sábado, 28 de maio de 2011

Católico, porque sou Cristão!

Sob que forma o cristianismo dominou reinos, submeteu reis e senhores e se estendeu sobre todo o ocidente, senão sob a forma católica e sob a autoridade unificadora do Bispo de Roma?
Foi esta Igreja e seu Concílios que definiram o cânon biblico tanto do Novo como do Antigo Testamento. Foram os bispos em Niceia que definiram, (apesar de Ário, fundamentar sua heresia com a própria palavra de Deus) que Jesus Cristo é verdadeiro Deus, Incriado, Eterno e tendo a mesma e unica natureza divina do Pai; que definiu a divindade do Espírito Santo; que estabeleceu normas liturgias e morais.          
           Por mais de mil anos, até a chegada de Lutero, ele mesmo que saiu desta Igreja.

Foi apenas sob esta forma que o cristianismo foi forte, ininterrupto, universal.

Formaram-se igrejas nacionais e étnicas, fechadas sobre si mesmas e voltadados para o seu povo; Surgiram milhares de homens, que apegados a uma frase biblica, a uma forma de vida, ou crendo que igreja traiu Cristo e sonhando com uma igreja segundo a sua vontade, conseguiram alguns seguidores, porem em nenhum destes homens ou destes movimentos reformadores se pode ver a força histórica, sob pessoas e povos, se não na Igreja Católica.
Elas nos deu os sacramentos, as normas litrugicas, uma organização forte e definida, capaz de enfrentar as mais poderosas instituições e sujeitou a si o próprio Estado e os seus chefes, reis, imperadores.
Foi dela que os ditos evangélicos receberam os livros da bilbia, a divindade de Cristo, pois se não fosse pela coragem e perseverança dos seus bispos e patriarcas contra tantas heresias, provavelmente hoje os cristãos estariam divididos entre arianistas, monofisistas ou nestorianos, que dividiam Cristo, sendo o carnal de Maria e o Verbo filho de Deus e muitos outros.

Ser cristão até o século XVI, o tempo de Lutero era ser católico.

Termos estes, sinonimos. Um não poderia seguir sem o outro.Ou melhor nem se quer se precisaria dizer. Sou católico para ser da Igreja. Bastava apenas afirmar: sou cristão. Os que saiam da Igreja católica tampouco eram identificados como cristãos, mas antes como luteranos, calvinistas, Anabatistas, e apenas secundariamente cristãos; são como galhos cortados ou separados da grande arvore. Para ser de fato verdadeiro cristão só sendo catolico porque foi a Igreja catolica que sustentou, defendeu e e espalhou o  cristiansimo por todo o mundo. Negar a autenticidade da Igreja, sua instituição divina é afirmar que Deus permitiu que durante muito tempo, em quase todos os lugares, e para milhares de povos, um cristianismo adulterado, falso e herético, houvesse dominado o mundo. Neste caso onde estavam os verdadeiros cristãos? Deus pode permitir uma heresia por certo período de tempo e para determinados povos a fim de prova-los. Porem nunca durante um tempo muito tempo para todas as épocas e povos.

        Que resta a nós perante a realidade histórica senão reconhecer que sem a Igreja Católica não teria existido civilização cristã.

Imperfeita, sim? Jesus nunca prometeu uma igreja de membros perfeitos, mas uma igreja que permaneceria até o fim dos tempos e que jamais seria vencida por maiores que fossem os poderes do inferno que se levantassem contra ela.
       Então ser católica é o mesmo que ser cristão; e cabe a nós, imitando santa Joana d´Arc amar a Igreja com todas as nossas forças, tendo consciência de que é esta o sustentáculo de nossa fé cristã.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Embaixador de Cristo

Todos os preparativos para o Santo Sacrifício estão concluídos; o altar está pronto; uma multidão de almas devotas, absortas em Deus, está em expectativa. Reina um silêncio solene na casa de Deus. A luz tênue de duas velas bentas mal dissipa as sombras da penumbra matinal. Passos quebram o silêncio sagrado. Um sacerdote avança em vestes separadas para o ofício Divino e com semblante sério. Ele se aproxima vagarosa e reverentemente do altar, faz uma genuflexão, sobe os degraus, pousa o cálice velado que carrega em sua mão sobre o corporal, desloca-se para o lado da Epístola e abre o missal. Em seguida ele retorna ao meio do altar, se inclina para o Crucifixo, desce os degraus e começa o mais sublime dos rituais – A Santa Missa.

Quem é esse padre? Ninguém menos que o Embaixador de Cristo, o Mediador entre Deus e seu povo. Ele pode ter vindo de uma fazenda tranqüila ou do barulho de uma cidade agitada; seu berço pode ter ficado em uma aldeia humilde ou em uma mansão esplêndida; tudo isso não significa nada e não altera nada na natureza eminente e sublimidade de sua missão. O que lhe confere essa dignidade e grandeza singulares não vem dos homens: o Próprio Deus imprimiu em sua alma uma marca misteriosa e indelével que o coloca acima de todos os poderosos da terra. O céu lhe deu uma missão e autoridade especiais; daí toda porta lhe é aberta dentre os católicos; para eles ele é o embaixador de Cristo, um sacerdote, que tem o direito de subir os degraus do altar e oferecer sacrifício em seu nome.

Quando Deus deseja nos dar ordens, promessas, admoestações ou graças, Ele não se utiliza de um anjo, mas de um padre. Tudo deve passar através das mãos deste homem extraordinário. E ai daquele que despreza o seu ofício e missão, que o persegue ou entristece! Porque tal pessoa despreza o próprio Deus, persegue o próprio Deus, ofende o próprio Deus. Jesus declarou isso de uma maneira solene. Por outro lado, feliz o cristão que honra o padre! Feliz a família que o recebe! Mas o padre não é apenas o embaixador de Deus; ele é, ao mesmo tempo, o embaixador do homem perante Deus.

Dignidade e Poder do Sacerdote

Um embaixador de Deus! Quantas vezes ele anunciou do púlpito notícias celestes aos fiéis! Quantas vezes ele lhes falou de suas obrigações vinculativas, de esperanças imperecíveis, de recompensas e punições eternas! Agora ele sobe ao altar. Dentro em breve ele dirá palavras misteriosas de poder assombroso, e o Deus todo-poderoso e imortal, obedecendo a sua palavra, estará verdadeiramente presente no altar. O sacerdote O elevará perante os fiéis ajoelhados e O dará às almas que crêem Nele, anseiam por Ele, buscam-no, amam-no e desejam viver através Dele.

O sacerdote, em união com Jesus Cristo, oferece a adoração, ação de graças, expiação e petição do homem ao Pai Celeste, que recebe esse dom com complacência. Em nosso nome e para a nossa salvação o padre oferece ao Pai Eterno Seu Filho unigênito, Jesus; ele oferece a Deus os méritos infinitos da vida de Jesus sobre a terra, e especialmente Sua Morte sacrifical no Calvário. Que anjo de Deus pode se comparar com o sacerdote em grandeza e dignidade?

O sacerdote negocia com Deus sobre assuntos mais importantes da vida – sobre os assuntos da alma! Ele eleva sua mão em absolvição, pronuncia palavras de perdão, e o fardo do pecado é suspenso da alma arrependida! Ele se coloca de pé ao lado do leito do agonizante, e equipa a alma que parte com os meios para travar o seu último combate de maneira exitosa. É a sua palavra que sela e dá validade ao pacto de paz que é feito diariamente entre a terra e o Céu.

