sexta-feira, 27 de novembro de 2009

2012, o filme. Porque o Vaticano é destruido?

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                   O destacado jornalista Carlos Vila Roiz, escreveu um artigo de opinião no qual pede aos mexicanos conhecerem sua história e não acreditar nas supostas “profecias” sobre o fim do mundo que roteiristas de Hollywood atribuem aos maias no filme “2012” mas que em realidade nunca existiram.
             No artigo publicado por “Impacto El Diario” e recolhido pelo Sistema de Informação da Arquidiocese do México (SIAME), Vila Roiz recorda que os maias surgiram por volta dos 1500 a.C. e existiram até finais do século XVII.
              “Entre eles havia astrônomos, matemáticos, sacerdotes, militares, homens sábios que desenvolveram dois calendários complexos, mas precisos apoiados na conta dos Katunes (períodos de 20 anos). Estes eram o solar ou civil de 365 dias e o Tzolkin, lunar ou ritual de 260. Ambos se conjugavam porque são divisíveis entre cinco”, explicou.
             Assinalou que “se ambos (calendários) marcam-se em duas engrenagens, dariam voltas e voltas até a eternidade e cada vez que acabasse um ciclo iniciaria outro, obviamente. O mesmo ocorre com o calendário gregoriano, em que levamos pouco mais de dois milênios”.
           Vila Roiz afirmou que “embora haja diferentes interpretações das equivalências das datas maias com nosso calendário, isto foi aproveitado pelo diretor do filme para inventar que em 2012 será o fim de uma era, e sua fantasia foi adornada com o suicídio de uma comunidade de maias (já mestiços), que estavam desolados porque chegava o tempo no que se cumpririam as ‘profecias’ maias”.
            Segundo o jornalista, “tratando-se de novelas e cinema, os roteiristas podem fazer o que quiserem, incluir seres de outros mundos, duendes, bruxas ou o que queiram. O resultado pode ser divertido ou deplorável e ofensivo para alguns como é o caso dos livros de Dan Brown. O que preocupa é que as pessoas acreditem neles e que convertam estas fantasias em dogmas supostamente ocultos”.
           “Em pleno século XXI, quando muita gente se separa das religiões históricas sob o influxo do materialismo, o relativismo e a metodologia científica, resulta deplorável que ocupem estes vazios os horóscopos, a leitura do tarô ou do café e o cinema”, indicou.
              Vila Roiz explicou que “os maias desenharam no Códice Dresde o que dizem outros livros de tradição indígena como o Popol Vuh: A destruição da humanidade a causa do dilúvio universal, evento que se repete quase em todas as culturas, como por exemplo, entre os huicholes de Jalisco e Nayarit. A lenda dos Cinco Sóis e seus equivalentes aponta para o passado e os filósofos e cineastas modernos, a partir disso, podem deduzir que os ciclos da natureza se repetem, mas isso dista muito do fato de que os maias tenham prognosticado para 2012 qualquer tipo de destruição como mostra o filme”.
          O autor lamenta que “no México, aonde vergonhosamente se lê, se acaso, dois livros ao ano, muita gente acreditava em todas estas mentiras” e por isso pede “à Secretaria de Educação que os alunos leiam Sylvanus G. Morley, um dos ‘mayistas’ mais destacados de todos os tempos. Por enquanto, o único que a Biblia afirma sobre o fim do mundo: ‘Ninguém sabe o dia nem o hora, só o Pai”.

Porque o Vaticano e o Cristo Redentor são destruidos no filme?



Cineasta admite que “destruiu” o Vaticano em seu filme porque católicos não o condenarão a morte.

            O presidente da Liga Católica dos Estados Unidos, Bill Donohue, lamentou que o cineasta Roland Emmerich tenha admitido em público que em seu último filme “2012″ –que ilustra o fim do mundo a partir de supostas profecias maias- decidiu “destruir” o Vaticano mas respeitar aos muçulmanos porque não queria ser sentenciado à morte.
              “Eu queria fazê-lo, devo admiti-lo. Em realidade alguém pode deixar que os símbolos cristãos se desmoronem, mas se quer fazer o mesmo com um símbolo árabe, termina com uma fatwa (sanção árabe)”, indicou Emmerich aos jornalistas.
           Donohue explicou que “este tipo de sensacionalismo, é a tarifa padrão para o diretor Roland Emmerich” a quem considera um “guru” deste gênero de cinema.
“Emmerich é mais que um covarde, é um mentiroso que não tolera os católicos”, denunciou Donohue e recordou as declarações de Emmerich ao promover seu filme.
                O cineasta assinalou que não acredita “na religião organizada”. “Não tenho remorsos por ter destruído o Vaticano, sobre tudo agora que o Papa é alemão” e argumentou que “a fé e a religião não podem ajudar a pessoa em momentos assim. Se houver um terremoto não se refugie diante de uma igreja, porque pode ser que ela caia em cima de você”.
              “Disse que gostaria de apagar todas as nações e as religiões; mas não é certo. Ele está muito contente de viver com o Islã, embora admita que é uma religião de terror”, indicou Donohue e lamentou que cada vez que afirma que Hollywood odeia o cristianismo e especialmente o catolicismo, encontra caluniadores mas “nunca podem provar que estou equivocado”.

Fonte : ACI



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