rigorosos castigos? Depois, haverá coisa mais torpe e infame, como reparou São Tiago, do que “servir-nos da mesma língua com que bendizemos a Deus Pai para maldizer os homens, feitos à imagem e semelhança de Deus. É como uma fonte que, pela mesma abertura, jorra água doce e água salobra.” (Tiago 3,9-11). Com efeito, a mesma língua que antes louvava e glorificava a Deus, põe-se depois, pela mentira, a cobri-Lo, quanto pode, de injúrias e ofensas.
            Essa é a razão por que os mentirosos são excluídos da posse da celeste bem-venturança. Por isso, quando Davi se dirigiu a Deus com a pergunta: “Quem morará na Vossa casa?” – o Espírito Santo lhe respondeu: “Aquele que diz a verdade no seu coração, e que não solta em calúnias a sua língua”. (Salmo 14,1-3).
             O pior dano da mentira é que ela constitui doença do espírito quase incurável, pois o pecado de calúnia e o de detração ou fofoca, contra a fama e o bom nome do próximo, não são perdoados enquanto o acusador não prestar satisfação ao ofendido pelas injustiças praticadas. Isso, porém, se torna muito difícil aos homens, antes de tudo, porque se deixam levar por sentimentos de falsa vergonha e falsa dignidade. Ora, não podemos duvidar que com tal pecado na consciência a pessoa se condena aos eternos suplícios do inferno.
              Ninguém pode, tampouco, esperar o perdão de suas calúnias e detrações se antes não der satisfação a quem foi por ele lesado na fama ou consideração, quer em juízo público quer em conversas familiares e reservadas, segundo a grave advertência de Nosso Senhor Jesus Cristo que disse: “No dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido.” (Mateus 12,36).

Católicos, a calúnia é um pecado gravíssimo, é um pecado contra o Oitavo Mandamento da Lei de Deus.
A calúnia consiste em imputar a outrem defeitos ou pecados que não tem ou não cometeu: "Maledicência e calúnia destroem a reputação e a honra do próximo. Ora, a honra é o testemunho social prestado à dignidade humana. Todos gozam de um direito natural à honra do próprio nome, à sua reputação e ao seu respeito. Dessa forma, a maledicência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade" (Catecismo da Igreja Católica, 2.479).

A maldição da Maledicencia

             
          A inquietação, o desprezo do próximo e o orgulho são inseparáveis do juízo temerário e, entre os muitos efeitos perniciosos que deles se originam, ocupa o primeiro lugar a maledicência, que é a peste das conversas e palestras. Oh! Quisera ter uma daquelas brasas do altar sagrado para purificar os homens de suas iniquidades à imitação do serafim que purificou o profeta Isaías das suas, para que assim pudesse torná-lo digno de pregar a Palavra de Deus.
Certamente, se fosse possível tirar a maledicência do mundo , exterminar-se-ia a maior parte dos pecados.
                Quem tira injustamente a boa fama ao seu próximo, além do pecado que comete, está obrigado à restituição inteira e proporcionada à natureza, qualidade e circunstâncias da detração ou fofoca, porque ninguém pode entrar no Céu com os bens alheios e, entre os bens exteriores, a fama e a honra são os mais preciosos e os mais caros. Três vidas diferentes temos nós: a vida espiritual, que a graça divina nos confere; a vida corporal, de que a alma é o princípio; e a vida social, que repousa os seus fundamentos na boa reputação. O pecado nos faz perder a primeira, a morte nos tira a segunda e a maledicência nos leva a terceira.
                A maledicência é uma espécie de assassinato e o maldizente torna-se réu de um tríplice homicídio espiritual: o primeiro e o segundo diz respeito a sua alma e à alma da pessoa com quem se fala; e o terceiro com respeito à pessoa de quem se deturpa o bom nome. São Bernardo diz, por isso, que os que cometem a maledicência e os que a escutam tem o demônio no corpo; aqueles na língua e estes no ouvido, e Davi, falando dos maldizentes, diz: Aguçaram a sua língua como a das serpentes, querendo significar que, à semelhança da língua da serpente, que, como observa Aristóteles, tem duas pontas, sendo fendida no meio, também a língua do maldizente fere e envenena o coração daquele com quem está falando e a reputação daquele sobre quem se conversa.
               Peço-te encarecidamente que nunca fales mal de ninguém, nem direta nem indiretamente. Guarda-te conscientemente de imputar falsos crimes ao próximo, de descobrir os ocultos, de aumentar os conhecidos, de interpretar mal as boas obras, de negar o bem que sabes que alguém possui na verdade ou de atenuá-lo por tuas palavras; tudo isso ofende muito a Deus, de modo particular o que encerra alguma mentira, contendo então sempre dois pecados: o de mentir e o de prejudicar o próximo.
              Aqueles que para maldizer começam elogiando o próximo são ainda mais maliciosos e perigosos. Confirmo, dizem eles, que estimo muito a fulano, que, aliás, é um homem de bem, mas para dizer a verdade na teve razão em fazer isso e aquilo. Aquela moça é muito boa e virtuosa, mas deixou-se enganar. Não está vendo a astúcia? Quem quer disparar um arco puxa-o primeiro para si o quanto pode, mas é só para arremessá-lo com mais força, assim parece que o maldizente primeiro retira uma fofoca que já tinha na língua, mas faz isso somente para que lançando-a depois como uma flecha, com maior malícia, penetre mais profundamente nos corações. [...]
            Excerto da obra “Filotéia” de São Francisco de Sales, parte III, cap. XXIX, publicado no boletim paroquial “Voz da Rainha” – Pe. Renato Leite.