Reis e governantes desta terra freqüentemente experimentam o cetro lhes sendo arrebatado das mãos, a púrpura real despedaçada de seus ombros, e eles mesmos enviados para o exílio. Porém, o sacerdote, o embaixador de Cristo, permanece um sacerdote para sempre. Deus nunca vai privá-lo de seu cargo. De todos os embaixadores que falam e agem em nome de um soberano, o padre católico sozinho pode, até o seu último suspiro, tratar com o seu Mestre com plena autoridade em nome da humanidade e com a humanidade em nome de Deus.

Será que pensamos em sua dignidade sublime quando encontramos um sacerdote na rua, ou o vemos no altar no ato da celebração da Missa?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Devoção ao Santo Rosário

Maravilhoso histórico


Segundo respeitosa tradição, Nossa Senhora revelou a devoção ao Rosário a São Domingos de Gusmão, em 1214, como meio para salvar a Europa de uma heresia. Eram os albigenses, que, como uma epidemia maldita, contagiavam com seus erros outros países, a partir do norte da Itália e da região de Albi, no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a esses hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois assim soberbamente se auto-nomeavam.

Eram lobos disfarçados com pele de ovelha, infiltraram-se nos meios católicos para melhor enganar e captar simpatia. Tais hereges pregavam, entre outros erros, o panteísmo, o amor livre, a abolição das riquezas, da hierarquia social e da propriedade particular — salta aos olhos a semelhança com o comunismo.

Várias regiões da Europa do século XIII ficaram infestadas pela heresia albigense, e toda a reação católica visando contê-la mostrava-se ineficaz. Os hereges, após conquistar muitas almas, destruir muitos altares e derramar muito sangue católico, pareciam definitivamente vitoriosos.

São Domingos (mais tarde fundador da Ordem Dominicana) intrepidamente empenhou-se no combate à seita albigense, não conseguindo, porém, sobrepujar o ímpeto dos hereges, que continuavam pervertendo os fiéis católicos. E os que não se pervertiam eram massacrados.

Desolado, São Domingos suplicou à Virgem Santíssima que lhe indicasse uma eficaz arma espiritual capaz de derrotar aqueles terríveis adversários da Santa Igreja.

Rosário esmaga heresia albigense

Quando tudo parecia perdido, Nossa Senhora interveio nos acontecimentos para salvar a Cristandade desse mal.

O Bem-aventurado Alain de la Roche (1428 – 1475), célebre pregador da Ordem Dominicana, no livro Da dignidade do Saltério, narra a aparição de Nossa Senhora a São Domingos, em 1214. Nessa aparição, Ela ensina aquele Santo a pregar o Rosário (também chamado Saltério de Maria, em lembrança dos 150 salmos de Davi) para salvação das almas e conversão dos hereges. Na obra de São Luís Grignion de Montfort ele transcreve tal narração:

“Vendo São Domingos que os crimes dos homens criavam obstáculos à conversão dos albigenses, entrou em um bosque próximo a Toulouse e passou nele três dias e três noites em contínua oração e penitência, não cessando de gemer, de chorar e de macerar seu corpo com disciplinas para aplacar a cólera de Deus, até cair meio morto. A Santíssima Virgem, acompanhada de três princesas do Céu, lhe apareceu e disse:

—‘Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo?’

— ‘Ó Senhora! – respondeu ele – Vós o sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes o principal instrumento de nossa salvação’.

— ‘Saiba – Ela acrescentou – que a peça principal da bateria foi a saudação angélica, que é o fundamento do Novo Testamento; e portanto, se queres ganhar para Deus estes corações endurecidos, reza meu Saltério’.

“O Santo se levantou muito consolado e abrasado de zelo pelo bem daquela gente; entrou na igreja catedral; no mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos anjos, para reunir os habitantes. No princípio da pregação, formou-se uma espantosa tormenta; a terra tremeu, o sol se obscureceu, os repetidos trovões e os relâmpagos fizeram estremecer e empalidecer os ouvintes; e aumentou seu terror ao ver uma imagem da Santíssima Virgem, exposta em lugar proeminente, levantar os braços três vezes ao Céu para pedir a Deus vingança contra eles, se não se convertessem e não recorressem à proteção da Santa Mãe de Deus.

“O Céu queria por esses prodígios aumentar a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais notória.

“A tormenta cessou por fim, pelas orações de São Domingos. Ele continuou seu sermão, e explicou com tanto fervor e entusiasmo a excelência do santo Rosário, que os moradores de Toulouse [um dos principais focos da heresia] o abraçaram quase todos e renunciaram a seus erros, vendo-se em pouco tempo uma grande mudança na vida e nos costumes da cidade”(4).

Melhor artilharia contra o demônio e sequazes

Empunhando a potente arma do Rosário, São Domingos retornou ao combate, pregando incansavelmente na França, Itália e Espanha a devoção que a própria Senhora do Rosário lhe ensinara, e por todas as partes reconquistava as almas: os católicos tíbios se afervoravam, os fervorosos se santificavam; as ordens religiosas floresciam; convertia os hereges, que, abjurando seus erros, voltavam à Igreja aos milhares; os pecadores se arrependiam e faziam penitência; expulsava os demônios de possessos; operava milagres e curas. Somente na Lombardia, o ardoroso cruzado do Rosário converteu mais de 100 mil hereges albigenses.

Tudo por meio da melhor artilharia contra o demônio e seus seguidores: o Santo Rosário.

Simão de Montfort

Mas restavam ainda aqueles hereges empedernidos, que não se convertiam de nenhum modo, e procuravam reverter a derrota fazendo estragos em alguns outros países. Para resolver o problema, Nossa Senhora, além do heróico São Domingos, suscitou outro herói para erradicar da Europa a heresia: o admirável Conde Simão de Montfort. O primeiro empunhou como arma o Rosário, o segundo empunhou a espada. Uma combinação perfeita: o espírito de oração com o espírito de cruzada em defesa da Fé Católica.

A história de Simão de Montfort é, além de admirável, extensa. Citemos a propósito, apenas de passagem, um trecho extraído do livro de São Luís Grignion de Montfort (o sobrenome de ambos é o mesmo, embora, segundo parece, não fossem parentes – pelo menos não há dados concludentes a respeito):

“Quem poderá contar as vitórias que Simão, Conde de Montfort, obteve contra os albigenses sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário? Foram tão notáveis, que jamais se viu no mundo coisa parecida. Com quinhentos homens, desbaratou um exército de dez mil hereges. Outra vez, com trinta homens, venceu a três mil. Depois, com mil infantes e quinhentos cavaleiros, fez em pedaços o exército do rei de Aragão, composto de cem mil homens, perdendo somente oito soldados de infantaria e um de cavalaria” (5).

Livre a França da fúria da heresia albigense, a devoção ao Santo Rosário atravessou as fronteiras. São Domingos pregou incansavelmente, até o fim de seus dias, esta milagrosa e eficientíssima devoção nos países vizinhos, colhendo neles semelhantes frutos. Atravessou não somente as fronteiras européias, mas os continentes e também os séculos, uma vez que, até os presentes dias, o Rosário é rezado com grande fruto em todos os países do mundo.

Fátima e a devoção ao Santo Rosário

Quando Lúcia perguntou à Santíssima Virgem, na aparição de 13 de outubro de 1917, em Fátima, o que desejava, Ela respondeu:

“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias”.

No final dessa aparição houve o conhecido milagre do sol, e desenrolaram-se sucessivamente, aos olhos dos videntes, três quadros simbolizando primeiro os mistérios gozosos do Rosário, depois os dolorosos e por fim os gloriosos. Apareceram, ao lado do sol, São José com o Menino Jesus, e Nossa Senhora do Rosário(1).

