A grande preocupação do homem é como fazer para livrar-se da cruz que lhe pesa nos ombros.
São imensos os esforços que o homem está fazendo para evitar a carga da cruz, do sofrimento; a gente quer ter uma novidade sem sofrimentos, sem dores, sem problemas; mas neste afã desmedido o homem encontra a sua penitência.
Acontece que o homem de hoje desconhece que o sofrimento pode encerrar um verdadeiro valor; desconhece este fato e o rejeita. Em seu esforço por encontrar uma vida sem sofrimentos, topa com alguns sofrimentos sem vida; isto é, sem sentido, sem projeção e é justamente isto que o amargura: que não pode evitar de sofrer e que não vê nenhum sentido para seu sofrimento.
Do ponto de vista cristão, diríamos que aquele que quer encontrar um Cristo sem cruz, encontrará uma cruz sem Cristo; e uma cruz sem Cristo torna-se esmagadora, amarga, insuportável de carregar, impossível de levar no coração.
"Andando, porém, através de tentações e tribulações, a Igreja é confortada pela força da graça de Deus prometida pelo Senhor, para que na fraqueza da carne não decaia da perfeita fidelidade, mas permaneça digna esposa de Seu Senhor e, sob a Ação do Espírito Santo, não deixe de renovar-se a si mesma, até que pela cruz chegue à luz que não conhece ocaso" (Lumen Gentium, 9).
(Lúcia Silveira)
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