“Quem vigia sua boca e sua língua, preserva sua alma de grandes apertos.” (Provérbios 21,23)

“Ponde, Senhor, uma guarda em minha boca, uma sentinela à porta de meus lábios.” (Salmo 140,3)

"O Algodão do silêncio é um dos melhores recursos para asfixiar a maledicência e fazer calar acusações indébitas".



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Como honrar o Coração de Jesus


Os quatro meios de honrar o Sagrado Coração de Jesus.

Escrito pelo Pe. François Zannini.
Extraído do Jornal Stella Maris – Junho 2011 Nº481

Se o Senhor nos revela os cinco espinhos que magoam e ferem intensamente Seu Coração divino, Ele nos dá como bom médico de almas e como Pai indulgente, quatro meios de honrar Seu Coração Misericordioso e tão amável para todo homem arrependido e aberto a Seu Amor e a Sua Palavra de vida.

O primeiro meio de honrar o Coração de Jesus é recebê-lo na Comunhão muitas vezes e se possível, todos os dias ou ao menos, cada domingo, com fé, devoção e amor sincero.

Com efeito, a maior prova de gratidão e amor que posamos dar para Aquele que se doa a nós é recebê-Lo.

Santa Theresa d’Ávila morria por não poder morrer de amor, tanto ela suspirava depois da comunhão: “Não é mais possível, diz o sábio, trazer em si o fogo divino e não ser abrasado nele.”

O coração do cristão é todo palpitante de amor desde que recebe Jesus Hóstia com fé e devoção, pois, Jesus é um centro de ternura e toda alma piedosa e devota do Sagrado Coração deseja participar do banquete divino e se rejubila em poder comungar muitas vezes do Corpo e Sangue de Cristo para permanecer eternamente com Ele.

De toda maneira, quanto mais uma alma comunga Jesus, mais ela deseja se unir a Ele na Comunhão freqüente para viver por Ele e para Ele.

Santa Margarida Maria disse: “Sem o Santo Sacramento eu não poderia viver”

Comungai muitas vezes e tantas vezes quanto possível em estado de graça, a fim de crescer pela Eucaristia em santidade.

“tenho imenso desejo de partilhar a Páscoa convosco. Tomai e comei, isto é Meu Corpo, isto é Meu Sangue.” nos disse Jesus.

Se os cristãos da Igreja primitiva se amavam muito e refletiam uma grande caridade mútua, é porque eles tinham uma grande devoção ao Santo Sacramento e comungavam todos os dias a Eucaristia.

Comungai muitas vezes em reparação pela frieza, a indiferença, todas as negligencias e traições dos homens.

Santa Margarida declarou: “Tenho tão grande desejo da Santa Comunhão que voluntariamente para buscá-La eu caminharia de pés descalços num trajeto em chamas”.

Nada espantoso que com tal amor pela Eucaristia, santa Margarida ouvisse o Senhor lhe confirmar que Ele escolheu sua alma para ser um céu de repouso na terra e seu coração um trono de delícias para Seu divino Amor.

Deus tem necessidade de nutrir o coração humano com Sua Eucaristia.

E a todos aqueles que vêm a Ele em estado de graça, aprendem a crescer na fé, a permanecer na esperança, a partilhar na caridade e a progredir em todas as virtudes.