“Rezar o Terço todos os dias” — Que conselho mais excelente que este? Que criatura mais elevada que a Virgem Santíssima poderia transmiti-lo? Sendo que a própria Mãe de Deus – e também nossa Mãe – nos faz esse pedido, como poderemos recusá-lo? Impossível seria! Atendendo-A, seremos atendidos e alcançaremos todas as graças que suplicarmos com fé e confiança.

Em várias outras aparições Nossa Senhora recomendou a devoção ao Rosário, mas especialmente em Fátima Ela insistiu nessa prática marial como meio para se obter a conversão do mundo. Apresentando-se como a Senhora do Rosário, Ela veio alertar o mundo para os terríveis castigos que ocorreriam caso não se desse uma conversão geral; caso os homens não deixassem de ofender a Deus com seus pecados e não houvesse uma reparação por esses pecados.

Isto se passou no início do século XX. Neste início do século XXI, quem se atreveria a dizer que tais pedidos foram atendidos? Claro que ninguém! Basta olhar um pouco em torno de nós, para ver justamente o contrário: a decadência moral acentua-se dia a dia; os Mandamentos de Deus são abandonados; os pecados aumentam; as ofensas a Nosso Senhor tornam-se ainda mais agressivas. Basta abrir os jornais, para constatar a alarmante dissolução da família, as modas imorais, o nudismo, o aborto, a prostituição, as drogas, o homossexualismo etc.

A crise religiosa e moral acentuou-se incomparavelmente, em todos os aspectos e universalmente. Para citar apenas um ponto, entretanto dos mais doloridos: a tremenda crise que abala a Santa Igreja Católica nos presentes dias (2).

Em vista disso, a Senhora de Fátima pede-nos oração, penitência e reparação. Insiste na recitação diária do Terço, para a conversão das almas e do mundo e a implantação do reinado de seu Imaculado Coração, ou seja, a restauração da Civilização Cristã com um vigor ainda maior que no passado. Se os homens atenderem a tal pedido, estarão antecipando esse reinado, embora precedido pelos grandes castigos também previstos em Fátima. Para quem verdadeiramente ama a Deus, punição libertadora!

Bastaria o pedido de Nossa Senhora, acima referido, “Rezar o Terço todos os dias”, para disso não nos esquecermos jamais. Mas para estarmos ainda mais convictos da importância, da razão dessa devoção mariana, e para convencermos nossos próximos a rezarem também eles o Santo Rosário, passaremos agora a outras considerações.

Haverá devoção mais importante?

Quem nos responde tal pergunta é o próprio São Luís Maria Grignion de Montfort (1673 –1716), grande apóstolo de Maria Santíssima, ao escrever:

“A Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alain de la Roche que, depois do Santo Sacrifício da Missa, que é o primeiro e mais vivo memorial da Paixão de Jesus Cristo, não havia devoção mais excelente e meritória que o Rosário, que é como que um segundo memorial e representação da vida e da Paixão de Jesus Cristo”(3).

Há inúmeros documentos pontifícios exaltando a excelência do Santíssimo Rosário. Neles os Papas recomendam empenhadamente essa devoção

O Terço: no que consiste

Cada Terço (a terça parte de um Rosário) compõe-se de cinco Mistérios, ou cinco dezenas; cada dezena corresponde a um Pai-Nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai (é aconselhável que se reze após o Glória a oração “Ó meu Jesus”, que Nossa Senhora recomendou aos três pastorinhos de Fátima).

Antes de iniciar cada dezena, enuncia-se o Mistério correspondente (ver quadro na página 29) e nele devemos meditar, ou seja, pensar, enquanto rezamos as Ave-Marias. No final de cada Terço (que equivale a 50 Ave-Marias), é recomendável rezar uma Salve Rainha ou um Lembrai-Vos.

O Terço inicia-se com a recitação do Credo (resumo das principais verdades cristãs, nas quais todo católico deve crer), mas antes de começar a rezá-lo convém enunciar as intenções pelas quais estamos pedindo. Pode-se colocar quantas intenções se desejar, bem como pedir a graça de orar com piedade, fervorosamente e sem distrações.

Qual o conteúdo do Rosário?

O Rosário é a soma de três Terços, portanto de 15 Mistérios ou 15 dezenas, o que equivale a 150 Ave-Marias (lembram os 150 salmos — poemas religiosos — de Davi, como já se mencionou acima).

Quando rezar o Rosário, pode-se — e por vezes é até conveniente — recitar os três Terços separadamente, como, por exemplo, rezando um Terço no período da manhã, outro à tarde e o terceiro à noite. No final recomenda-se recitar a Ladainha lauretana.

No primeiro Terço contemplam-se os Mistérios Gozosos (as alegrias da Virgem Santíssima), no segundo os Dolorosos (as dores de Nosso Senhor Jesus Cristo na Paixão e Morte) e no terceiro os Gloriosos (os triunfos de Nosso Senhor e de Nossa Senhora). (ver quadro na página 29).

Quando a pessoa reza apenas um Terço (e não o Rosário inteiro), o costume é, nas segundas e quintas-feiras, meditar os Mistérios Gozosos; nas terças e sextas-feiras os Dolorosos; e nas quartas, sábados e domingos os Gloriosos.

Esses 15 Mistérios correspondem aos principais acontecimentos da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor e aos principais acontecimentos da vida de sua Santíssima Mãe.

Rosa das rosas, Rainha das rainhas

Nossa Senhora é a Rosa Mística (como é invocada na Ladainha Lauretana), e em sua homenagem o nome Rosário, que vem de rosa. Rosarium, em latim medieval, significa jardim de rosas. Ela é o Jardim de rosas, a Rainha das flores e a Rosa das rosas, como é a Rainha das rainhas.

Cada Ave-Maria é uma rosa espiritual que oferecemos à Virgem do Santíssimo Rosário.
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Pai-Nosso

O Rosário ensinado diretamente por Nossa Senhora compõe-se das mais sublimes orações. A começar pelo Pai-Nosso, ensinado pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo aos Apóstolos, quando estes pediram: “Ensinai-nos a rezar” (Lucas 11, 1). O Divino Redentor pronunciou as palavras do Pai-Nosso, indicando-nos o meio de glorificar a Deus. É claro que Ele não deixará de ouvir-nos, uma vez que suplicamos com as próprias palavras que Ele nos ensinou.

Ave-Maria

Sem dúvida, uma das mais belas orações é a Ave-Maria, composta com a saudação do Arcanjo São Gabriel, “Ave, ó cheia de graça, o Senhor é convosco”; com as palavras de Santa Isabel, “Bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre”; e com o acréscimo inserido pela Igreja, “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Em poucas palavras essa oração encerra as principais grandezas de Nossa Senhora.

“A saudação angélica — diz São Luís Grignion de Montfort — resume na mais concisa síntese toda a teologia cristã sobre a Santíssima Virgem. Há nela um louvor e uma invocação: encerra o louvor da verdadeira grandeza de Maria; a invocação contém tudo que devemos pedir-Lhe e o que de sua bondade podemos alcançar” (8).

Este mesmo santo, e grande apóstolo do Rosário, conta que os hereges têm horror à Ave-Maria. Eles podem até aprender a recitar o Pai-Nosso, mas nunca a Ave-Maria: “Todos os hereges que são filhos do diabo.... prefeririam carregar sobre si uma serpente antes que um rosário”.

Como rezar bem

Agora que já tomamos conhecimento da importância do Santo Rosário, de sua maravilhosa história e em que orações consiste, veremos não apenas como rezá-lo — o que é muito fácil —, mas como rezar bem, o que não é muito difícil, bastando um pouco de atenção.

