quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Leitura da Sagrada Escritura

Para ler a Bíblia com proveito, o cristão necessita ser esclarecido a respeito de cada um dos 73 livros que a compõem, situar o escrito em seu contexto histórico, analisar as circunstâncias de seu aparecimento e, dentro do contexto da fé, compreender todas as modalidades do ensino religioso e, principalmente, saber colocar esse ensino no quadro da revelação total, no lugar que lhe cabe dentro da evolução providencial em vista da perfeição cristã. Numa análise mais ampla, podemos destacar a Bíblia nos seus quatro aspectos: literário, histórico, doutrinal e cristão. Sua leitura atinge em cheio o a compreensão dos humildes, ao mesmo tempo que causa perplexidade e fascínio aos letrados pela sua riqueza vocabular e literária. Obviamente que jamais existiu nem existirá obra mais importante sobre a terra. É a Palavra do Deus vivo, que a escreveu por intermédio dos profetas e Apóstolos.

A Bíblia é o livro dos livros; de todos o mais precioso, o mais venerável, escrito por homens, sob a inspiração do Divino Espírito Santo. A Igreja Católica dedicou e ainda dedica à Bíblia a mais carinhosa atenção, velando cuidadosamente pela sua integridade. Por volta do ano 410, São Jerônimo completou a célebre tradução dos livros do Antigo Testamento, do grego para o latim, tradução chamada "A Vulgata", que a Igreja adotou como versão oficial dos santos livros. Tendo a assistência do Espírito Santo, esta circunstância por si já é a garantia mais segura de que a Igreja Católica possui a Bíblia em sua autenticidade. A leitura da Bíblia, feita com reta intenção, pode ser de grande utilidade, e é o desejo da Igreja que seus filhos não desconheçam a Bíblia. Traduções que queiram fazer para o português ou qualquer outra língua viva, não devem ser publicadas, sem que a Igreja as tenha examinado cuidadosamente e verificado se a tradução está conforme o original. É uma exigência que a Igreja faz para evitar que aos fiéis sejam entregues traduções mal feitas, truncadas, falsificadas. As traduções em língua vernácula devem trazer a aprovação da autoridade eclesiástica e notas explicativas de pontos de difícil compreensão. Essas notas devem ser tiradas dos Santos Padres ou de autores reconhecidamente competentes. São absolutamente proibidas as traduções que não se achem de acordo com esta determinação da Igreja. Proibidas são as Bíblias dos metodistas, Evangélicos ou Sociedades bíblicas, pelos motivos já explicados. É um livro que traz muitas coisas de difícil compreensão, coisas que são adulteradas por indoutos e inconstantes, para ruína de si mesmos". (II Pet. 3, 16). Todas as heresias tiveram e tem sua origem na má explicação da Bíblia. Tolice não há, que não encontre argumento na Bíblia mal explicada. O próprio demônio, tentando a Nosso Senhor, argumentou com textos Bíblicos.

Aos olhos do povo de Israel é duplamente santa, porque é de origem divina e contém a aliança. Desse duplo caráter é que se origina a autoridade de que goza perante os judeus, nossos irmãos mais velhos. No dia em que cair do rosto o véu que lhes encobre a visão, entenderão que toda a Sagrada Escritura se orienta para Cristo e nele acha sua confirmação e seu pleno coroamento.(Mt 1,22; 2, 15.23; 4, 14; 5, 17; Mc 14, 49; )

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