Feliz aquele que se nutre humildemente do Corpo de Cristo, porque recebe a plenitude da graça eucarística que absolve seus pecados veniais e eleva seu espírito e coração para mais sabedoria e amor.

Assim, o homem unido ao Cristo eucarístico se torna ele mesmo, um outro Cristo que completa pela sua liberdade entregue à vontade de Deus. E encontra nesta união a Deus, a alegria perfeita e o repouso da alma tanto desejada.

O segundo meio de honrar o Coração de Jesus são as visitas freqüentes ao Santo Sacramento. Jesus se faz prisioneiro do tabernáculo para me libertar de mim mesmo e de minha natureza preguiçosa.

Depois da santa Missa e Comunhão nada é mais agradável a Jesus do que nossa visita ao Santo Sacramento.

Ir contemplar e adorar o Corpo o Sangue , a Alma e a Divindade deste Deus Salvador no Sacramento de Seu Amor é a mais bela prova de amor que se possa testemunhar a Jesus Hóstia.

Jesus está lá com Seu Amor e Seu devotamento sem limites por nós.está lá na espera de ser amado, adorado, receber agradecimento e comido pelos cristãos para se tornarem por sua vez cordeiros de Deus, capazes de se imolar para fazer reviver o homem e chamá-lo a modificar sua vida, orientando-a mais para a oração, a meditação evangélica e a caridade fraterna.

Quem ama seus amigos deseja encontrá-los e partilhar com eles momentos intensos de alegria, reflexão e consolo.

Vir a Jesus para encontrá-Lo na Eucaristia é pegar nEle o conforto de Sua Graça oferecida, as luzes do espírito tão desejadas e a paz do coração tão procurada. Numa palavra, a graça do repouso em Jesus Cristo, o único que pode cobrir nossa alma com todo amor da sabedoria que procura.

É diante do Santíssimo Sacramento que o Cura d’Ars vinha buscar sua força de pastor e de confessor.

É diante de Jesus Hóstia que São Francisco Xavier vinha recobrar novas forças para evangelizar, suportar o rigor e preparo do apostolado em terra pagã.

É ainda diante do Santo Sacramento que Padre Pio vinha oferecer sua cruz suas tristezas e sofrimentos de seus estigmas para expiar os pecados dos homens e merecer para eles, graças de conversão, de cura e de discernimento.

A adoração do Coração de Jesus escondido sob os véus do Santo Sacramento foi a grande devoção de todos os santos da Igreja. E nós, cristãos de hoje, sabemos tomar um pouco de tempo para visitar o Santo Sacramento, para nos recolher diante deste Deus de Amor que nos espera para derramar graças em nossos corações e nossos espíritos?

Ou preferimos tardes mundanas , distrações fúteis, visitas entre amigos onde se misturam o vazio, a vaidade, a inveja e o ciúme?

Lembremo-nos humildemente que é sempre ao pé do tabernáculo que encontraremos consolação, esperança e força diante das nossas tentações, nossos desencorajamentos, desgostos e lassidão.

Feliz aquele que passa todo dia um pouco diante do Santíssimo Sacramento para fazer como o camponês de Ars, que dizia: “Eu olho para Ele e Ele olha para mim.”

E descobrir no face a face mútuo, toda a riqueza do filho com seu Pai e do homem com seu Deus.

O homem que sabe contemplar cada dia silenciosamente o Rosto e o Coração do Senhor no Santíssimo Sacramento, retira de sua oração, três verdades reconfortantes: a grandeza da humildade divina, a sabedoria da inteligência divina e o infinito do amor divino que é paciência e misericórdia para todo pecador arrependido e em marcha para sua salvação.

O terceiro meio de honrar o Coração de Jesus é santificar a primeira sexta-feira do mês, festa de Seu Sagrado Coração.

Jesus disse à santa Margarida Maria: “Tu comungarás todas as primeiras sextas-feiras do mês para honrar Meu Coração ultrajado.”

Margarida Maria permaneceu fiel a esta recomendação do Senhor e recebeu graças abundantes. Naquele dia, o Senhor dilatou Seu Coração e abriu mais ainda para espalhar sobre os homens rios de bênçãos e de graças.

Felizes as almas fervorosas que sabem nesse dia se aproximar deste coração adorável que tanto amou os homens e se unir a Ele na Eucaristia. Adorá-lo um momento no Sacramento de Seu Amor e aquecer neste ardente fogo de amor, o fogo de sua devoção, de seu zelo apostólico e seu ardor pela santidade.