Rezar bem o Rosário é simples e está ao alcance de todos. Não é necessário ser um sábio ou um doutor em teologia. Além das singelas orações acima indicadas, precisamos apenas contemplar os mistérios, algo que até crianças podem fazer.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Irmã Dulce será beatificada neste domingo


Religiosa brasileira falecida era conhecida como “anjo bom”

SALVADOR, quinta-feira, 19 de maio de 2011 (ZENIT.org) – Ela foi postulada ao prêmio Nobel da Paz em 1988 pelo governo brasileiro. Recebeu visitas de João Paulo II em 1980 e 1991, um ano antes da sua morte. A Irmã Dulce Lopes Pontes será beatificada neste domingo, em Salvador da Bahia, em uma cerimônia celebrada pelo seu arcebispo emérito, cardeal Geraldo Majella Agnelo, em representação do Papa Bento XVI.

“Cada santo é um exemplo de Cristo – disse o purpurado, ao ficar sabendo de sua beatificação -, como no caso da Irmã Dulce, que se dedicou diariamente, ao longo de sua vida, aos pobres e sofredores.”

Pelo seu trabalho incansável com os pobres, mendigos e desamparados, o jornal O Estado de São Paulo a nomeou a mulher mais admirada da história do Brasil.

Sensibilidade frente aos mais necessitados

Seu nome era Maria Rita e ela nasceu em 1914. Tinha 6 anos quando sua mãe morreu, e suas tias se encarregaram da sua criação. Aos 13 anos, uma delas a levou para conhecer as regiões mais pobres da sua cidade, fato de despertou nela uma grande sensibilidade. Assim, aos 18 anos, começou a fazer parte da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde começou a chamar-se Irmã Dulce.

Uma das inspirações para o discernimento da sua vocação foi a vida de Santa Teresa do Menino Jesus: “Acho que sou como o pequeno amor do meu pequeno coração, que, por mais que tenha, é pouco para um Deus tão grande”, escrevia a Irmã Dulce quando entrou no convento.

“A exemplo de Santa Teresinha, acho que devem ser agradáveis ao Menino Jesus todos os atos pequenos de amor, por menores que sejam”, disse aquela vez.

Amor feito obras

Seus pequenos atos de amor se traduziram em grandes obras sociais: a Irmã Dulce fundou a União Operária de São Francisco, um movimento cristão de operários na Bahia.

Mais tarde, começou a refugiar pessoas doentes em casas abandonadas em uma ilha de Salvador. Depois foram desalojados e ela transladou esse lugar de refúgio a um antigo mercado de peixes, mas a prefeitura a obrigou a deixar esse lugar.

O único lugar onde ela podia receber mais de 70 pessoas que precisavam de assistência médica era o galinheiro do convento onde vivia. Este se converteu rapidamente em um hospital improvisado.

Assim começou a história de outra de suas fundações, o hospital Santo Antônio, que foi inaugurado oficialmente em maio de 1959, com 150 camas. Atualmente, recebe 3 mil pacientes por dia.

Hoje, suas fundações são conhecidas com o nome de Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). A instituição funciona como uma entidade privada de caridade sob as leis brasileiras, acreditadas pelo Estado federal e registradas pelo Conselho Nacional do Bem-Estar e o Ministério da Educação.

Dentro dessas obras também se encontra o Centro Educacional Santo Antônio, situado na região de Simões Filho (BA).

Em seus últimos 30 anos de vida, a saúde da Irmã Dulce estava muito debilitada. Tinha somente 30% da capacidade respiratória. Em 1990, começou a piorar e durante 16 meses permaneceu hospitalizada. Lá recebeu a visita do hoje Beato João Paulo II, com quem havia tido uma audiência privada dez anos antes.

Depois, foi transladada ao convento de Santo Antônio, onde morreu em 13 de março de 1992. Milhares de homens e mulheres em condições de extrema pobreza se reuniram para dar-lhe o último adeus, diante dos seus restos mortais.

No ano passado, seu corpo foi transladado à Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde se descobriu que havia permanecido incorrupto de maneira natural.

O milagre para a sua beatificação ocorreu em 2001, quando Cláudia Cristiane Santos, hoje com 42 anos, sobreviveu a uma hemorragia incontrolável logo após dar à luz. O sangramento não cessava, apesar das três cirurgias que lhe foram feitas. Os médicos haviam perdido toda esperança de que sobrevivesse e, quando seus pais pediram a intercessão da Irmã Dulce, em uma corrente de oração liderada pelo Pe. José Almí de Menezes, a hemorragia parou imediatamente.

Este fato foi a confirmação de uma vida virtuosa, centrada na oração e na caridade a partir das pequenas coisas, que neste domingo chega aos altares.

“O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios”, dizia a Irmã Dulce.

(Carmen Elena Villa)

 E a TV Canção Nova, em parceria com a TVE/Bahia, será responsável pelo pool de transmissão da beatificação de Irmã Dulce para canais de todo o Brasil no próximo dia 22/5, a partir das 16h.
         Além da cobertura total da TV Canção Nova, mais de 30 profissionais do Sistema Canção Nova de Comunicação (TV, Rádio AM e FM, Portal e WebTV), estarão envolvidos na cobertura do evento, direto de Salvador (BA) com flashs ao vivo no sábado, 21, e no domingo, 22, e a transmissão da Santa Missa de beatificação marcada para as 17h. A emissora também transmitirá dois documentários sobre a vida de irmã Dulce. O primeiro vai ao ar no domingo, às 16h; o segundo será veiculado após a missa e conta a história do milagre que a elevou aos altares.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Contra o Pecado e a Homofobia


A respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal quanto à união entre pessoas do mesmo sexo, a CNBB em nota oficial reafirmou o princípio da instituição familiar como projeto divino e incentivou todas as famílias a viver fiel e alegremente a sua missão, ressaltando que tão grande é a importância da família que toda a sociedade tem nela a sua base vital.

Conforme a nota, é preciso deixar claro que “a diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1, 27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas”.

A nota da CNBB faz referência à doutrina sobre castidade e homossexualidade, exposta no Catecismo da Igreja Católica, que assim se expressa:

“A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (cf. Gn 19,1-29; Rm 1, 24-27; I Cor 6, 9-10; I Tim 1, 10), a tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’ (Congregação para a Doutrina da Fé, declaração Persona Humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados”.

“Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de descriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (nn. 2357-2358).

A nota afirma ainda que as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo “não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos”. A equiparação descaracteriza a sua identidade e ameaça sua estabilidade.

Fonte:http://www.catolicosempre.org.br/modules/wfsection/article.php?articleid=90

CNBB: decisão do Supremo sobre união entre pessoas do mesmo sexo


Nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

APARECIDA, quarta-feira, 11 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos a nota divulgada nesta quarta-feira pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na quinta-feira passada, aprovou a união estável entre pessoas do mesmo sexo.

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Nós, Bispos do Brasil em Assembleia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Saudamos todas as famílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a sociedade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família.

A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas.

As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358).

As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incomparável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos doentes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.

É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprometem a ética na política.

A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus e é tão fundamental para a pessoa que o Senhor elevou o Matrimônio à dignidade de Sacramento. Assim, motivados pelo Documento de Aparecida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa.

Jesus Cristo Ressuscitado, fonte de Vida e Senhor da história, que nasceu, cresceu e viveu na Sagrada Família de Nazaré, pela intercessão da Virgem Maria e de São José, seu esposo, ilumine o povo brasileiro e seus governantes no compromisso pela promoção e defesa da família.

Aparecida (SP), 11 de maio de 2011

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB
Arcebispo de Mariana – MG

Dom Luiz Soares Vieira
Vice Presidente da CNBB
Arcebispo de Manaus – AM

Dom Dimas Lara Barbosa
Secretário Geral da CNBB
Arcebispo nomeado para Campo Grande - MS

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bispo católico afirma haver uma conspiração da Unesco que transformará metade do mundo em homossexuais

O ‘ministro’ da família no governo do Papa, o cardeal Antonelli, me comentava há poucos dias em Zaragoza que a UNESCO tem programado para os próximos 20 anos fazer com que a metade da população mundial seja homossexual. Para isso, através dos mais variados programas, irá implantando a ideologia de gênero, que já está presente em nossas escolas”.

Essa é a teoria da conspiração global sustentada pelo bispo de Córdoba, Demetrio Fernández. Ele a expôs no dia 26 de dezembro, numa homilia pronunciada na eucaristia da Sagrada Família. E, aliás, destaca o cardeal Ennio Antonelli, ministro da Família do Papa, como o autor da “teoria conspiratória” da organização da ONU para a infância.

Demetrio Fernández assegurou que a Igreja “não pretende impor a ninguém sua visão quanto à vida e à família, mas pede que seja respeitada a visão que temos recebido de Deus e que está inscrita na natureza humana”.

Como será realizada essa iniciativa sem precedentes? “Para isso, através dos mais variados programas, irá implantando a ideologia de gênero, que já está presente em nossas escolas”.

“Quer dizer, segundo a ideologia de gênero, que ninguém nasceria homem ou mulher, mas o que escolher posteriormente segundo o seu prazer, e poderá mudar de sexo quando quiser segundo a sua vontade”. E conclui: “Eis aí a última ‘conquista’ de uma cultura que quer romper totalmente com Deus, com o Deus Criador, que fixou em nossa natureza a distinção entre o homem e a mulher”.

O preletor terminou a homilia dizendo que “Não é momento de lamentar-se, mas de conhecer bem quais são os ataques a este bem precioso e de viver com lucidez e com coerência o que temos recebido de Deus, pela lei natural ou por lei revelada”.

Uma homilia que dará muito o que falar, inclusive entre os preletores e os fiéis que assistiram à grande festa-missa da família de Colón celebrada em Madri.

A sexualidade não é “um jogo de prazer”

Na primeira parte de seu longo sermão, o preletor de Córdoba, considerado um dos mais conservadores do episcopado espanhol, fez, também, uma fundamentação teológica e espiritual da família como “Igreja doméstica”, porque “no plano amoroso de Deus, a família constitui um pilar fundamental de nossa vida e de nossa convivência”.

Um plano de Deus no qual, segundo o bispo, “a família consiste na união estável de um homem e uma mulher que se amam e declaram se amar por toda a vida. União santificada pela bênção de Deus no sacramento do matrimônio, cujo vínculo é fonte permanente de graça e é irrompível, quero dizer, indissolúvel. União que pela sua própria natureza está aberta à vida e resulta, normalmente, no nascimento de novos filhos que completam o amor dos pais e que são como a coroa destes”.

Uma contribuição mútua que, a juízo de Demetrio Fernández, se “expressa, inclusive, na doação corporal, na linguagem da sexualidade”. Isso sim, uma sexualidade que não pode ser entendida “como um jogo de prazer” porque, então, “este projeto de Deus sobre o homem se arruína”.

Para o bispo, “o prazer que acompanha a relação sexual não pode converter-se em valor absoluto das relações entre homem e mulher. Quando o único que motivo é o prazer, a satisfação de si próprio, o outro se converte em objeto, e o amor se converte em egoísmo. A sexualidade, então, é a linguagem do egoísmo, do egoísmo mais terrível, porque utiliza o outro para seu próprio proveito”.

O preletor de Córdoba salienta, ao continuar, que a relação sexual entre os cônjuges deve estar sempre aberta à vida. “A encíclica Humanae vitae ensina claramente esta doutrina, e – ai de vós! -, se a extorquirmos, dizendo o contrário ou deixando à consciência de cada um que faça o que quiser”.

E, portanto, devemos reconhecer que alguns padres não respeitam essa doutrina da Igreja. “Devemos pedir perdão a Deus porque, neste ponto, nós bispos, sacerdotes ou catequistas, não temos anunciado com fidelidade a doutrina da Igreja, a doutrina que salva e torna os homens felizes”.


“Caminhando rumo à autodestruição”

“No deserto demográfico que padecemos, pelo que o mundo ocidental se lamenta, todos temos nossa parcela de culpa. Não só os legisladores e os políticos por não favorecerem a família verdadeira, mas também os transmissores da verdade evangélica (bispos, sacerdotes, catequistas) por haverem ocultado ou negado a doutrina da Igreja neste ponto”, destacou clamando um “mea culpa” por haver conduzido o mundo a consequências dramáticas e desastrosas.

A prova mais evidente é, segundo o bispo, que a “Espanha tem tido o menor índice de natalidade do mundo e, desde que o aborto foi introduzido, existem mais de um milhão de mortos por este crime abominável. Seguindo este caminho, a Espanha e os países ocidentais, tão orgulhosos de seu progresso, caminham rumo à sua própria destruição”.

Também contribuíram para isso “as facilidades para o divórcio, para a anticoncepção em todas as suas formas, para o aborto – inclusive com a pílula do dia seguinte, repartida gratuitamente como anticoncepcional. São tantos ataques à família, ao projeto amoroso de Deus sobre a família e a vida”.

Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Urgente

Olá,


Você sabe da última investida contra a família cristã brasileira?

A senadora Marta Suplicy (PT) desarquivou o PLC 122/2006, projeto de lei conhecido como a "Lei da Homofobia".

(Veja mais aqui)

Esta lei criminaliza reações contrárias – mesmo que pacíficas
- à prática homossexual.
Ou seja, se você é um pai de família e não aceita que seu filho sofra a influência na escola, no clube, em casa, etc., de práticas homossexuais, poderá parar atrás das grades e será taxado de "homofóbico".
Já imaginou isso?
E os absurdos não param por aí...
Para que este PLC 122/2006 voltasse à pauta das votações no Congresso Federal, a senadora Marta contou com o apoio de 26 colegas do Senado federal.
Quem são eles? Não sabemos, pois a lista não foi divulgada.

Eles não tiveram coragem de mostrar sua face!

E por que esses senadores preferiram o anonimato?
Porque eles SABEM que este projeto de lei vai contra a vontade dos brasileiros.
Veja aqui mais detalhes sobre o desarquivamento da "Lei da Homofobia" e saiba por que ela será a porta de entrada para a perseguição religiosa no Brasil.
Lembre-se: caso esta lei seja aprovada, você poderá ir para a cadeia se tomar uma postura contrária às campanhas pró-homossexualismo.

Os ativistas deste grupo defendem com violência qualquer opinião contrária a seu modo de viver, sempre empunhando a bandeira da “tolerância”, sendo que eles mesmos não a praticam.

A própria Igreja é contra as práticas homossexuais, não é?

A Sagrada Escritura diz que o casamento só pode ser formado por um homem e uma mulher, certo?

Então cuidado. Pois se a Lei da Homofobia for aprovada, ser cristão e seguir os ensinamentos de Nosso Senhor poderá ser considerado um crime.
Espalhe esta notícia a todos que você conhece!

Notícias como esta só chegam ao seu conhecimento porque estamos sempre atentos ao que acontece por debaixo dos panos, e seguimos os passos daqueles que querem destruir a família cristã no Brasil.
Por isso é tão importante contar com seu apoio para disseminar informações como esta a toda população brasileira. Vamos juntos contra os inimigos do Brasil.

Mande seu email direto para o senado contra este projeto de lei. Clique aqui

Conto com seu apoio.