Estes cristãos escolhem nesse dia, entrar neles mesmos e examinar diante de Deus como passaram o mês e tomar a resolução de fazer melhor para se santificar e agradar ao Senhor no presente e no futuro.

Nas comunidades religiosas, nos mosteiros, nas paróquias, o Santíssimo Sacramento é exposto nesse dia e termina com uma bênção do Santíssimo.

Milagres de proteção, de cura e de conversão acontecem nesse dia, atestando que a primeira sexta-feira do mês é um dia de festa privilegiada onde se pode pedir tudo e obter tudo do Coração Misericordioso de Jesus.

Nós sabemos como cristãos que a primeira sexta-feira do mês é o dia escolhido por Cristo para nos dar Suas graças em abundancia.

Saibamos fazer um dia de recolhimento, de adoração e de ação de graças.

Desde pela manhã, façamos nossa oração sobre as riquezas do Coração de Jesus e peçamos para abrir nosso espírito a Sua Sabedoria, para bem servi-Lo durante esse dia.

Vamos comungá-Lo na Eucaristia com todo o fervor possível, oferecendo a Jesus (para suprir nossa insuficiência) os méritos da Santa Virgem e de todos os santos que souberam amá-Lo na terra e daqueles que sabem preferi-Lo a tudo o que existe neste mundo.

Aproveitemos este dia para purificar nossa alma e fazer uma boa confissão para avançar na verdade, na virtude e na caridade do Senhor.

E aproveitemos a nossa adoração diante do Santíssimo Sacramento, para nos consagrar ao Sagrado Coração, nós e nossa família, atraindo sobre nós e nossos próximos, as bênçãos e as graças das quais temos necessidade para Lhe ser fiel na fé e na caridade.

Quantos cristãos tíbios se tornaram fervorosos pela devoção ao Sagrado Coração!

Quantos lares infelizes, divididos encontraram a alegria e a paz da união por uma devoção comum ao Sagrado Coração!

Quantas comunidades religiosas, grupos de ação social ou caritativa encontraram mais coesão fraterna e coragem apostólica, rezando ao Sagrado Coração de Jesus.

Todos aqueles que souberam guardar esta devoção ao Sagrado Coração e vivê-la intensamente no dia da primeira sexta-feira do mês, durante toda sua vida, receberam muitas graças para dominar o espírito mundano e nunca afundar nos vícios e males que poderiam matar o corpo e a alma.

Então, agradeçamos a Jesus que nos convida através de santa Margarida Maria, a venerar Seu Sagrado Coração e respondamos com alegria e entusiasmo Seu apelo para aliviar de todas as aflições os homens descrentes, indiferentes e hostis a Seu Amor.

Receberemos largamente as graças das quais temos necessidade para sermos fiéis a Sua vontade de Amor.

O quarto meio de honrar o Coração de Jesus é venerar Suas imagens.

E a imagem de Seu Coração de carne coroado de espinhos com uma cruz em cima, foi para Ele, o meio de mostrar aos homens de todos os tempos, quanto Ele os amou sobre a terra, a ponto de morrer pela sua salvação e quanto continua a amá-los na esperança de sua conversão e reconhecimento de Seu Amor infinito pelo gênero humano.

Ele prometeu à santa Margarida Maria que espalharia com abundância sobre aqueles que O honrassem, os tesouros de graças das quais Seu Coração está repleto e que em toda parte, onde Sua imagem é exposta para ser ali muitas vezes honrada, atrairia todas as graças e bênçãos.

Santa Margarida Maria tomou cuidado em fazer gravar esta imagem do Sagrado Coração e espalhar.

Ela queria que todos a conhecessem. Todos os pecadores para convertê-los. Todos os justos para inflamar ainda mais seu amor a Deus e ao próximo.

Santa Margarida Maria amava tanto o Coração divino que molhou uma destas imagens no seu sangue e compôs uma oração e consagração notável, na qual ela se consagrava a Jesus sem reserva e sem partilha.

Confortados pela promessa de Jesus os cristãos devotos do Sagrado Coração de Jesus gostam de venerar esta santa imagem e espalhá-la ao redor deles.

A vista desta imagem os consola e encoraja. Se a sombra dos apóstolos curava os doentes, é preciso se espantar que a imagem do Sagrado Coração de Jesus seja tão poderosa para curar os males da alma e do corpo?

Santa Theresa d’Avila queria encontrar o divino Coração de Jesus por toda parte onde olhava e dizia: “Se as pessoas amassem Nosso Senhor, elas se rejubilariam em ver Seu retrato, como no mundo somos felizes com as fotografias de entes queridos.”