Cordialmente,

Mario Navarro da Costa
Diretor de Campanhas

sábado, 14 de maio de 2011

Dia mundial de Oração pelas vocações

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 48º DIA MUNDIAL
DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

(15 DE MAIO DE 2011 - IV DOMINGO DE PÁSCOA)



Tema: «Propor as vocações na Igreja local»

Queridos irmãos e irmãs!

O 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 15 de Maio de 2011, IV Domingo de Páscoa, convida-nos a reflectir sobre o tema: «Propor as vocações na Igreja local». Há sessenta anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses, foram fundadas pelos Bispos obras semelhantes, animadas por sacerdotes e leigos, correspondendo ao convite do Bom Pastor, quando, «ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão por elas, por andarem fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor» e disse: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).

A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objecto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9). Para começar, vê-se claramente que o primeiro acto foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.

O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).

A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto-realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).

Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes. O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada; e a Igreja «é chamada a proteger este dom, a estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações sacerdotais» (João Paulo II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis, 41). Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. Da minha parte, sempre os encorajo como fiz quando escrevi aos que se decidiram entrar no Seminário: «Fizestes bem [em tomar essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos Seminaristas, 18 de Outubro de 2010).

É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afectuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.

Dirijo-me particularmente a vós, queridos Irmãos no Episcopado. Para dar continuidade e difusão à vossa missão de salvação em Cristo, «promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as missionárias» (Decr. Christus Dominus, 15). O Senhor precisa da vossa colaboração, para que o seu chamamento possa chegar aos corações de quem Ele escolheu. Cuidadosamente escolhei os dinamizadores do Centro Diocesano de Vocações, instrumento precioso de promoção e organização da pastoral vocacional e da oração que a sustenta e garante a sua eficácia. Quero também recordar-vos, amados Irmãos Bispos, a solicitude da Igreja universal por uma distribuição equitativa dos sacerdotes no mundo. A vossa disponibilidade face a dioceses com escassez de vocações torna-se uma bênção de Deus para as vossas comunidades e constitui, para os fiéis, o testemunho de um serviço sacerdotal que se abre generosamente às necessidades da Igreja inteira.

O Concílio Vaticano II recordou, explicitamente, que o «dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã» (Decr. Optatam totius, 2). Por isso, desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais. Que as famílias sejam «animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade» (Ibid., 2), capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores das associações católicas e dos movimentos eclesiais «de tal forma procurem cultivar o espírito dos adolescentes a si confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina» (Ibid., 2).

Queridos irmãos e irmãs, o vosso empenho na promoção e cuidado das vocações adquire plenitude de sentido e de eficácia pastoral, quando se realiza na unidade da Igreja e visa servir a comunhão. É por isso que todos os momentos da vida da comunidade eclesial – a catequese, os encontros de formação, a oração litúrgica, as peregrinações aos santuários – são uma ocasião preciosa para suscitar no Povo de Deus, em particular nos mais pequenos e nos jovens, o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidade em responder, com uma opção livre e consciente, ao chamamento para o sacerdócio e a vida consagrada.

A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe. Com estes votos, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.


PAPA BENTO XVI

Outro milagre em fátima?

FOTOS DO CÍRCULO DO ARCO ÍRIS EM VOLTA DO SOL QUE SE VIU NO SANTUÁRIO DE FÁTIMA A 13 DE MAIO DE 2011 NO FINAL DA MISSA EM QUE SE VIA UM VIDEO DA VIDA DO BEATO JOAO PAULO II, TAL FENÓMENO DUROU MAIS DE UMA HORA E FOI VISTO TAMBÉM A MAIS DE 30KM DE FÁTIMA



sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de maio - Dia de N. Sra. de Fátima

A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos. A Mensagem de Fátima é um convite e uma escola de salvação. Foi iniciada pelo Anjo da Paz (1916) e completada por Nossa Senhora (1917). Foi vivida de maneira histórica pelos Três Pastorinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta.

Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco.

A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.

Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.

Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917.

Anos mais tarde, a Ir. Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.

Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de cinco milhões.




A mensagem de Fátima sublinha os seguintes pontos:


- A conversão permanente;


- A oração e nomeadamente o rosário,


- O sentido da responsabilidade colectiva e a prática da reparação.


A aceitação desta mensagem traz consigo a Consagração ao Coração Imaculado de Maria, que é símbolo de um compromisso de fidelidade e de apostolado. As orações ensinadas em Fátima pelo Anjo e Nossa Senhora ajudam a viver a Mensagem, que, como disse João Paulo II, em Fátima em 1982, é a conversão e a vivência na graça de Deus.

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Consagração ao Coração Imaculado de Maria



Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao Vosso Coração Imaculado nos consagramos, em acto de entrega total ao Senhor. Por Vós seremos levados a Cristo. Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai. Caminharemos à luz da fé e faremos tudo para que o mundo creia que Jesus Cristo é o Enviado do Pai. Com Ele queremos levar o Amor e a Salvação até aos confins do mundo. Sob a protecção do Vosso Coração Imaculado seremos um só povo com Cristo. Seremos testemunhas da Sua ressurreição. Por Ele seremos levados ao Pai, para glória da Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos. Amen.


0RAÇÃO - Santíssima virgem que nos montes de Fátima Vos dignastes a revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graças contidas na prática do vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço, em que devemos ter esta devoção, para Vos tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da nossa Redenção que nela se comemeora, nos aproveitemos de seus preciosos frutos e alcancemos a graça, que Vos pedimos nesta oração, se for paa maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Assim seja.


Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.


v. Rainha do Santíssimo Rosário.
v. Rogai por nós.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Igreja: coluna do cristianismo


"Eu amo a Igreja e gostaria de sustentá-la com todas as minhas forças, para a defesa de nossa fé cristã." Santa Joana d´Arc.

Sendo o cristianismo a religião que crer em Cristo, como enviado por Deus e como aquele por quem nós temos acesso a Deus, A Igreja, é a coluna que sustenta esta fé. Há no entanto muitas pessoas que amam, admiram e procuram servir a Cristo; mas desprezam a Igreja. Na verdade há aqueles, que chegam a dizer que Cristo não fundou e não quis a Igreja, como a instituição visível e encarregada de levar ao mundo o seu nome e sua doutrina, e como sinal e prenúncio da reinado de Deus na Terra. Tal como Lutero dizem sim a Cristo e não à Igreja. Como se pudesse haver separação entre Cristo e sua esposa. E há os que entendem a Igreja, apenas como o conjunto dos que crêem em Cristo no intimo de seus corações. Uma igreja que seria a soma eventual ou localizada de todos os crentes e não uma instituição com membros, leis e governo próprio.

Santa Joana d´Arc em sua fé firme e perseverante, em poucas palavras, disse o valor e a necessidade da Igreja. Esta existe para sustentar a fé daqueles que crêem em Cristo. Pois primeiro vem a fé e pela fé nós nos tornarmos membros da familia de Cristo, a Igreja. E só na Igreja podemos ter nossa fé sustentada e aumentada, porque ela nos dá os meios e nos garante a verdadeira doutrina, já que é sustentada pelo Espírito Santo, para crescermos na santidade.

Embora hoje presenciemos muitos grupos se nomearem de igreja, uma só é a esposa do cordeiro. E a sua marca é inconfundível. Ela é católica, ou seja, não nasceu por causa de um líder cristão, nem por causa de uma divergência doutrinária. Ela é unica principalmente em sua doutrina e também em sua forma de governo. Se assim não o fosse, o cristianismo teria se tornado uma federação de igrejas nacionais , uma espécie de CONIC, reunindo todas as mais variadas doutrinas e de moral ao gosto de cada membro. Nunca uma igreja assim poderia ter conquistado os bárbaros, dominado a Europa e chegado as Américas. Unidade de fé e governo foram e são essencias à Igreja para o bem do cristianismo. Embora esta mesma Igreja não se reduza a uma organização e seja muito mais do que os seus membros, quer indiviulamente quer no todo , proque ela é o corpo mistico de Cristo e desta forma alcança tambem aqueles que fora de seu corpo visivel, sem culpa pessoal, vivem a lei natural e de certa forma se tivessem conhecimento, nela entrariam e produziriam mais frutos mais do que muitos que fazem parte de sua forma visível.

Membro vivo da Igreja, Santa Joana d´Arc é um dos mais significativos exemplos de amor a esta mesma igreja, apesar de haver enfrentado com inimigos mortais, membros desta, e precisamente aqueles que eram os pastores, que tinham o dever cuidar dos cordeiros e não destruí-los. Mas ela amava a Igreja porque sabia que esta estava muito acima de um bispo, ou um grupo de bispos. A Igreja era o próprio Cristo, agindo na história e presente em todos aqueles que como ela não tinha outra vontade a não ser obedece-lo e a organização que sustentava visivelmente no mundo, o próprio cristianismo, apesar de muitos de seus membros estarem mortos.

domingo, 8 de maio de 2011

III Domingo da Páscoa

Os Discípulos de Emaús

No dia da Ressurreição, à tarde, Jesus, sob as aparências de um peregrino, junta-se aos dois discípulos que se dirigem para Emaús e falam, entre si, dos acontecimentos surpreendentes da sexta-feira anterior, em Jerusalém. (Lc 24, 13-35) Os discípulos estão tristes, desanimados, decepcionados, frustrados… Aguardavam um Messias glorioso, um Rei poderoso, um vencedor e encontram-se diante de um derrotado, que tinha morrido na Cruz. Aparece um peregrino,que caminha com eles… Ao longo da conversa com Jesus os discípulos passam da tristeza à alegria, recuperam a esperança e com isso o afã de comunicar a alegria que há nos seus corações, tornando-se deste modo anunciadores e testemunhas de Cristo ressuscitado. Jesus caminha junto daqueles dois homens que perderam quase toda a esperança, de modo que a vida começa a parecer-lhes sem sentido. Compreende a sua dor, penetra nos seus corações, comunica-lhes algo da vida que nele habita.“Quando, ao chegar àquela aldeia, Jesus faz menção de seguir o caminho; porém os discípulos insistiram com Jesus para que Ele ficasse com eles. Reconhecem-no depois ao partir o pão: O Senhor, exclamam, esteve conosco! Então disseram um para o outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando Ele nos falava e nos explicava as Escrituras? (Lc 24,32). Cada cristão deve tornar Cristo presente entre os homens;deve viver de tal maneira que todos com quem tem contato sintam o bom odor de Cristo (2 Cor 24,32); o bom odor de Cristo deve atuar de forma que, através das ações do discípulo, se possa descobrir o rosto do Mestre” (Cristo que passa, nº 105). A conversa dos dois discípulos com Jesus a caminho de Emaús, resume perfeitamente a desilusão dos que tinham seguido o Senhor, diante do aparente fracasso que representava para eles a Sua morte. Jesus, em resposta ao desalento dos discípulos, vai pacientemente descobrindo-lhes o sentido de toda a Sagrada Escritura acerca do Messias: “Não era preciso que o Cristo padecesse estas coisas e assim entrasse na Sua glória?” Com estas palavras o Senhor desfaz a idéia que ainda poderiam ter de um Messias terreno e político, fazendo-lhes ver que a missão de Cristo é sobrenatural: a salvação do gênero humano. Na Sagrada Escritura estava anunciado que o plano salvador de Deus se realizaria por meio da Paixão e Morte redentora do Messias. A cruz não é um fracasso, mas o caminho querido por Deus para o triunfo definitivo de Cristo sobre o pecado e sobre a morte (1 cor 1, 23-24). A presença e a palavra do Mestre recupera estes discípulos desanimados, e acende neles uma esperança nova e definitiva: “Iam os dois discípulos para Emaús. O seu caminho era normal, como o de tantas outras pessoas que passavam por aquelas estradas.E aí, com naturalidade, aparece-lhes Jesus e vai com eles, com uma conversa que diminui a fadiga. “Jesus, no caminho! Senhor, que grande és Tu sempre! Mas comoves-me quando Te rebaixas para nos acompanhares, para nos procurares na nossa lida diária. Senhor, conhece-nos a simplicidade de espírito, o olhar limpo, a mente clara, que permitem entender-Te, quando vens sem nenhum sinal externo da Tua glória! Termina o trajeto ao chegar à aldeia e aqueles dois que, sem o saberem, tinham sido feridos na fundo do coração pela palavra e pelo amor de Deus feito homem, têm pena de que Ele se vá embora. Porque Jesus despede-se como quem vai para mais longe (Lc 24,28). Nosso Senhor nunca Se impõe! Quer que O chamemos livremente, desde que entrevimos a pureza do Amor que nos colocou na alma. Temos de O deter à força e pedir-lhe: fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando (Lc 24,29). Somos assim: sempre pouco atrevidos, talvez por falta de sinceridade, talvez por pudor. No fundo pensamos: fica conosco, porque as trevas nos rodeiam a alma e só Tu és luz, só Tu podes acalmar esta ânsia que nos consome! Porque entre as coisas belas, honestas, não ignoramos qual é a primeira: possuir sempre Deus” (São Gregório Nazianzemo). Depois da escuta da Palavra e o partir o Pão, os discípulos de Emaús sentem agora a urgência de voltar a Jerusalém!… Partem logo para anunciar a descoberta aos irmãos e , junto com eles, proclamam a fé: “ O Senhor ressuscitou.” É o impulso à Missão. Peçamos, como os discípulos: “Fica conosco, Senhor” Que possamos reconhecê-Lo nos pequenos gestos de cada dia. Hoje pedimos a Nossa Senhora, Mãe de todas as mães que abençoe todas as nossas mães…



Mons. José Maria Pereira

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bento XVI: cristianismo não é crer em “algo”, mas em “Alguém”


Discurso após o concerto do seu 6º aniversário de pontificado

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 6 de maio de 2011 (ZENIT.org) - A fé cristã não se baseia em acreditar em algo, mas em Alguém, recordou Bento XVI na quinta-feira passada, em seu discurso após o concerto realizado para comemorar o 6º aniversário de seu pontificado.

A exibição musical foi organizada em homenagem ao Papa pelo presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, e realizada pela orquestra e coral do Teatro dell'Opera de Roma, dirigida pelos maestros Jesús López Cobos e Roberto Gabbiani.

As peças interpretadas foram o "Credo RV 591", de Antonio Vivaldi, e o "Stabat Mater", de Gioachino Rossini.

"'Creio', 'Amém': são as duas palavras com as quais começa e termina o ‘Credo', a ‘Profissão de Fé' da Igreja", observou o Pontífice.

"O que quer dizer ‘creio'?", perguntou, indicando que a palavra tem "vários significados: indica acolher algo entre as próprias convicções, dar confiança a alguém, estar seguros".

"Quando, porém, nós a dizemos no ‘Credo', ela assume um significado mais profundo - afirmou. É afirmar com confiança o sentido verdadeiro da realidade que nos sustenta, que sustenta o mundo; significa acolher este sentido como o sólido terreno sobre o qual podemos estar sem temores; é saber que o fundamento de tudo, de nós mesmos, não pode ser feito por nós, apenas pode ser recebido.