Se nós amamos o divino Coração de Jesus, vamos espalhar Sua imagem santa e rezemos para que toque o coração dos homens, desde os mais endurecidos até os mais exigentes. Desde os mais ricos até os mais pobres. Desde os mais tíbios até os mais indiferentes.

Que cada um aprenda a conhecer os tesouros do Coração de Deus e buscar nele, as graças infinitas que contém e que Ele deseja tanto espalhar no coração humano tão só, tão abandonado, tão ferido pelo mal e tão ignorante de todo o bem que poderia dali retirar, se soubesse confiar no Coração tão amável de Jesus.

Saibamos rezar, oferecer nossas tristezas, nossas eucaristias pela conversão dos pecadores e dos pagãos a fim de que um dia, eles sejam tocados pela graça da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e recebam desta devoção, as graças e as bênçãos sem limites, que os conduzirão a uma verdadeira conversão e a um amor profundo do Senhor.

Também para animar a coragem, a fé e a caridade dos justos, a fim de que munidos deste amor do Sagrado Coração eles saibam retirar dEle, a força de imitá-Lo, para amar como Ele até a morte e dar aos homens o sentido da Vida eterna.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dia de São João Maria Vianey e dos Padres.

       
 O Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4 de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, desde 1929, quando o Papa Pio XI o proclamou "homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico".


Padroeiro é o representante de uma categoria de pessoas, cuja vida e santidade comprovadas estimulam a uma vida de fé em comunhão com a vontade de Deus. Tendo em vista essa explicação, vamos entender por que a Igreja o escolheu como exemplo a ser seguido pelos sacerdotes, na condução de seus rebanhos.

Esse santo homem nasceu na França, no ano de 1786, e depois de passar por muitas dificuldades, por conta das poucas habilidades, foi ordenado sacerdote. Mas o bispo que o ordenou acreditou que o seu ministério não seria o do confessionário, entendendo que sua capacidade intelectual seria muito limitada para dar conselhos.

Então, ele foi enviado para a pequenina Ars, no interior da França, como auxiliar do padre Balley, o mesmo que vislumbrou, por santa inspiração, seu dom de vocação, e por confiar nele o preparou para o sacerdócio. E esse pároco, outra vez inspirado, acreditou que o dom dele [São João Maria Vianney] era justamente o do conselho e o colocou servindo no confessionário.

Assim, padre João Maria Vianney, homem justo, bom, extremado penitente e caridoso, converteu e uniu toda Ars. Amado e respeitado por todos os fiéis e pelo clero da Igreja, sua fama de conselheiro correu por todo o mundo cristão. Assim, ele se tornou um dos mais famosos confessores da história da Igreja. Conhecido também como “Cura d’Ars”, mais tarde, foi o pároco da cidade, onde morreu em 1858, sendo canonizado em 1925.

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Sem dúvida, São João Maria Vianney é o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: "Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes". Ser padre é isso, exatamente a vida inteirinha do seu padroeiro

O Padre entende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um "pai" (padre) à semelhança de Cristo, que amou e deu a vida ao povo pobre, simples e marginalizado. Nunca hesita. Tudo aceita, confia e acredita em Deus e na sua Providência, e caminha seguro para missão que lhe é designada.

A vida simples e a simplicidade dos ensinamentos Jesus Cristo são o fundamento do seu ministério, único parâmetro e exemplo a seguir. A sua tarefa é continuar a missão de Jesus Cristo, o único e eterno Sacerdote. É o padre, que através do Evangelho, leva os homens a Deus, pela conversão da fé em Cristo. Por isso, são pessoas que nascem com esse dom e, logo cedo ou no momento oportuno, ouvem o chamado de Deus para se consagrarem a servir à comunidade, nos assuntos que se referem a Ele.

Ser padre é ser "pai" de uma comunidade inteira. Como tal, é o homem da Palavra de Deus, da Eucaristia, do perdão e da bênção, exemplo de humildade, penitência e tolerância; o pregador e conversor da fé cristã. Enfim, um comunicador e entusiasta da Igreja, que luta por uma vivência cristã mais perfeita. Dessa Igreja missionária, que não sobreviveria sem o sacerdote, como indicou o próprio Jesus Cristo, seu fundador pela Paixão por nós.