"A fé cristã não diz ‘Eu acredito em algo', mas ‘Eu acredito em Alguém", no Deus que se revelou em Jesus; n'Ele percebo o verdadeiro sentido do mundo; e este crer envolve a pessoa inteira, que está em caminho rumo a Ele", destacou.

"A palavra ‘Amém', em hebraico, tem a mesma raiz da palavra ‘fé', retoma esse mesmo conceito: apoiar-se com confiança na base sólida, Deus."

Vivaldi e Rossini

O Papa expressou seu "grande agradecimento" pelo concerto, ao presidente Napolitano, por sua "habitual e bela cortesia", e às demais personalidades presentes, bem como "ao diretor, aos solistas, à orquestra e ao coral do Teatro dell'Opera de Roma, pela excelente execução de duas obras-primas de Antonio Vivaldi e Gioachino Rossini, dois grandes músicos da Itália - que comemora os 150 anos de sua unificação política, deve estar orgulhosa".

Sobre a peça de Vivaldi, o Pontífice quis destacar três elementos, começando por um "fato anômalo na produção vocal de Vivaldi: a ausência de solistas, há apenas um coral."

"Dessa forma - disse ele -, Vivaldi quer expressar o ‘nós' da fé. O ‘eu' é o ‘nós' da Igreja, que canta, no espaço e no tempo, como comunidade de crentes, sua fé; ‘minha' afirmação, ‘creio', está dentro do ‘nós' da comunidade."

Depois destacou "os dois magníficos quadros centrais: et incarnatus est e crucifixus. Vivaldi se detém, como de costume, no momento em que Deus, que parece distante, está perto, encarna-se e se dá a nós na cruz. Aqui se repetem as palavras, as modulações continuam expressando o sentido profundo do estupor frente a este mistério e nos convidam à meditação, à oração".

"Uma última observação - continuou. Carlo Goldoni, grande expoente do teatro veneziano, em seu primeiro encontro com Vivaldi, sublinhou: ‘Eu o encontrei cercado de música e com o Breviário na mão'. Vivaldi era sacerdote e sua música vem da sua fé."

Quanto ao "Stabat Mater", de Gioachino Rossini, o Papa o definiu como "uma grande meditação sobre o mistério de Jesus e sobre a dor de Maria".

"A religiosidade de Rossini expressa uma rica gama de sentimentos sobre os mistérios de Cristo, com uma forte tensão emocional."

A obra de Rossini, acrescentou, é caracterizada por "uma intensidade emocional que se torna oração sincera", "uma fé simples e genuína".

"Queridos amigos, que as peças desta noite nutram a nossa fé", desejou o Papa no final do seu discurso, renovando a todos sua gratidão pelo evento e pedindo que se lembrem "de rezar pelo meu ministério na Vinha do Senhor".

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Regina caelli laetaare, allelluia

http://www.youtube.com/watch?v=yzMa0qzwagA&feature=related

A alegria Pascal


Por cardeal Eugenio de Araujo Sales


RIO DE JANEIRO, terça-feira, 3 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos o artigo intitulado “A alegria Pascal”, com o qual o cardeal Eugenio de Araujo Sales, 90 anos, arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro, encerrou na semana passada seus artigos veiculados na imprensa. A Dom Eugenio, nossa mais alta estima e gratidão.

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A alegria Pascal

Ao passo que a alegria, presságio do transcendente, faz-nos sentir algo superior às experiências comuns, ela, todavia, acorda em nós o mais próprio, o mais íntimo de nós mesmos. Será que não está inscrita na experiência pura e honesta da alegria uma tênue e todavia forte certeza de que a mais profunda realidade de nosso ser é imagem do eterno? Este estado de alma é como uma atmosfera jubilosa de nossa mente, que se reflete em nossos sentimentos e que se irradia em nossos relacionamentos humanos.

Já os antigos pensadores Aristóteles, Santo Tomás e São Boaventura, ou grandes poetas como Schiller, escreveram de modo sublime sobre a alegria humana, este clima de paz na alma, este sentir-se incluído na comunhão com o bem e com o belo. Foi ainda este tema que inspirou Beethoven a escrever a sua Nona Sinfonia.

A pessoa possui uma tendência insaciável para a auto-realização. Deus, felicidade eterna, é a fonte primeira e última meta de toda verdadeira alegria. Por isso, quem não viver em harmonia consigo ou com os outros já não é reflexo de Deus e perde a paz e a alegria.

As pessoas humanas trocam muitas vezes a alegria pelos prazeres. Mas o prazer não é alegria; é uma excitação momentânea e passageira, que deixa a pessoa recair no vazio, na decepção e na solidão. A alegria só é verdadeira se ela não nos escravizar no pecado ou no egoísmo. As alegrias, no entanto, mesmo pequenas, mas verdadeiras, preenchem-nos do belo e da luz; dão força à nossa alma e um discreto esplendor à nossa face. Assim, em toda verdadeira alegria, nossa alma e nosso rosto estão iluminados por Deus, e nós nos tornamos luz para o mundo e fonte de paz. Ela nos abre para Deus.

O exemplo perfeito da alegria cristã é Jesus Cristo. Isto se mostra no momento altamente dramático de sua vida. Sabendo que “se tinham completado os seus dias, ele tomou resolutamente o caminho de Jerusalém” (Lc 9,51). Diz então o Evangelho que Jesus, já caminhando na direção da cidade onde deverá morrer, oferece ao Pai do céu todo o seu ser e toda a sua obra, sente-se feliz com o empenho generoso dos seus discípulos e começa a rezar: “Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito” (Lc 10,21).

O que hoje motiva minha alegria são especialmente duas coisas. Primeiro, lembro-me com gratidão que pude trabalhar com todo empenho pelo Evangelho, esta causa mais sublime de Deus. Pude lutar, em inúmeras ocasiões, pelo povo brasileiro, que tanto amo. Lutar pela libertação de prisioneiros, pelo tratamento digno de adversários políticos, pela escola cristã, pela mulher, cuja nobreza é a dignificação da sociedade humana, pela família, escola primordial do amor e da alegria e única fonte verdadeira do futuro de um país.

Ao chegar a quase 91 anos, ponho novamente tudo na mão de Deus, em cujo nome tentei trabalhar. Tenho diante de mim um segundo motivo de incalculável alegria: vejo no Arcebispo Dom Orani João Tempesta, meu atual sucessor, um homem sábio que nos foi dado por Deus. Ele não só continuará o que procurei fazer, mas seu espírito aberto, sua grande experiência e sua vida de homem de Deus darão à Igreja nova força de presença transformadora. Queira Deus abençoar este Pastor e todos os que o ajudam para que sua mensagem alcance todas as camadas da sociedade.

Coloco diante de Deus os meus mais profundos agradecimentos: em primeiro lugar aos jornais que, abrindo espaço, permitiram a irradiação de minhas mensagens. Depois aos leitores, cujo interesse animou e gratificou o meu trabalho. Finalmente a todos os que, com zelo e competência, ajudaram os meus esforços de manter, desde o ano 1971, a coluna semanal nos jornais para divulgar a fé e a doutrina.

Convido a todos a se abrirem à mensagem da Páscoa. Nela se anuncia aquele supremo fim que será a transformação e exaltação de toda a história:

“Haverá o fim, quando Jesus entregar o Reino a Deus Pai (...). E, quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas, então o próprio Filho se submeterá àquele que tudo lhe submeteu, para que Deus seja tudo em todos” (1Cor 15,24.28).

Esta é a nossa Páscoa. Desde já participamos, na fé e no amor, desta última e definitiva liturgia: em Cristo e com Cristo queremos ser um vivo ofertório, um louvor sem fim ao Pai da eternidade.