Sua missão é construir comunidades, entender a alma humana e perdoar os pecados, evangelizar, unir e alimentar a comunidade pela Eucaristia. Entendem, como diz Lucas 21, 15: "Eu vos darei eloqüência e sabedoria, às quais nenhum de vossos adversários poderá resistir nem contradizer" , e são verdadeiras testemunhas da fé, por sua oração, sacrifício e coragem cristã.

.: Parabenize o seu pároco hoje.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Amanha, dia 04 celebraremos o dia do Padre.

Mas, quem é o Padre?
  Vejamos quem é o Padre:


É alguém escolhido por Deus, dentro de uma comunidade, no seio de uma família, para ser o continuador da obra salvadora de Jesus. Ele assume a missão de construir a comunidade.

Por graça e vocação, o padre age em nome de Jesus: ele perdoa os pecados, ele reconcilia seus irmãos com Deus e entre si; ele trás a bênção de Deus para todos.

O padre é aquele que celebra a vida de Deus na vida da comunidade. Na Celebração Eucarística , ele trás Jesus para as comunidades. A Eucaristia é a razão primeira do sacerdócio.

O padre alimenta seus fiéis por esse sacramento, pela sua pregação e pelo seu testemunho.

Padre é o modelo por excelência de Jesus Cristo, o bom Pastor. Por esse motivo ele deve ser como o Cristo Pastor. O Padre deve ser o pastor atencioso de seu rebanho.

Deve guiar por bons caminhos, orientando nas dificuldades e prevenindo quando necessário. Deve defender seus irmãos dos lobos modernos que devoram os menos esclarecidas e dos ladrões que atacam, que confundem e dispersam o único rebanho do Senhor.

Padre é o homem de Deus que deve estar no meio do povo: nas Paróquias, nas Pastorais, nos Seminários, nos Hospitais, nas Escolas e Faculdades, nos Meios de Comunicação Social, nas Comunidades Inseridas e entre os mais pobres e marginalizados... É um sinal de que o Reino de Deus existe entre nós.

Onde nascem as vocações?

Na família que reza unida;

Nos grupos de catequese, de adolescentes, de coroinhas ou acólitos;

Nos grupos de jovens, grupos missionários, grupos de vivência da fé;

Nas paróquias e comunidades eclesiais, onde o Padre deve ser o maior incentivador das vocações...

Eis a nossa mensagem para que tenhamos mais padres:

Vamos rezar sempre pelas vocações;

Façamos de tudo para incentivar os jovens e adolescentes para que sigam essa vocação;

Vamos falar bem da vocação sacerdotal na família, na escola, na catequese, nos grupos de adolescentes, de jovens...

Vamos implantar em nossa comunidade o trabalho vocacional, instituindo um casal ou uma equipe que se interesse pelas vocações, que promova, incentive e oriente os adolescentes e jovens a participarem dos encontros vocacionais;

Façamos de tudo para criar na comunidade um clima favorável ao o surgimento das vocações. Este é um trabalho conjunto exercido pelo Pároco, pelos jovens, pelos catequistas, pelas famílias, pelo Movimento Serra e demais movimentos, pelos que animam a liturgia e grupos de reflexão. Todos somos responsáveis para que tenhamos mais sacerdotes. O Papa João Paulo II, nos ensina: “Descei no meio dos jovens e chamai, não tenhais medo de chamar”. Devemos chamar sempre. Que tal fazermos algo concreto pelas vocações em nossa comunidade? O que poderemos fazer?

Parabéns aos nossos padres!


Oração pelos sacerdotes

Senhor Jesus Cristo que, para testemunhar-nos o vosso amor infinito, instituístes o sacerdócio católico, a fim de permanecerdes entre nós, pelo ministério dos padres, enviai-nos santos sacerdotes.

Nós vos pedimos por aqueles que estão conosco, à frente da nossa comunidade, especialmente pro pároco da nossa paróquia.

Pedimos pelos missionários que andam pelo mundo, enfrentando cansaço, perigos e dificuldades, para anunciar a Palavra da Salvação.

Pedimos pelos que se dedicam ao serviço da caridade, cuidando das crianças, dos doentes, dos idosos e de todos os que sofrem e estão desamparados.

Pedimos por todos aqueles que estão a serviço do vosso Reino de justiça, de amor e de paz, seja ensinando, abençoando ou administrando os sacramentos da salvação.

Amparai e confortai, Senhor, aqueles que estão cansados e desanimados, que sofrem injustiças e perseguições pelo vosso nome ou que se sentem angustiados diante dos problemas.

Fazei que todos sintam a presença do vosso amor e a força da vossa Providência. Amém.